“Nava Eliza” chega e atraca no porto de Porto Alegre.

O navio mercante “Nava Eliza” chegou na manhã desta quarta-feira (08) ao porto de Porto Alegre. A embarcação que mede 190 metros de comprimento e possui 28,80 metros de largura passou pela frente da Usina do Gasômetro às 10:30. Após passar seus cabos aos rebocadores “Alm. Tamandaré” e “Goiania” aproximou-se do cais Navegantes onde já se encontravam atracados os navios mercantes “Emilie” e “Panormitis D”. Logo em seguida iniciou a manobra de giro, na área localizada entre o armazém D4 e a sala de monitoramento. Ocasião em que o rebocador “Pedro Marques” também se juntou ao grupo para auxiliar. Embora a largura permita que a manobra seja feita, a mesma não deveria ocorrer segundo as normas de segurança estabelecidas pela Marinha do Brasil. Que exige para tal que a largura da bacia de evolução seja de no mínimo o dobro do comprimento da embarcação, acrescida de sua largura. A realização deste procedimento sem que a autoridade portuária competente se manifeste em contrário é preocupante. Pois em caso de algum acidente o Estado passa a ser conivente e corre o risco de responder solidariamente. Não podemos nos esquecer que a pouco mais de um ano o navio mercante “Santa Katarina” ali encalhou. Acarretando sérios prejuízos econômicos ao dono da carga, que arcou com os custos adicionais para salvar a embarcação.

Para aqueles que desconhecem as normas técnicas, o correto seria realizar esta manobra em frente ao cais Mauá. Cuja bacia de evolução possui de 1.461 metros de extensão e largura variável entre 400 e 500 metros. Já no cais Navegantes, seu comprimento é de 2.900 metros e sua largura varia entre 200 e 300 metros. Veja o link: http://www.lagoadospatos.com.br/bacia_evolucao.asp

Como vemos, se o objetivo é primar pela segurança, temos de cobrar que as normas sejam cumpridas sempre. Não podemos aceitar o risco em hipótese alguma. Pois afinal de contas, por este trecho do Guaíba passam os navios de gás liquefeito de petróleo e os que abastecem e retiram a produção do Polo Petroquímico de Triunfo. Parar esta via representa, não só um grande prejuízo econômico, mas o risco de desabastecimento de toda a população de nosso Estado. É por este motivo, que fazemos o alerta. Chamando a responsabilidade, a quem de direito compete zelar pelo nosso bem estar.

Foto: Carlos Oliveira