segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Atracou em Porto Alegre navio mercante “Clipper Izumo”.



Atracou no meio da tarde de sábado (11), o navio mercante “Clipper Izumo”. A embarcação panamenha, que mede 169,37 metros de comprimento e possui largura máxima de 27,2 metros estava sendo esperada no porto no turno da manhã. No entanto, devido ao forte nevoeiro que se formou a mesma retardou o início de sua partida, da área de fundeio na Lagoa dos Patos junto ao farol de Itapuã, para o período da tarde. Fazendo-a aproximadamente às 12:30.

O percurso entre Itapuã e o porto da capital do estado é de cerca de 30 quilômetros e leva em média 3 horas para ser percorrido. Possui diversos canais artificialmente escavados, que são interligados por trechos da áreas com profundidade natural e largura superior a dos canais artificiais. No entanto quando há forte nevoeiro e a embarcação ainda não entrou nos canais que o compõe, os práticos não o fazem por medida de segurança. Já que os canais são estreitos para a navegação dos navios de grande porte, e qualquer erro pode resultar no encalhe dos mesmos. Comprometendo não só a navegação como a segurança do navio.


Segundo os padrões internacionais adotados pelo Brasil e fiscalizados pela Marinha do Brasil, que é nossa autoridade marítima, os 80 metros de largura de nossos canais não são suficientes para dar a completa segurança aos navios de longo curso que aqui aportam. Seria necessário ampliar a largura e refazer algumas de suas curvas, cujos ângulos são muito fechados.

No caso específico deste sábado, além da entrada no “Cliper Izumo” havia a saída do “Panormitis D”; embarcação que mede187 metros de comprimento e possui largura de 28,5 metros. A barcaça-tanque “Guaratan”, da Navegação Guarita, carregada de combustível também descia em direção a Rio Grande. Fato que exige muito mais atenção dos práticos e comandantes dos respectivos navios. Para complementar a informação. Não podemos nos esquecer que muitas das boias instaladas em nossos canais são do tipo “cega”, e não possuem as placas metálicas para refletir o sinal de radar. Isto reduz em muito a visibilidade dos equipamentos dos navios de grande porte. Que naturalmente já é afetado pela existência de neblina. Em um efeito semelhante ao que acontece quando o Aeroporto Internacional Salgado Filho é fechado por falta de “teto de operação” ou “visibilidade”.

Economicamente uma das consequências do atraso na atracação da embarcação é o retardo do início da operação de descarga. Elevando o custo de mão de obra, pelo fato de já ter sido solicitado à presença dos trabalhadores para sua descarga e a mesma não ter iniciado. Este tempo a disposição do navio é cobrada. Como o trabalho também não pode ocorrer com tempo chuvoso, perdeu-se um dia de Sol e calor. Levando-se em conta que esta realidade ocorre com outros navios ao longo do ano, nosso prejuízo amplia-se consideravelmente. Reduzindo nossa atratividade para receber novos navios. Neste que é um setor dos mais competitivos do mundo.

Fotos: Carlos Oliveira

Nenhum comentário:

Postar um comentário