terça-feira, 31 de julho de 2012

O porto como fonte geradora de empregos e riquezas.

Nossa situação tem de mudar.
Em todo o mundo, os portos são uma fonte inesgotável de geração de empregos, renda e receita. Não é comum que os grandes portos possuam fila de espera, dos navios que lá pretendem atracar para descarregar ou carregar. Neste contexto a rapidez das operações portuárias é que dá a tônica de quais são os melhores portos para operação. E isto exige dos seus administradores muitos estudos, projetos e investimentos. A atividade portuária é pensada não apenas em atender a demanda presente, mas a futura que irá ocorrer daqui a alguns anos. A compra de novos equipamentos e a qualificação e requalificação para operações de todos os tipos faz parte deste planejamento. Este processo envolve tanto os funcionários do porto quanto os trabalhadores avulsos e os empregados das empresas prestadoras de serviço ou que, de alguma forma, operam junto ao porto.
Infelizmente alguns portos não possuem esta dinâmica. E ao invés de progredirem, com o passar do tempo, acabam apresentando movimento inverso ao esperado. As desculpas para justificar tal realidade são muitas e as mais variadas. Mas nenhuma delas se mantém válida quando aquele porto é bem administrado e recebe toda a atenção que merece.
A realidade dos portos interiores de nosso Estado é o reflexo desta situação. O melhor dos portos interiores ainda é o da capital do estado. No entanto, perdemos a oportunidade de carregar os navios que aqui aportam, e com isto não geramos empregos, não reduzimos o preço final de nossa produção, e não arrecadamos tributos das operações que deixamos de fazer. A cada navio que parte vazio, ficamos um pouco mais pobres. E a verdade é que neste exato momento quatro navios que aqui estiveram estão operando em outros portos nacionais. Os navios "Van Star" e "Santa Anna" se encontram no porto de Paranaguá – Paraná. Já o "Miss Simona" e o "Veruda" atracaram em Santos – São Paulo.
Esta situação é insustentável e insuportável política e economicamente. Nosso porto que é uma concessão federal cuja exploração esta sob nossa responsabilidade. Deve ser mais bem aproveitado em sua finalidade fim. Se a cada navio que chega, nós festejamos o fato. Não podemos negar, a tristeza de constatarmos sua partida vazio. Neste contexto, nossos trabalhadores portuários acabam trabalhando muito menos do que poderiam trabalhar. E como resultante temos uma ociosidade que impede a entrada de novos trabalhadores no setor. Sem falar na redução de seus ganhos. Que certamente possuem o poder de movimentar toda a economia da área central da cidade. Seja nos bares e restaurantes, como no comércio de uma forma geral. Não ver a importância do porto para a nossa economia é um erro básico. É por este motivo que repetimos constantemente a importância de se valorizar o porto como instrumento de fomento econômico. Tornando-o um verdadeiro cartão postal de nossa capital, de nossa região metropolitana e de nosso Estado como um todo. Pois um porto dinâmico possui força capaz de mudar a dinâmica de toda a região que o circunda. Gerando trabalho, riqueza e bem estar social.

Foto 1 – "Van Star" trouxe 10 mil toneladas e nada levou ao partir.

Foto 2 – "Santa Anna" descarregou 12 mil toneladas e partiu vazio rumo a Paranaguá.
Foto 3 – "Miss Simona" deixou 10 mil toneladas de sal e partiu para Santos.
Foto 4 – "Veruda" foi o que menos carga trouxe apenas 4.400 toneladas, e nada levou. Se encontra no porto de Santos.



Fotos: Carlos Oliveira

Navios que partem vazio a história se repete.

Foto: Carlos Oliveira
No dia 22 de julho, o porto da capital do estado recebeu o navio "Santa Isabella". O mesmo aqui ficou até o dia 27, quando partiu vazio rumo ao porto de Rio Grande. Lá ele atracou no Terminal de Uso Privado (TUP) da empresa Bunge para ser carregado. Esta operação foi concluída na segunda-feira (30) e às 17:50 quando o "Santa Isabella" partiu definitivamente de nosso Estado. Seu calado depois de carregado era de 9 metros parelhos.
Diante desta realidade, nós podemos observar o quanto somos ineficientes e não aproveitamos as oportunidades para gerar riquezas com nossos portos interiores. Por que motivos os navios utilizam o porto de Porto Alegre basicamente para descarga? Será que esta realidade seria a mesmas se a iniciativa privada aqui estivesse operando? Porque nós não conseguimos realizar embarques via terminal de Companhia Estadual de Silos e Armazéns – CESA?
Refletir sobre este fato é essencial para que nós possamos buscar soluções para nossos problemas. Não podemos aceitar que esta situação seja aceita como normal. O Estado não pode ser um ator secundário no nosso desenvolvimento econômico. A CESA é um instrumento que ele possui e que atende de forma igualitária a todos os produtores. Independente do seu tamanho ou poder econômico. Fortalecê-la é o primeiro passo para que esta realidade possa mudar.

D&F Logística trás para Porto Alegre navio “Santa Theresa”.

Fotos: Carlos Oliveira
Atracou no final da manhã de domingo (29), no cais Navegantes, do porto de Porto Alegre, o navio panamenho "Santa Theresa". A embarcação que pertence ao armador Rudolf A. Oekter possui 189,9 metros de comprimento e 32,26 metros de largura. Sua viagem iniciou-se em 23 de junho, no porto alemão de Hamburgo. Sendo que sua última escala ocorreu no porto de Rio Grande, onde descarregaram 20 mil toneladas de cloreto de potássio granulado. Já na capital do estado, esta prevista o descarregamento de 14 mil toneladas de seus porões.

A execução da construção deste navio coube ao estaleiro japonês Kawasaki Heavy Industries, da cidade de Kobe, no ano de 2008. Sendo que seu projeto é semelhante ao de outros navios como o "Santa Isabella", "Santa Anna", "Santa Elena", "Santa Phoenix", "Santa Ursula" e "Santa Katarina". As diferenças, quando ocorrem, são mínimas, e refletem melhorias desenvolvidas a partir de constatações práticas no desempenho do navio em operação. Esta realidade demonstra também, o quanto a indústria naval pode obter de redução nos custos ao produzir vários navios a partir de um único e bom projeto. Pois as peças e partes do navio passam a ser produzidas em escala, e não mais uma a uma. A economia não se dá apenas na escala de produção, mas também na fase de estudos e definição das características do navio. É por isto que é importante incentivar o desenvolvimento de nossa indústria. Buscando sempre agregar o que há de mais moderno em termos de equipamentos e conceitos. Pois é isto que a tornará uma indústria competitiva para enfrentar os desafios dos dias de hoje.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Agência Maritima Orion traz a Porto Alegre navio turco “Barbaros kiran”.


Chegou ao porto de Porto Alegre, no inicio da tarde de sexta-feira (27) o navio turco “Barbaros Kiran”. A iniciativa coube à Agência Maritima Orion, operadora portuária habilitada junto ao porto da capital do Estado para este tipo de operações. Nos porões do navio esta um carregamento de 14 mil toneladas de insumos para a indústria de fertilizantes.
Um fato interessante pode ser dito sobre o navio mercante “Barbaros Kiran”. Embora hoje ele ostente a bandeira turca. O mesmo foi construído no ano de 1985, pelo Estaleiro Ilha S/A – EISA, localizado na ilha do Governador, Estado do Rio de Janeiro. Na época recebeu o nome da “Bahia”, e seu proprietário foi a Navegação Mansur. Seu projeto é idêntico ao do navio “Frotargentina” que aqui esteve atracado no Cais Mauá, durante o ano de 2011, a espera de um comprador. E que só saiu no final do ano, com o nome de “Frota” e bandeira da pequena ilha de Saint kitts and Nevis, rumo ao Paquistão para ser desmanchado. Outro navio da mesma classe é o “Espítiro Santo”, que ainda continua a operar em nossas águas com a bandeira brasileira.
Como podemos ver estes navios representam um período de ouro da indústria naval brasileira. Que sucumbiu devido ao não estar preparado para enfrentar o mercado internacional em pé de igualdade. Este fato demonstra o quanto o setor naval, seja ele de construção como de navegação e portuário são importantes para o nosso país. Não só pelo potencial de geração de empregos, mas para garantir que nossa produção e importação cheguem com preço mais competitivo ao seu destino final. Ter uma política forte para o setor é um dever de todo governo comprometido com o desenvolvimento pleno de nossa sociedade. É isto que devemos cobrar de nossos representantes eleitos. Pois este é o melhor dos caminhos a ser tomado. Gerando empregos e garantindo um futuro melhor.
Fotos: Carlos Oliveira

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Atraca em Porto Alegre, o navio mercante “Santa Isabella”.


O navio mercante “Santa Isabella” que mede 189,9 metros de comprimento e possui largura máxima de 32,26 metros, atracou no final da manhã de domingo (22) no cais Navegantes, do porto de Porto Alegre.


Carregado no porto belga de Antuérpia, o “Santa Isabella” fez sua primeira escala no porto de Recife. De lá rumou para o porto de Rio Grande. Onde chegou no dia 17 e ficou fundeado fora da barra. No dia seguinte, entrou e atracou no terminal da empresa Yara Fertilizantes, para descarregar 7 mil toneladas de sulfato de amônia. No sábado (21) partiu para a capital de nosso Estado, onde esta prevista o descarregamento de 10.750 toneladas de sulfato de Amônia. Segundo consta, seu próximo destino será o porto de San Lorenzo, na Argentina.

Devido suas dimensões, a capacidade que o navio poderia transportar até Porto Alegre é bem maior do que a trazida. O “Santa Isabella” veio com calado de 5,10 metros, sendo que o calado máximo oficial de nosso porto é de 5,18 metros. Neste caso, quanto mais largo é o navio, maior é seu potencial de carga a ser transportado. Na fotografia abaixo, é possível de se comparar esta realidade entre os navios “Santa Isabella” e “Nord TaipeI”. Como podemos ver, o “Nord TaipeI”, embora visivelmente menor, veio com mais carga que o “Santa Isabella”. Outra maneira de se elevar o potencial de carga transportada passa pela ampliação do calado da hidrovia e do porto. Fato que possibilitaria a chegada de uma gama maior de navios. E com isto daria um novo impulso ao nosso porto e à nossa economia.

Fotos: Carlos Oliveira

“Nord Taipei” atraca em Porto Alegre na manhã de domingo.


Atracou na manhã deste domingo (22) o navio panamenho “Nord Taipei”. Medindo 177 metros de comprimento e 28 de largura, o navio trás em seus porões um carregamento de 10.300 toneladas de Fosfato Diamônico Granulado – DAP. Antes de vir para a capital do Estado, o “Nord Taipei” fez escala no porto de Imbituba – SC, e Rio Grande – RS, sendo que neste último descarregou 14.450 toneladas de DAP.


A vinda de navios de longo curso a Porto Alegre é muito importante para nossa economia. Pois nos insere, de forma ativa, no comércio internacional. Que possui, nos portos, seu principal instrumento de integração mundial. Quem sabe no futuro próximo, possamos embarcar sapatos, móveis, máquinas e equipamentos produzidos aqui. Mercadorias que hoje tem de ser transportados por via rodoviária até outros portos. Com a redução deste custo de frete, certamente os nossos produtos ficariam mais baratos e mais competitivos nos mercados nacional e internacional. Garantindo condições para a nossa indústria não só sobreviver a concorrência internacional, mas quem sabe voltar a ter o destaque e a importância que já teve há alguns anos.

Fotos: Carlos Oliveira

sexta-feira, 20 de julho de 2012

De porto importador para um porto exportador. Este é nosso maior desafio.


Durante a partida do navio mercante “Ultra Initiator” o mesmo passou de fronte ao estádio Beira Rio. Cujas obras de modernização, o preparam para a Copa do Mundo de 2014.
Assim como o estádio esta sendo reformado e modernizado, nosso sistema hidroportuário também exige reformas e modernizações. Sem isto, ele dificilmente enfrentará os novos desafios que se apresentam. No passado, o mesmo foi extremamente ativo. Recebendo e enviando produtos e mercadorias do mundo e para o mundo. Hoje sua realidade é bem distinta. É praticamente um porto importador. Recebendo produtos de outros portos nacionais, mas principalmente do exterior. Poucas são as cargas que conseguimos embarcar por ele. E esta realidade é preocupante, pois todo bom empresário e comerciante sabe que se ganha tanto na compra como na venda. Isto potencializa nossas receitas, evita nossa dependência, e amplia nossa dinâmica de forma virtuosa.
Mudar nosso perfil de um porto predominantemente importador é essencial para nosso futuro. E este é o nosso maior desafio.
Foto: Carlos Oliveira

Navios-tanques “Celanova” e “Gas Puffer” partem do Polo Petroquímico de Triunfo carregados com butadieno.


Partiram do terminal Santa Clara, do Polo Petroquímico de Triunfo, no início da tarde desta quinta-feira (19) os navios-tanque “Celanova” de bandeira espanhola, e “Gas Puffer” de bandeira das Ilhas Marshall. Ambas as embarcações levavam em seus tanques um carregamento de butadieno.

Sendo que o “Celanova” deve fazer uma parada no terminal petroleiro de Rio Grande, para que possa receber mais 3.100 toneladas do mesmo produto. E logo após, seguir rumo ao porto norte-americano de Houston. Já o “Gas Puffer” descarregará as 1.200 toneladas que transporta de butadieno no mesmo terminal, e posteriormente seguirá para o porto uruguaio de Montevidéu.
Nas fotografias, chama atenção à navegação tranquila desenvolvida por ambas as embarcações. Tranquilidade que também se estende, por incrível que pareça para nossas rodovias; pois muitos veículos de carga foram retirados quando se optou na utilização de barcos como meio de transporte natural para a produção do polo petroquímico. E esta opção foi feita há décadas, por pessoas cientes de sua importância. Comprovando o quanto é importante pensar o futuro antes de tomarmos uma decisão. E que sem um bom planejamento qualquer investimento esta fadado ao insucesso.
Fotos: Carlos Oliveira

Pequenos e valorosos: O trabalho das barcaças-tanque destinadas ao transporte de óleo alimentício



Muitas vezes, uma embarcação pequena não recebe a devida atenção. As embarcações maiores, mais vistosas é que, via de regra, atraem os olhares e comentários. Hoje chamo a atenção para o papel desempenhado por duas embarcações: A primeira é a chata-tanque “Ipirol” e a segunda é a chata-tanque “Rio Grande”.
A “Ipirol” mede apenas 56 metros de comprimento e sua largura máxima é de 8 metros. Pertence a Navegação Amandio Rocha – NAR e foi originalmente construída no ano de 1903 como um graneleiro. No ano de 1986, após sofrer uma reforma foi transformada em embarcação–tanque. E nos dias de hoje transporta óleo de soja entre a região metropolitana e o porto de Rio Grande. Sua capacidade de carga gira em torno de 874 toneladas.
Já o “Rio Grande” possui 57,71 metros de comprimento. Sua largura é de 7,4 metros e sua capacidade é bem maior. Pode transportar mais de 1.030 toneladas de óleo de soja em seus tanques. Pertence a empresa Frota de Petroleiros do Sul – Petrosul. E é uma embarcação bem mais nova, pois foi construída no ano de 1980.
O valor destas embarcações, esta no fato de navegarem de forma incansável. Entre os terminais das empresas instalados na região metropolitana e o porto de Rio Grande. Desta forma, transportam pela hidrovia um volume muito maior do que se pode imaginar. E retiram de nossas estradas, inúmeros veículos pesados. No porto de Rio Grande, esta carga será embarcada em navios como o caso do navio-tanque “Ginny” que se encontra neste momento atracado no terminal de empresa Bunge. Lá o “Ginny”, com seus 228,6 metros de comprimento e 32,29 metros de largura deve parecer um gigante, se comparados ao “Ipirol” e ao “Rio Grande”. Seu peso vazio é de 22.444 toneladas, e sua capacidade de carga é de 42.010 toneladas. Mas nem por isto devemos desprestigiar nossas pequenas e eficientes embarcações. Pois com esta condição as mesmas atingem locais que o gigante “Ginny” não pode navegar.  Assim sendo, cada embarcação cumpre o seu papel. E a sociedade se beneficia como um todo do seu trabalho e da dedicação de seus tripulantes.
Finalmente, para quem ficou curioso. Revelo que o óleo de soja que esta sendo embarcado no “Ginny”, se destina ao porto de Changzhou, na República Popular da China. Como podemos ver, no mundo globalizado em que vivemos há espaço para todos. Independente do seu tamanho ou da sua capacidade de carga.
Fotos: Carlos Oliveira

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Navio mercante “Veruda” atraca para rápida operação de descarga.



Chegou na manhã desta quarta-feira (18) o navio mercante “Veruda”, de bandeira croata, e que mede 189,9 metros de comprimento e possui 32,24 metros de largura. A embarcação possui em seus porões apenas 4.400 toneladas de nitrato de amônia. Por este motivo sua operação de descarga é estimada como muito rápida. Sua carga foi embarcada no porto de Muuga, na Estônia, de onde partiu no dia 08 de junho às 20h22min. No Brasil o navio fez escala no porto de Santos antes de vir para Porto Alegre.
A embarcação foi construída no ano de 2011 pelo estaleiro Uljanik Shipyard, da cidade de Pula – Croácia. Pertence a empresa Uljanik Plovidba D.O. e que possui, em sua frota. cinco navios mercantes e cinco navios-tanque. Ele é um exemplo da força e do nacionalismo croata. Que busca valorizar ao máximo sua indústria naval. Gerando com isto empregos no seu país, ao invés de optar por ter navios com um custo menor, mas que geram empregos nos estaleiros de outros países. A dedicação neste sentido é tanta, que até seu motor, modelos MAN 6550MC-C7, de 8.600 RPM é produzido pelo estaleiro. E como não deveria deixar de ser, toda sua tripulação de 19 pessoas é croata. Seguir este exemplo é seguir um caminho de comprometido com o desenvolvimento do seu país. Em parte, esta é a nossa realidade atual. Mas ainda falta muito para que a situação seja realmente favorável à indústria naval e às empresas de navegação brasileiras. Nossa frota mercante é pequena e nossos estaleiros estão apenas resurgindo das cinzas de um passado mais glorioso. Que queira Deus haverá de ser novamente tão grande quanto já foi.
Fotos: Carlos Oliveira

Após descarregar sua carga navio mercante “Eva” parte do porto da capital.



O navio mercante “Eva” de bandeira maltesa, partiu na manhã desta quarta-feira (18) após ter descarregado sua carga de cloreto de potássio e super fosfato simples. A embarcação que havia chegado no meio da tarde de sábado (14), deixou em nosso porto, muito mais do que insumos para a indústria de fertilizantes; mas a garantia da manutenção do emprego para os 150 trabalhadores cadastrados no Órgão Gestor de Mão-de-Obra – OGMO.
Se comparado a realidade de outros portos brasileiros, como o de Santos, que possui 7 mil trabalhadores, nosso porto gera um número muito pequeno empregos. Esta realidade, que no passado já foi muito maior. Atingindo a casa do milhar, só será revertida, se o porto receber investimentos que o capacitem. Investir de forma inteligente é fundamental para que o mesmo passe a receber um número maior de navios e um volume maior de cargas. Criando desta forma uma demanda capaz de abrir novas vagas de emprego. Sem o comprometimento do atual nível de renda dos trabalhadores.
Como podemos constatar, o potencial de geração empregos de um porto é muito grande. No entanto não podemos apenas nos preocupar em gerar empregos, e sim, buscar isto com a manutenção do nível de rendimento do trabalhador. Porque se isto não acontecer a qualidade dos trabalhadores e do seu serviço acaba baixando.
Fotos: Carlos Oliveira

terça-feira, 17 de julho de 2012

Monografia Esteio - Editado em 1944


Veja aqui a “Monografia Vila Esteio” publicada em 1944 - digitalização do acervo de utilidade pública - publicação para pesquisa.

A “Monografia 1944 Vila Esteio” é uma publicação única, referente às origens do atual município de Esteio, foi digitalizada na íntegra para o acervo dos esteienses.

Certamente que a disponibilização desse conteúdo é um grande benefício que permitirá aos estudantes realizarem pesquisas, historiadores coletarem dados e a comunidade esteiense saber como era a “Villa do Esteio”, em 1944, permitindo que a população leia colunas antigas ou matérias da qual um familiar participou ou foi citado.

Estou seguro de que a postagem da Monografia Vila Esteio 1944 terá um impacto extremamente positivo nos esteienses. Já posso até imaginar oscompartilhamentos que teremos em mídias sociais referente a assuntoshistóricos do nosso município.

FONTE: http://clickindiscreto.blogspot.com.br/2012/07/para-arquivar-monografia-esteio-editada.html

Navio mercante “Ultra Initiator” atraca com carga de cloreto de potássio.


 Chegou ao porto de Porto Alegre, na manha desta segunda-feira (16) o navio “Ultra Initiator”, de bandeira panamenha com um carregamento de 10 mil toneladas de cloreto de potássio. A carga embarcada originalmente no porto canadense de Vancouver destina-se à indústria de fertilizantes. Em sua viagem pela costa brasileira, o navio fez uma escala no porto de Paranaguá antes de vir para a capital de nosso estado.

Construído no ano de 2007, pelo estaleiro japonês Mitisui Tamano Engineering & Shipbuilding, a embarcação mede 190 metros de comprimento e possui largura máxima de 32,26 metros. Para as operações de descarga o navio esta equipado com quatro guindastes de bordo, com capacidade de içamento de até 30 toneladas cada.

A vinda de mais um navio de grande porte à capital de nosso Estado é sempre motivo de alegria, Pois demonstra nossa capacidade de receber navios de longo-curso, ou seja, que fazem rotas internacionais. Fato que deve ser estimulado, pois possibilita uma interação mais completa no tocante ao comércio exterior. Trabalhar esta realidade para que surja uma rota comercial fixa deve ser um objetivo a ser perseguido. Possibilitando com isto não só que nosso porto seja um tradicional recebedor de cargas, mas que também possa enviar cargas para outros países no trajeto de volta dos navios que aqui aportam. Quem sabe um dia esta realidade possa se repetir novamente. E o porto da capital retome seu potencial a muito perdido de também embarcar cargas em grandes volumes.

Ainda sobre a chegada do “Ultra Initiator” devemos fazer o registro de um fato preocupante ocorrido durante sua manobra de atracação. Na qual o mesmo realizou o giro em frente ao Cais Navegantes, local em que, pelas suas dimensões não lhe é permitido, por questões de segurança, realizar tal manobra. Esta situação ficou muito clara após o encalhe do navio mercante “Santa Katarina” no ano passado. E segundo as normas internacionais, adotadas pela Marinha do Brasil, o local apropriado para a realização do giro para este tipo de navio é em frente ao Cais Mauá. Por sorte, nenhum incidente ocorreu desta vez. Mas caso algo tivesse ocorrido certamente o Estado seria corresponsável pelo mesmo, por exercer o devido controle sobre uma área sob sua responsabilidade. Não é preciso lembrar, que por ali também passam os navios que se destinam ao Polo Petroquímico de Triunfo e ao terminal de gás do rio Gravataí. Qualquer impedimento na livre circulação deste tipo de embarcações acarretaria sérios prejuízos econômicos a sociedade gaúcha. Com risco de desabastecimento de gás GLP e com comprometimento na produção industrial do polo petroquímico. Que em última instancia resultaria na perda de arrecadação de impostos e tributos pelo Estado. Com relação a este fato, devemos deixar bem claro que o Estado não pode ser ou manter uma postura reativa. Agindo apenas quando um fato surge ou buscando atender as demandas existentes. Cabe ao Estado moderno, ser um agente proativo. Identificando situações perigosas com antecedência e agindo antes que as mesmas ocorram. De forma a evitar não só problemas futuros; mas a possibilitar uma sociedade melhor de se viver. Creio ser este o tipo de administração pública moderna que todo cidadão deseja. E não custa nada reafirmar esta opção, principalmente neste que é um ano de eleições municipais.

Navio mercante "Ultra Initiator" chegando ao porto de Porto Alegre. Navegando em frente ao Cais Mauá, com bacia de evolução superior a 400 metros de largura.

Navio mercante "Ultra Initiator" em frente ao Cais Navegantes cuja bacia possui no máximo 300 metros de largura e contava com dois navios mercantes atracados junto aos cais.
Início da manobra de giro do navio mercante "Ultra Initiator" entre os navios "Santa Anna" e "Eva".

Manobra de giro sendo executada, no alinhamento entre os armazéns D-2 e D-3 do cais Navegantes.

Após concluída a manobra o navio é levado de ré para sua posição de atracação em frente ao armazém D-4.

Fotos: Carlos Oliveira

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Chegou, pela hidrovia, peças destinada à Refinaria Alberto Pasqualini.

Atracou no final da tarde deste domingo (15), no Cais Navegantes do porto de Porto Alegre, o rebocador "TS Assanhado" e a chata "TS 5" trazendo três peças destinadas à Refinaria Alberto Pasqualini – REFAP. Tanto o rebocador "TS Assanhado" quanto a balsa "TS 5" pertencem a empresa brasileira Tranship, com sede na cidade do Rio de Janeiro. E que foi responsável, há poucos dias pelo embarque de quatro transformadores com destino ao porto de Vitória, no Espírito Santo.
O rebocador que era esperado desde o início da manhã chegou ao porto da capital do Estado por volta das 15h48min. Imediatamente iniciou os procedimentos visando sua atracação. Até aquele momento, o rebocador "Assanhado" estava puxando a balsa. A partir de então, manobrou e posicionou-se ao seu lado, a fim de possibilitar a atracação no antigo "terminal de carvão" onde uma equipe de terra já se achava aguardando. Para a manobra de aproximação e atracação foi prestado apoio de um rebocador da empresa Navegação Amandio Rocha – NAR, que presta este tipo de serviço no porto da capital.
Sobre a balsa "TS 5" se encontravam três cilindros de grandes dimensões produzidas na Itália pela empresa Walter Tosto S.P.A.. Os mesmos foram pressurizados com nitrogênio a 0,5 BAR, para garantir sua integridade durante a viagem transatlântica. Suas paredes feitas de metal tratado termicamente também não permitem a realização de nenhum tipo de soldagem, visando o auxílio no processo de fixação. Por este motivo as peças vieram acondicionadas em seus berços para o transporte.
Só para se ter uma ideia da grandeza do material transportado. O maior dos cilindros, que é um "reator de hidrotratamento", pesa 396 toneladas. Que com o conjunto de suportes para sua fixação e transporte chega às 400 toneladas. Seu comprimento total chega a 33,10 metros, seu diâmetro é de 5,82 metros e com o suporto de fixação e transporte sua altura vai à casa dos 6,45 metros. Em virtude destas dimensões, o transporte até seu destino final, a Refinaria Alberto Pasqualini vai exigir uma logística toda especial. Isto inclui o deslocamento da balsa pelo rio dos Sinos até o município de Esteio. Onde os volumes devem ser descarregados junto a margem e de lá enviados por terra para a REFAP. Esta manobra visa evitar todos os viadutos existentes, cuja altura máxima é inferior às dimensões da carga em si. Sem contar com a carreta que a transportará em terra.
Como podemos ver este fato também retoma uma questão muito importante debatida no ano passado. Que diz respeito às vias de acesso ao porto de Porto Alegre. Que estavam por demais comprometidas no tocante as suas dimensões padrões. Para quem não sabe, em 2011 a rua João Moreira Maciel, que corre paralela a freeway entre a ponte do rio Gravataí e a ponte do Guaíba, sobre uma série de interferências com a construção da ponte da rodovia do Parque. Bem próximo ao local onde esta sendo construída a "Arena do Grêmio". Estas interferências acarretaram no seu estrangulamento, ou seja, na redução de sua largura padrão. Ampliando com isto o risco de um acidente no local. Já que por ali trafegam cargas de projeto, como os transformadores da empresa Alston de Canoas. Cujas dimensões são sempre avantajadas e o peso chega a até 400 toneladas conforme o caso.
De positivo podemos frisar o fato de a hidrovia estar cumprindo seu maior objetivo. O de transportar cargas sem com isto afetar a segurança ou a rotina da população de um modo geral. Este fato por si só já justifica os investimento que a sociedade fez na sua construção e manutenção ao longo dos anos. E serve de alerta aos nossos políticos para sua importância. Pois sem ela, certamente seria impossível a realização deste investimento que a Petrobras esta fazendo na REFAP. Cujo maior beneficiado é a sociedade do Rio Grande do Sul. E quem sabe no futuro, com a construção de um novo terminal no rio dos Sinos, mais cargas de grandes dimensões possam entrar ou sair por ele. Ampliando a dinâmica da região e incentivando o surgimento de novos projetos que gerem emprego e renda.
Finalmente quero fazer um agradecimento todo especial ao Fernando, proprietário da embarcação de apoio portuário "Turistinha", pelo suporte fornecido na realização destas fotografias. Seu auxílio nos foi de grande valia, e merecedor de nosso mais profundo agradecimento. Muito Obrigado!
 
Foto 1 - Rebocador "TS Assanhado" e balsa "TS 5" navegando lado a lado rumo ao cais Navegantes.
Foto 2 - Rebocador "Rio Guaíba" responsável pelo apoio na atracação acompanhado a chegada das embarcações em Porto Alegre.
Foto 3 - Momento final da atracação no porto de Porto Alegre.

Fotos: Carlos Oliveira

Navio-tanque “Rheingas” parte do Polo Petroquímico de Triunfo.

Partiu na manhã deste sábado (14) do Terminal de Uso Privativo (TUP) Santa Clara, do Polo Petroquímico de Triunfo, o navio-tanque "Rheingas". A embarcação que havia chegado na manhã do dia 08 de julho leva em seus tanques mais do que um carregamento de produtos perigosos; leva trabalho e riqueza produzido em nosso Estado. Garantindo com isto a manutenção de empregos e a certeza de que estamos no caminho certo.
Em tempos de globalização, a utilização de navios para o transporte de cargas é o melhor meio de se obter o sucesso desejado. Não foi a toa que ao se projetar a implantação deste grande complexo industrial se fez pensando na utilização da hidrovia para escoar sua produção e para receber seus insumos básicos. Que este exemplo sirva de inspiração aos nossos empresários e políticos. E quem sabe num futuro muito próximo, novos empreendimentos sejam implementados tendo na hidrovia sua rota principal de escoamento da produção.
Foto: Carlos Oliveira

“Prof. Lelis Espartel” leva para Rio Grande farelo de soja.

Partiu na manhã deste sábado (14) do Terminal de Uso Privativo (TUP) da empresa Bianchini, em Canoas, a barcaça graneleira "Prof. Lelis Espartel". A embarcação que é de propriedade da empresa Frota de Petroleiros do Sul – Petrosul transporta em seus porões 2.750 toneladas de farelo de soja destinada à exportação. Com isto, em seus 84,7 metros de comprimento, a barcaça consegue armazenar mais do que 91 carretas com capacidade para 30 toneladas cada poderia transportar. Sem dúvida este exemplo da capacidade da navegação, deve ser louvado e valorizado. Pois ao mesmo tempo em que retira um grande número de caminhões de nossas estradas, garante um transporte mais barato. Fato muito importante para quem visa exportar e precisa ter um produto com preço mais competitivo na hora de conquistar seus clientes.
Foto: Carlos Oliveira

Hidrovia, quanto mais se utiliza, mais economizamos recursos econômicos.

A foto a seguir apresenta um fragrante da boa utilização da hidrovia. Na manhã deste domingo (15) enquanto a barcaça "Trevo Oeste" subia o rio Jacuí, rumo ao terminal onde sera carregada. A barcaça-tanque "Guaíba", carregada com 2.800 toneladas de óleo ciclo leve – LCO, descia pelo Guaíba rumo ao porto de Rio Grande. Pouco tempo antes ambas as embarcações haviam passado pelo navio-tanque "Guará" da Petrobras que, carregado de GLP, fundeou na área "bravo" localizado em frente ao Cais Mauá do porto de Porto Alegre.
Com podemos observar, a boa utilização da hidrovia é o melhor e mais rápido meio de se economizar recursos. Seja para a iniciativa privada, que reduz seus custos de frete. Seja para o setor público, ao permitir uma melhor conservação das rodovias. Pois a carga que deixa de transitar pela mesma não a danifica. Nem há o risco de excesso de peso, fator maior de sua acentuada deteriorização.

Fotos: Carlos Oliveira

Por intermédio da Agência Marítima Orion chega a Porto Alegre o navio mercante “Eva”.

Reforçando a necessidade de se investir no setor portuário para o bem do Brasil.
Atracou no porto de Porto Alegre, no meio da tarde deste sábado (14) o navio mercante "Eva". A embarcação que Possui como porto de registro a cidade de Valleta, na ilha de Malta, mede 190,8 metros de comprimento e possui largura máxima de 30 metros. Até o ano passado, antes de ser vendido, possuía bandeira sul-coreana e seu nome era "Ocean Royal". Foi construído no ano de 1987, pelo estaleiro Hanjin Heavy Ibdustries, da cidade de Pulsan. E seu atual proprietário é a empresa grega Vulcanus Technical Maritime Entreprise, com sede em Atenas.
Sua viagem iniciou-se no porto israelense de Ashdod no dia 03 de maio. De lá rumou para o porto brasileiro de Paranaguá, chegando no dia 25 de maio, ocasião em que fundeou fora da barra. Sua espera para entrar no porto se prolongou até o dia 04 de julho. Ocasião onde recebeu autorização para entrar e fundear em seu interior. Sua atracação em definitivo só veio a ocorrer, finalmente no dia 05, às 16 horas. A operação de descarga ocorreu até o dia 10, quando às 23:55 finalmente o navio partiu de Paranaguá rumo a Porto Alegre. E em nosso porto esta previsto que o mesmo descarregue cerca de 10.362 toneladas de insumos para a indústria de fertilizantes.
Como podemos constatar, um dos fatos que deve atrair toda a atenção das classes governantes é a política para fortalecimento do setor portuário. É inadmissível e sem justificativa o fato de um navio ter de ficar fundeado ao largo de um porto por mais de 40 dias para poder operar. Esta espera representa um custo elevado de aluguel da embarcação, que o importador tem de arcar. Elevando de forma assustadora o custo em toda a cadeia produtiva. Drenando dólares de nossas reservas cambiais sem nada trazer de volta. Pois este pagamento ocorre a título de nossa ineficiência. É por este motivo, que devemos cobrar de nossos governantes mais investimentos para o setor. A espera do navio no porto de Paranaguá eleva o preço do produto no porto de Porto Alegre. E nós não podemos pensar que este problema só ocorre com os outros portos. E que o nosso é uma maravilha. Temos de cobrar novos investimentos para os nossos portos, para que quando o movimento ocorra não sejamos mais um porto a mostrar sua ineficiência. Temos de nos preparar para o futuro, que já chegou. Pois se não o fizermos, vamos perder cargas e navios para os outros portos, melhor preparados. E ficaremos sem os empregos e as receitas que isto nós pode gerar. Investir nos portos e na hidrovia é gerar empregos, baratear o custo de vida e ter um Estado mais forte economicamente, para nós e para nossos filhos.

Fotos: Carlos Oliveira

Santa Anna” atraca, na tarde ensolarada de domingo.

Atracou na tarde deste domingo (15) o navio mercante "Santa Anna". Em seus porões há um carregamento de 12 mil toneladas de fertilizantes, destinado à indústria gaúcha. Medindo 189,99 metros de comprimento, este navio de bandeira panamenha, tem em nosso porto sua última escala com a carga originalmente embarcada no porto belga de Antuérpia.
Sua passagem pelo nosso porto garante, assim como todos os demais navios que aqui chegam, a manutenção de inúmeros empregos. Sejam eles de estivadores como das unidades industrial que se localizam em Porto Alegre e na região metropolitana. Ter um porto operando em sua finalidade fim, também é a certeza de que nossa economia é sadia. Pois nele nossa produção pode ser mais bem escoada, a um custo mais atraente. E nossas importações chegam de forma mais rápida e barata a quem a adquiriu. Valorizar o fortalecimento do porto da capital de nosso Estado, assim como os demais portos e terminais de uso privativo, é o melhor caminho para garantirmos um desenvolvimento constante de nosso Estado.

Fotos: Carlos Oliveira

domingo, 15 de julho de 2012

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Após partir vazio Triton Stork vai para Paranaguá para ser carregado. Onde esta nossa capacidade de embarcar cereais?




Durante o mês de junho, o Porto de Porto Alegre recebeu a visita do navio mercante “Triton Stork”, de bandeira panamenha. Aqui a embarcação que mede 189,59 metros de comprimento descarregou 7.250 toneladas de insumo para a indústria de fertilizantes. Sua operação de descarga foi concluída no dia 26 de junho e o mesmo partiu rumo ao porto de Paranaguá, no Paraná. Lá chegou no dia 29, logo após a meia noite, tendo de fundear fora da barra para aguardar o momento de sua entrada no porto. Sua espera neste local ocorreu até o dia 10 de julho, quando recebeu autorização para entrar na área do porto, para então fundear novamente. Por fim atracou às 10 horas da manhã do dia 11.
Um fato que nós devemos questionar é o porquê o porto de Porto Alegre perdeu sua capacidade de realizar grandes embarques de carregamentos de cereais. Há uns anos atrás este tipo de operação era corriqueiro. Muitos dos navios que aqui aportavam para descarregar insumos para a indústria de fertilizantes aproveitavam a oportunidade para também carregar cereais. Mesmo não saindo com seus porões completos, eram possíveis dos mesmos levar uma parte da carga, e completá-los em Rio Grande. Onde o calado é maior e permite ao navio receber maior volume de carga. No entanto, nos dias de hoje este tipo de operação não ocorre mais. E nem se questiona o porquê desta realidade ser assim.
Não é novidade que uma das empresas que pode fazer este tipo de operação é a Companhia Estadual de Silos e Armazéns – CESA. Autarquia do Estado que passa por diversas dificuldades em virtude da falta de investimento em seu maquinário. Não que o mesmo não receba recursos, mas sim por que quem não investe e se moderniza esta fadada a ficar ultrapassado. Já que na atualidade se cobra cada vez mais rapidez nos processos de embarque e desembarque de produtos e mercadorias.
Outra parte do nosso porto que realizava este tipo de operação, era o antigo terminal da empresa Samrig. Que hoje se encontra desativado e em lastimável estado de conservação.
Lastimável é constatarmos a incapacidade do Estado de manter seu patrimônio conservado e operando. E sua ineficiência em conseguir fazer parcerias com a iniciativa privada para que, na sua incapacidade, possa tocar o negócio a contento. A demora em tomar atitudes representa a depredação deste patrimônio ao ponto do mesmo deixar de ser considerado um bem, transformando-se em sucata, conforme cada caso. Isto é possível de ser visto em vários locais do nosso porto da capital do Estado. Que deveria ser um cartão de visitas dinâmico. Mostrando nosso potencial e nossa agilidade. Mas que na realidade evidência nossa incapacidade de gerenciar um negócio lucrativo em qualquer parte do mundo: um porto.
Como podemos ver, estamos perdendo posições no âmbito nacional não pela competência dos demais estados da federação. Mas pela nossa ineficiência. E isto tem de ser revisto. Pois do contrário, em pouco tempo nossas dificuldades haverão de ser muito maiores. Esta na hora de deixarmos de lado o orgulho. E assumirmos que é preciso investir na educação, capacitação e profissionalização do setor público. E que não é possível mantermos a máquina pública apenas com discursos otimistas, e sem união dos partidos políticos pelo bem comum. Política não se faz para proveito próprio e sim para o bem estar socioeconômico da população.
Foto 1 – Navio mercante “Triton Stork” partindo vazio do porto de Porto Alegre”
Foto 2 – Silos da CESA, um patrimônio público junto do porto e pouco utilizado neste contexto.
Foto 3 – Navio mercante “Lily”, de bandeira brasileira operando no terminal graneleiro do porto de Porto Alegre.
Fotos: Carlos Oliveira

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Barcaça Guaratan transporta óleo combustível para Rio Grande.


Compromisso com a segurança e respeito ao meio ambiente.

A barcaça-tanque “Guaratan” de propriedade de Navegação Guarita S/A saiu ontem (12) de Canoas com carregamento de óleo combustível. A carga originalmente embarcada no Terminal de Uso Privativo da Petrobras as margens do rio Gravataí destina-se ao Terminal Petroleiro da empresa em Rio Grande.

Ao todo a “Guaratan” esta transportando 3.889,86 toneladas de combustível. Carga perigosa que deixa de circular pelas nossas rodovias. E que ao ser transportado pela hidrovia conta com um controle rígido no tocante a segurança. Neste ponto, temos de reconhecer a excelência e o alto grau de consciência envolvido no setor de transporte de cargas perigosas. Principalmente quando o mesmo se dá por embarcações. Onde qualquer acidente representa grave risco ao meio ambiente. A inexistência de incidentes neste sentido demonstra o quanto é rígido a cobrança do cumprimento às normas de segurança. E o fato da hidrovia possuir menos agentes externos interagindo, lhe dá um ganho de segurança muito maior do que o transporte terrestre. Sem falar na capacitação e requalificação constante das pessoas envolvidas nas operações de carga e descarga. Visando seu adestramento e aperfeiçoamento profissional. Capacitando-os a serem eficientes em quaisquer circunstâncias de risco.

Utilizar a hidrovia no transporte de cargas perigosas é muito mais do que buscar uma alternativa barata de transporte. É ser racional e estar comprometido com o respeito ao meio ambiente e a um mundo melhor para se viver.

Foto: Carlos Oliveira

Celulose Rio-grandense transporta celulose pela hidrovia.



A empresa Celulose Rio-grandense, com unidade fabril instalada no município de Guaíba, intensificou o embarque de celulose destinada a mercados consumidores de fora do estado. Na manhã do dia 11 de julho, a barcaça graneleira “Porto de Viamão” partiu de Porto Alegre com destino ao Terminal de Uso Privativo (TUP) que a empresa possui as margens do Guaíba. Seu destino era embarcar em seus porões cerca de 2.100 toneladas de celulose. Já no dia de hoje, sexta-feira (13), foi a vez do empurrador de barcaças “Bambu” levar a chata “Branave VII” para o mesmo terminal. Lá esta prevista o embarque da mesma com mais 1.800 toneladas de celulose.

Em ambos os casos as embarcações pertencem a empresa “Navegação Guarita S/A. E o destino da carga será o Terminal de Uso Privativo (TUP) da empresa Cimbajé no porto de Pelotas. No caso do “Porto de Viamão” sua chegada esta programada para ocorrer durante o dia 16 de julho e no da barcaça “Branave VII” no dia 16.

Um carregamento esta previsto para ocorrer ainda neste mês. Com a chegada programada do navio mercante “Pelican Arrow”, de bandeira das Bahamas. Esta embarcação pertence a empresa Gearbulk Shipowning Ltda que por muitos anos trouxe seus navios ao porto de Porto Alegre. Naquela ocasião era realizado o desembarque de bobinas de papel jornal. Concomitantemente, o navio era carregado com celulose diretamente das barcaças que atracavam a contra bordo do navio. Com isto se economizava tempo, dinheiro, se gerava emprego e nosso porto aumentava seu movimento. Infelizmente este tipo de operação deixou de ocorrer, obrigando que toda a celulose seja transportada até o porto de Rio Grande para lá ser embarcada. Com relação ao embarque de celulose no “Arrow Pelican” o volume a ser carregado corresponde a 24.300 toneladas. Isto corresponde a quase toda a capacidade do navio, que é de 25.846 toneladas.

A indústria de celulose apresentou vários projetos de expansão para o nosso Estado. No entanto as dificuldades na sua implementação está adiando um a um destes projetos. Inicialmente foi o impedimento legal de empresas estrangeiras de adquirirem terras no Brasil. Concomitantemente também foi levantado o impacto ambiental do plantio de grandes áreas com espécies exóticas ao bioma Pampa. A construção de um terminal próprio no município de São José do Norte esta andando vagarosamente. E finalmente há a dificuldade de implementar a navegação ao longo do rio Jacuí. Fato que obriga o transporte da madeira por via rodoviária até a unidade fabril. Estas dificuldades só são superadas pelo fato da persistência dos empresários. Que sabendo do valor e do potencial de nossas terras continuam a produzir e a gerar empregos. A demora em solucionar os problemas em nada contribui para o nosso desenvolvimento econômico. Justificando assim o motivo elo qual nosso Estado tem perdido importância econômica no contexto nacional. Mudar esta postura é dar ao nosso Estado uma dinâmica nova. Capaz de alavancar nosso crescimento e atrair cada vez mais novos investimentos em um período de crise econômica mundial. Caso isto não seja possível, servirá ao menos para que nós não percamos as empresas que já estão instaladas aqui. E que em alguns setores, como o calçadista, já é há vários anos um movimento extremamente preocupante e calamitoso. Por isto temos de cobrar de nossos políticos todo o empenho e trabalho. Pois sem isto não há solução.

Fotos: Carlos Oliveira

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Barcaça–tanque “Guaíba” transporta óleo combustível para porto de Rio Grande. E o povo, o que tem a ver com isso?

Partiu na manhã de quarta-feira (11) a barcaça-tanque “Guaíba”, de propriedade de Navegação Guarita S/A, com destino ao Super Porto de Rio Grande. Carregada no Terminal de Uso Privado da Petrobras, localizado no rio Gravataí, a mesma tem como destino final o Píer Petroleiro de Rio Grande. Em seus tanques estão armazenados 1.400 toneladas de óleo combustível e 1.300 toneladas de óleo combustível Leve (LCO).

O envio desta carga por via fluvial representa uma economia muito grande na redução de custos de frete. Agrega segurança no seu transporte, pois na hidrovia a possibilidade de acidentes é infinitamente menor. Representa uma opção ecologicamente correta, pois polui menos. E principalmente é um indicativo da importância do transporte marítimo e fluvial para o setor produtivo. Enquanto a passagem da embarcação pelas águas não chama a atenção da população. Pois navega silenciosa sem interferir na circulação da população. Se este mesmo volume de carga tivesse de ser transportado por via rodoviária, equivaleria a inserção de no mínimo 90 caminhões-tanques em nossas estradas. Esta comparação serve para explicar o porquê, diariamente, muitos trabalhadores passam horas e horas presas nos engarrafamentos. Principalmente os que transitam pela BR-116, no trecho de Canoas. Um dos mais movimentados do Brasil.

A falta de planejamento estratégico. A não racionalização de nossos recursos. É sem dúvida a causa de muitos de nossos problemas. Pensar na utilização racional de nossas hidrovias é não só uma questão de respeito para com o cidadão, mas vital para nosso crescimento socioeconômico.

Foto: Carlos Oliveira

Barcaça “Germano Becker” vai a Rio Grande buscar 4.700 toneladas de fertilizantes.

Partiu de Porto Alegre, na manhã desta quarta-feira (11) a barcaça graneleira “Germano Becker”, de propriedade da empresa Navegação Aliança Ltda. Seu objetivo é buscar cerca de 4.700 toneladas de fertilizantes no Terminal de Uso Privado (TUP) da empresa Yara. Que fica instalado no Super Porto de Rio Grande. Sua chagada ao terminal esta prevista para ocorrer ainda hoje (12). Esta viagem representa a retirada de mais de 156 caminhões com capacidade de 30 toneladas cada de nossas estradas. Sendo este um período de férias escolares, ocasião em que muitas escolas programam passeios para seus alunos, a utilização da embarcação é um fator a mais para a segurança de nossa população. Por este motivo, dar o devido destaque é muito mais do que incentivar a utilização de nossa hidrovia. É reconhecer o valor das empresas que, silenciosamente, fazem com que nossa vida seja mais segura e melhor.

Foto: Carlos Oliveira