quinta-feira, 27 de novembro de 2014

O CONFLITO ENTRE O INTERESSE PÚBLICO E O PRIVADO.

Um dos temas mais antigos da filosofia política diz respeito a distinção entre o interesse  público e o interesse privado. Muito se falou e muito se escreveu sobre este tema. Que embora seja tão antigo quanto a arte da política, é atual e continua a dar dor de cabeça.


Um exemplo de como isto é atual, esta relacionado ao escândalo que esta envolvendo a maior empresa brasileira, a PETROBRAS. Este caso, onde o interesse privado se sobrepôs ao interesse público. Dando margem à corrupção e ao desvio de bilhões de reais. Serviu para demonstrar o quanto ainda estamos gatinhando em termos de profissionalismo no trato da coisa pública. Não que não haja regras claras sobre como agir e se comportar. Mas o que vemos é o nosso despreparo profissional, emocional e ético na arte da administração dos assuntos de interesse público.

O ruim disso tudo. É que se este caso ocorreu com a maior empresa estatal brasileira. Não há como não ficar em dúvida com o que esta ocorrendo com as demais empresas e setores da administração pública. Este mal, chamado corrupção. Que se procria em ambientes contaminados pela falta de profissionalismo e ética. É extremamente danoso ao país.

Mas o tema que quero tratar aqui, diz respeito a uma manobra realizada no porto organizado de Porto Alegre. Que revestida de aparente legalidade, revela uma lógica perversa. Na qual o conflito de interesse entre o publico e o privado se manifesta. De forma preocupante, pois envolve uma figura já denunciada aos órgãos de fiscalização federal e estadual. Por supostamente receber benefícios de forma irregular de um ente público. Neste caso, a Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH.


A CHEGADA DE DOIS NAVIOS

Na quarta-feira (08/OUT) registrou a chegada de dois navios ao porto de Porto Alegre. A parte operativa do porto, que esta coberta pelo sistema de segurança e vigilância internacional chamado de ISPS-Code, se encontrava totalmente liberada. Os dois navios poderiam atracar ao longo de todo o espaço disponível. Para realizar as suas operações de descarga, e ainda sobraria espaço para, no mínimo, mais um navio de grande porte.

O primeiro navio a chegar foi o “Hera”. Carregado 9.759 toneladas de cevada. Ele atracou bem em frente a posição em que se encontravam os guindastes do cais Navegantes. Dos três guindastes, somente um tem condições de operar, pois foi reformado no ano de 2012. Os demais não estão operativos. Sendo um por problema de baixa capacidade de içamento e o outro por falta de manutenção preventiva. Fato que levou o Ministério do Trabalho a interditá-lo. E que mesmo assim, passados vários anos, não foi contemplado com um plano de recuperação e manutenção do mesmo.

O segundo navio que estava chegando, era o brasileiro “São Luiz”. Um navio com sérios problemas de manutenção. E cujos guindastes foram retirados como forma se solucionar um destes problemas nele detectados. Ele vinha do porto de Imbituba, Santa Catarina.  Um porto regido pelas regras do ISPS-Code, e que não opera com navios fora deste sistema de segurança internacional



SURGE UM PROBLEMA

Como este navio não possuía guindastes. Era natural que a posição aonde este equipamento existia deveria ter sido reservada para ele atracar. Esta decisão é tomada pelo Diretoria de Portos, por meio da Divisão do Porto de Porto Alegre – DPPA. Que é braço operativo e que coordena tudo que diz respeito as operações dos navios. Quem esta na chefia desta divisão possui décadas de experiência no porto. E sua decisão criou um problema para a operação de descarga do “São Luiz”. Que sem guindaste de bordo e nem podendo contar com o guindaste de terra não poderia ser descarregado. Então como resolver este problema?


SURGE UMA SOLUÇÃO

A solução encontrada foi a de permitir a atracação do navio “São Luiz”, fora da área controlada pelo sistema de segurança internacional do ISPS-Code. Alegou-se para isto o fato do navio ser brasileiro, trazer uma carga de origem nacional e estar realizando uma viagem de cabotagem. Que é aquela que ocorre entre portos brasileiros.

O local escolhido era o ocupado por um empresário, que não possui contrato formal para ali estar. E que por este motivo não pode submeter o espaço, por ele explorado comercialmente, as normas do ISPS-Code. Já que a sua implantação tem de passar pelo crivo dos órgãos federais (Polícia Federal, Receita Federal, Marinha do Brasil e Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ). E se não há contrato de ocupação do espaço, não existe o pressuposto básico para implantar este sistema naquele espaço.



COMETENDO UMA IRREGULARIDADE

Ao se desviar o navio de uma área segura para uma sem a devida segurança, se cometeu uma irregularidade. Este navio, por ter atracado em um espaço não coberto pelo ISPS-Code terá de cumprir uma quarentena antes de atracar em qualquer porto comercial com o ISPS-Code. E esta situação tem de ser, obrigatoriamente comunicada à Polícia Federal. Que coordena o sistema em território nacional. Para que ela inclua os dados no sistema; e todos os demais portos fiquem sabendo da situação restritiva que envolve este navio. Se isto não for feito, se esta incorrendo em uma segunda irregularidade. Mais grave do que a primeira, pois é uma violação dos pressupostos estabelecidos pelo próprio ISPS-Code.


.UM CASO DO PASSADO.

Em 2011 uma situação semelhante ocorreu. Na época havia o agravante dos guindastes do porto estarem todos interditados. E diante da situação se buscou o auxilio dos órgãos federais para se solucionar o problema. Fez-se todo o esforço para preservar o nível de segurança do navio. E se conseguiu a suspensão temporária da interdição dos guindastes. Viabilizando o descarregamento do navio.


O PREJUÍZO PARA O PORTO

O deslocamento do navio de sua área operativa para um espaço utilizado por uma empresa privada, gerou consequência para o porto organizado de Porto Alegre. Uma delas foi a perda de receita econômica. Já que a carga não foi descarregada com seus guindastes. E isto representa a perda de parte do faturamento. Se o porto perdeu faturamento, e o navio foi descarregado com o auxílio de guindastes externos, alguém ganhou. Pois o navio não foi descarregado de graça.


QUEM GANHOU ?

Quem ganhou com isto foi o empresário que ocupa uma área do porto sem o devido contrato formal para tal. Ao vender o seu serviço ele fez o seu preço. Faturou o que não iria faturar.


CARTAS MARCADAS

Retornando ao passado. É importante que se saiba que no ano de 2011, quando surgiram os problemas de interdição dos guindastes. Ocorreu uma reunião envolvendo todos os operadores portuários de então. Naquela época foi exposto o problema. E se chegou à conclusão que os operadores só trariam para o porto da capital, de nosso estado, navios com a capacidade de descarga própria. Evitando desta forma eventuais problemas deste tipo. Isto não inviabilizaria a utilização dos guindastes do próprio porto, caso eles estivessem disponíveis. Esta foi uma decisão tomada pelos próprios operadores responsáveis pela descarga dos navios.

Baseando-se neste acerto. É de se perguntar o porquê um operador acerta o recebimento de um navio sem condições de ser descarregado em Porto Alegre. Isto indica que há outros interesses em questão. Se este operador portuário é, por coincidência a mesma empresa que ocupa a área sem o devido contrato. Há forte indício de que ele esta tentando direcionar a atracação do navio para o seu espaço.

Outro fato a ser considerado é que o primeiro navio a atracar, o “Hera” estava sob responsabilidade de uma empresa que é tida como laranja a outra empresa envolvida na operação. Ou seja, ambos os navios estavam sendo descarregados pela mesma empresa. Mas com base em que isto pode ser afirmado? O fato que baseia esta afirmação é o consenso geral. Surgido já em 2011 em Rio Grande. De onde a empresa possui sua matriz. Mas também pelo fato do seu sócio majoritário não saber explicar o porquê do nome de sua empresa. Que coincidentemente é formado pela letra iniciai do seu primeiro nome. Pela letra inicial do nome do sócio proprietário da outra empresa e de sua esposa.

Não bastasse isto, o e-mail do sócio proprietário da empresa que operou com o navio “Hera”. Tinha na extensão pós o “@” o nome da outra empresa. Da qual ele foi funcionário por anos. E isto esta documentado em folha de assinatura colhida durante a reunião que ocorreu entre todos os operadores portuários na sede da SPH no ano de 2011.


O CONFLITO ENTRE  O INTERESSE PÚBLICO E O PRIVADO

Como podemos concluir, este é mais um caso que envolve nitidamente o conflito de interesses entre o setor público e o privado. O fato de existir conflito não é problema. Isto é normal. O problema esta na forma como um funcionário público administra este conflito. E mesmo tendo décadas de experiência no trato da coisa pública, e estar ambientado na atividade portuária, dá este tipo de desfecho para o caso.

A aparente legalidade do caso, não se sustenta diante de um olhar crítico e apurado de quem conhece e domina o assunto. E nisto temos de levar em conta que tanto a empresa que se saiu beneficiada, quanto a SPH já foram arroladas em um processo que esta sendo movido pelo Ministério Público Estadual – MPE, como rés por fraude em processo de licitação.

CONCLUSÃO

É esta a história que eu queria contar. Espero que ela sirva para a nossa reflexão. Pois se queremos ter um Brasil melhor, temos de saber distinguir o que move os interesses da administração pública e a iniciativa privada. Não podemos confundi-los nem aceitá-los quando isto ocorre. E sempre que for possível, devemos denunciá-los. Pois somente assim o Ministério Público poderá agir. Punindo a quem de direito, e resguardando os nossos interesses como cidadão.


Muito Obrigado!

Vanderlan Vasconselos

Fotos: Carlos Oliveira

O CARTÃO DE VISITAS DE NOSSO ESTADO.

Quando um turista ou um empresário chega de avião a Porto Alegre, o Delta do Jacuí e as águas do Guaíba marcam a paisagem. No encontro da cidade com o rio, o cais do porto chama a atenção. E dele não se pode negar é possível de se ter uma visão do que foi e do que é a realidade econômica do estado e da nossa capital. Sua extensão revela que ali a atividade econômica foi próspera. Do contrário ele não seria tão grande. No entanto o seu estado de abandono, também indicam que há algo de errado em termos econômicos. Pois em todo o mundo, os portos são locais de comércio. E sua movimentação indica a força deste segmento econômico, e a dinâmica daquele local. Logo, um porto é sempre um cartão de visitas de uma cidade, da região que a circula e de um estado.

 Portos dinâmicos são portos com grande movimentação de navios. Quanto maior o número de navios mais dinâmicos eles são. Mais emprego há para quem quer trabalhar. Seja como empregado; seja como empregador ou empreendedor. Pois aonde a economia flui, há sempre oportunidades. E aqueles que foram mais competentes e eficientes vão progredir.

Diante desta realidade, o nosso porto sempre será o nosso cartão de visitas. Se no passado ele foi dinâmico. E  por isto criou as condições propícias para o surgimento de uma série de empresas. Na atualidade esta realidade não existe mais. Muito pelo contrário, a sua capacidade de receber e operar navios foi restringida. Reforçando uma ideia equivocada. De que o Porto de Porto Alegre, por se encontrar em um lago, não é um porto com capacidade marítima. E como tal foi considerado como de segunda linha. E desprezado nas atenções do setor público em detrimento do porto de Rio Grande.

Rasgamos um dos nossos cartões de visita, e de certa forma condicionamos a nossa economia a ter de sobreviver sem este fabuloso instrumento da logística mundial, que é um porto comercial com capacidade marítima.

Um segundo erro foi pensar que o turismo pode substituir o poder econômico de um porto ativo e competitivo. E que nós temos um produto um produto diferente, com força e capaz de atrair o público de outros locais turísticos do mundo para cá. Me refiro ao “Por do Sol do Guaíba”.

Esta opção é, por definição fraca e inconsistente. O Por do Sol existe em todo o lugar do mundo. Em alguns a paisagem é mais bonita, em outros não. Nem sempre ele é bonito, pois há os dias de céu nublado, de chuva, ou simplesmente sem brilho e beleza no qual ele ocorre. Sua duração é diminuta ao logo do dia. E é por este motivo que como opção de atrair o turista ela se esvazia.

Torná-lo um local de comércio a céu aberto, as margens de um rio que se tornou lago também é um argumento fraco. Como local de comércio o centro da cidade esta cheio de espaços vazio. Cujo aluguel, mesmo sendo mais barato não encontram interessados. E isto se deve ao enfraquecimento de nossa economia ao longo dos anos.

Como local de turismo ele deverá ter um turismo seletivo. Voltado ao público de maior poder aquisitivo. Pois não vejo grandes empreendimentos sendo projetados para atender a demanda do público mais pobre. Aquele que vai e não consome. Pois tem muita disposição para se divertir num local bonito, mas possui pouco poder aquisitivo. Que leva o seu sanduíche e deixa para comprar no local mais em conta, uma garrafa tamanho família de refrigerante. Este público, normalmente é visto como um perigo em potencial. E é tratado com dureza pelo serviço de segurança local.

Caminhamos na contramão da história. Pois, se o nosso porto tivesse recebido investimentos e incentivo de nossos governantes na sua atividade fim. Ele estaria gerando muitas vagas de emprego. E como tal alimentando os setores do comércio, de serviços, e do laser. De forma muito mais dinâmica e rentável. Pois parte do dinheiro que circula entre os trabalhadores do porto, iria retornar para estes seguimentos da nossa economia. Que por sua vez também gerariam novos impostos.

Como podemos concluir, nossa realidade é fruto de nossas escolhas. E nossas escolhas vão ditar a nossa realidade. Quando fazemos escolhas certas, o resultado nos é favorável. Já quando as escolhas são equivocadas, as consequência não tardam a chegar. Se o nosso porto é o nosso cartão de visita. Nós deveríamos cuidar melhor dele. E não é isto o que esta sendo feito. Pensem nisso.

Muito Obrigado!

Vanderlan Vasconselos.

Fotos: Carlos Oliveira

Barcaça graneleira “Itaúba” é carregada com trigo.

A barcaça graneleira “Itaúba” atracou às 11:55 da manhã de sexta-feira (10/OUT) no terminal marítimo Luiz Fogliatto. Neste terminal o seu objetivo é o de ser carregada com cerca de 2.500 toneladas de trigo. Par Ana sequencia transportá-lo para a região metropolitana de Porto Alegre. Este fato serve para nos lembrar o quanto a navegação pode estar relacionada com o nosso dia-a-dia. Embora isto não seja por nós percebidos. Digo isto levando em consideração de que o trigo é um dos alimentos básicos de todos nós. Presentes no pão, nas massas e em uma infinidade de outros produtos.

O lado bom desta história, é que ao ser transportado por barcaça. Este trigo chega com um custo mais barato a nossa mesa. Contribuindo na redução do custo de vida. E propiciando uma vida melhor para todos nós.

Foto: Carlos Oliveira

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Navio-tanque “Celanova” regressa de Rio Grande.

O navio-tanque espanhol “Celanova” regressou na manhã abafada de sexta-feira (10/OUT) do porto de Rio Grande. Fotografado às 08:10 quando navegava no interior do canal do Cristal, seu destino era o terminal Santa Clara do Polo Petroquímico de Triunfo. Aonde o navio deverá ser novamente carregado. No entanto, antes disso, ele fundeou na área Bravo do porto de Porto Alegre. Que se localiza em frente ao cais Mauá. Ali permanecendo até às 14 horas, quando reiniciou sua viagem rumo ao píer II do terminal Santa Clara. Em uma manobra que contou com o apoio do rebocador “Rio Guaíba” para a travessia do vão móvel da ponte do Guaíba.





Em sua última viagem, o “Celanova” operou com o navio-tanque “Queen Catalina”. Em uma operação de transferência de carga dele para o outro navio. Fato que ocorreu no píer petrolífero da empresa BRASKEM, em Rio Grande. Com isto se garantiu não só o pleno escoamento de nossa produção petroquímica. Como também que a operação ocorreu seguindo os mais rígidos padrões de segurança. Já que o local é plenamente capacitado para realizar este tipo de operação.



Fotos: Carlos Oliveira

Barcaça graneleira “Rio Grande do Sul” carrega ureia.

A barcaça graneleira “Rio Grande do Sul” atracou a contrabordo do navio mercante “African Puffin”, que se encontra em Rio grande. Este fato ocorreu às 06 horas da manhã de quinta-feira (09/OUT), na área do Porto Novo. E seu objetivo é o de receber parte do carregamento de ureia que este navio esta transportando e deverá descarregar neste porto. O volume exato não foi informado. O que é sempre lamentável. No entanto é sabido que do “African Puffin” deverá sair cerca de 10.500 toneladas de ureia. Este navio de bandeira panamenha, atracou no Porto Novo às 03:20 da madrugada de quinta-feira (09/OUT); seu comprimento é de 189,99 metros e sua largura máxima é de 32,25 metros.

Foto: Carlos Oliveira

“Trevo Oeste” escoa produção da MITA.

A barcaça graneleira “Trevo Oeste” realizou mais uma viagem para a empresa MITA. Carregada com cerca 1.300 toneladas de cavacos de madeira. A “Trevo Oeste” atracou às 18 horas de quinta-feira (09/OUT) no terminal marítimo Luiz Folgiatto. Para ali descarregar, e desta forma concluir mais uma viagem bem sucedida desde o rio Taquari até o porto de Rio Grande.

Os cavacos de madeira produzidos pela empresa MITA, são fruto do processo de beneficiamento da madeira bruta. Que gera cavacos uniformes. Que tem como objetivo facilitar a produção de celulose, conforme a especificação técnica de cada cliente. Isto demonstra o quanto um produto aparentemente tão simples exige atenção e dedicação de quem o produz. E isto para que o cliente possa ter a sua disposição uma matéria prima ideal. Que lhe representa ganho em produtividade e eficiência.

Assim como a produção de cavacos de madeira é aparentemente uma coisa simples. A navegação também o é aos olhos dos leigos. No entanto há toda uma ciência por traz das coisas. E é o domínio desta ciência e de suas técnicas. Que faz com que nós possamos progredir. Nos dias de hoje tanto a navegação como a atividade portuária estão sendo abordadas pelos nossos governantes de forma leiga. E é por isto que elas possuem tanta dificuldade de se firmarem e progredirem. É isto que tem de ser mudado. Para que o Rio Grande do Sul possa finalmente entrar no século XXI em condições buscar um futuro melhor. Pensem nisso!

Vanderlan Vasconselos

Foto: Carlos Oliveira

“Tauroga” transporta butadieno.

O navio-tanque “Taurogas” partiu ás 12:07 da tarde de quinta-feira (09/OUT), do píer II do terminal Santa Clara, do Polo Petroquímico de Triunfo. Em seus tanques o navio estava transportando 1.100 toneladas de butadieno não saturado. Para ser descarregado no píer petrolífero operado pela BRASKEM em Rio Grande. Contribui desta forma para o escoamento de parte da produção deste importante complexo petroquímico de nosso estado. Que foi ampliado há alguns anos, visando atender o aumento da demanda por este produto em âmbito mundial. O que mostra o quanto é importante estarmos sempre atualizados e estudando os mercados e as tendências. Para não ficarmos parados no tempo. Que esta iniciativa do setor privado, sirva de exemplo ao setor público. Que tem por obrigação ser eficiente e eficaz, para garantir o bem-estar econômico e social do país.

Foto: Carlos Oliveira

Navio mercante “Callio” é carregado com trigo em Rio Grande.

Até parece ironia do destino. Mas na verdade esta  é a prova de como é ruim a falta de uma política no nosso estado para a administração de nossos portos.

Estou me referindo ao fato do navio mercante “Callio” que aqui esteve atracado por 52 dias junto aos silos da Companhia Estadual de Silos e Armazéns – CESA, sem nada carregar. Ter chegado ao porto de rio Grande e lá ido atracar no terminal marítimo Luiz Folgiatto para ser carregado com 25.000 toneladas de trigo. Vale a pena recordar que o “Callio” ao chegar em Porto Alegre trouxe em seus porões um carregamento estimado em 8.000 toneladas de sal. logo é de se pensar que ele poderia também ter saído com, no mínimo, igual peso de carga de Porto Alegre. Se isto tivesse ocorrido o porto teria movimentado 16.000 toneladas em sua operação com este navio. Um marco significativo a ser comemorado, levando-se em conta a atual realidade. Também teria garantido o trabalho aos trabalhadores avulsos ligados ao Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO, elevando seus ganhos. Mas infelizmente o que nós percebemos é que não há nenhuma política para o nosso setor portuário. E isto se reflete na perda de oportunidades. No empobrecimento da classe trabalhadora. Na perda de ritmo e da dinâmica de nossa economia. O que é muito ruim para todos nós. Pois trabalhadores com menos dinheiro gastão menos no comércio. Um estado com arrecadação menor, consome mais os seus recursos para se manter funcionando. E isto cria um círculo vicioso prejudicial aos interesses da sociedade. E para isto só existe uma forma de atuar. É investir na educação, na qualificação humana e material do estado. Para que ele possa estar melhor preparado para enfrentar os desafios que lhe são apresentados no dia-a-dia.

Um estado com maus gestores é um estado não só despreparado, mas fadado ao retrocesso. E é por este motivo que nós devemos sempre escolher os melhores políticos para nos governar. Pois quem tomará as decisões por nós serão eles. Pensem nisso, pois este ano é de eleição. E o que esta em jogo é o nosso futuro.

Muito Obrigado.

Vanderlan Vasconselos

Foto: Carlos Oliveira

“Trevo Roxo” transporta produção da CMPC Celulose Rio-grandense.

Ao atracar às 06:50 da manhã de quinta-feira (09/OUT) no Porto Novo de Rio Grande, a barcaça graneleira “Trevo Roxo” concluía mais uma viagem entre as cidades de Guaíba e Rio Grande. Assim como nas demais viagens, seu carregamento ocorreu no terminal de uso privado (TUP) da empresa CMPC Celulose Rio-grandense. E o produto embarcado totalizou 3.000 toneladas de acetobutirado de celulose.

Este fato demonstra o valor da navegação para alguns empreendimentos. Que embora gerem renda e trabalho aqui visam possuem no mercado externo seu maior cliente. Este tipo de empreendimento normalmente é projetado para obter o melhor ganho de eficiência possível. Pois seguem os conceitos internacionais, que na maioria dos casos não é levado em conta pelo empresariado nacional. Esta diferença entre a forma de pensar é marcante. E deveria ser estimulada em nosso empresariado. Isto beneficiaria, em muito a navegação nacional. E certamente proporcionaria um novo ganho de competitividade para a economia brasileira. Pensem nisso!

Foto: Carlos Oliveira

“Itaúba” e “BRANAVE V” transportam peptonas para Rio Grande.

As barcaças graneleiras “Itaúba” e “BRANAVE V”, ambas operadas pela Navegação Guarita e navegando em comboio atracaram no Porto Novo de Rio Grande ás 18:45 de quarta-feira (08/OUT). Em seus porões havia respectivamente 2.500 e 1.500 toneladas de peptonas. Que foram embarcadas no município de Canoas e tem como destino e mercado externo.

Os comboios são um tipo de navegação muito utilizados nas regiões Sudeste e Centro-oeste. No entanto em nossas águas eles enfrentaram séria dificuldade ao navegarem na lagoa dos Patos. Cujo tipo de onda que se forma em determinada ocasiões não facilita a navegação. Ver estas embarcações navegando em comboio é sempre algo muito interessante. E quem sabe um dia isto também seja uma realidade mais comum em nossas águas. Pois se á dificuldade por um lado. Há sempre um desafio a ser vencido pela engenharia e pela ciência.

Foto: Carlos Oliveira

“Trevo Azul” transporta ureia para Pelotas.

Um fato raro ocorreu na última quarta-feira (08/OUT). O Porto de Pelotas recebeu em seu cais público uma barcaça carregada de ureia. Esta fato foi realizado pela “Trevo Azul” que foi carregada com 2.875 toneladas de ureia no Porto Novo de Rio Grande. Numa operação que se iniciou às 11:50 de terça-feira (07/OUT) quando lá ela chegou e atracou a contrabordo do navio mercante “Interlink Levity”. Que mede 189,99 metros de comprimento possui 28,5 metros de largura, esta registrado junto ao porto de Majuro, ostentando desta forma a bandeira das Ilhas Marshall. Este navio trouxe para Rio Grande um carregamento estimado em 28.862,860 toneladas de ureia.

Um fato desta magnitude deveria ser motivo de alegria para quem administra o porto de Pelotas. No entanto, não é isto o que se percebe ao se visitar o próprio site a Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH. Que nada noticiou, demonstrando a falta de motivação e empenho da autarquia com a divulgação das coisas que lhe dizem respeito.

É por estas e por outras. Que cada vez mais o blog VCVESTEIO é reconhecido pelo seu trabalho. Pois somente ele tem dado espaço para a divulgação do movimento da nossa navegação interior. Contribuindo do seu jeito próprio para a formação de mentalidade marítima, No qual a importância da navegação é apresentada e discutida. Auxiliando ao leitor na formação de sua opinião sobre o assunto.

Foto: Carlos Oliveira

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Navio mercante “São Luiz” chega a Porto Alegre.

O navio mercante “São Luiz” de bandeira brasileira chegou e atracou no cais Navegantes do porto de Porto Alegre. Sua chegada ocorreu no final da manhã de quarta-feira (08/OUT). E como das demais vezes que o navio por aqui chegou a lentidão com que ele navegava foi sentida.

A LENTIDÃO DE SEMPRE



Visto às 10:46 quando se aproximava da ilha das Pedras Brancas, ou ilha do Presídio, como é popularmente conhecida. Sua atracação junto ao cais Navegantes só se efetivou às 13:10. Se compararmos com o horário da atracação do navio que o antecedeu, o “Hera” que ocorreu às 10:40, é possível de se ter uma noção de quanto lento veio o “São Luiz”.

SEM OS GUINDASTES

Outro fato que chamou a atenção foi que desta vez o navio chegou sem os seus guindastes de bordo. Conforme nós aqui mostramos. O precário estado de conservação destes equipamentos fazia com que o navio navegasse com eles erguido. Elevando o peso morto e criando risco à estabilidade da embarcação quando navegando em alto-mar. Sua remoção foi uma decisão acertada. E já deveria ter sido tomada a muito mais tempo.

SOB AS ORDENS DE UMA NOVA COMPANHIA

A terceira mudança significativa observada é que o navio não ostenta mais em sua chaminé o símbolo da Navegação Marsur. Seu novo emblema é um tridente na cor azul, localizado dentro de um círculo também na cor azul. O que indica que ele esta sendo operado por outra empresa de navegação.

UM CARREGAMENTO DE SAL

Voltando ao motivo da vinda do “São Luiz” ao porto da capital do estado. O mesmo deverá descarregar aqui cerca de 11.000 toneladas de sal marinho. O produto é oriundo do porto de Areia branca, localizado no Rio Grande do Norte. E antes de aqui aportar, o navio realizou uma escala no porto de Imbituba – SC. Para lá descarregar 23.247,58 toneladas de sal.

FALTA DE POLÍTICA PARA PORTOS E MARINHA MERCANTE

Como podemos constatar o navio mercante “São Luiz” é um belo exemplo de como a navegação brasileira e os portos são carentes de uma política que os fortaleça e valorize. Um fato inadmissível para um país que depende de suas exportações para se fortalecer. E que ao não investir em infraestrutura e não proteger as suas empresas de navegação. Acaba ficando fragilizado e dependente. Não criando as condições para se tornar um grande ator na política internacional. Mas para se manter como um país de segunda linha. Fraco e dependente economicamente da vontade dos outros países.

Pensem nisso, pois como esta não pode ficar.

Muito Obrigado!

Vanderlan Vasconselos

Fotos: Carlos Oliveira

“Trevo Branco” descarrega soja em Rio Grande.

A barcaça graneleira “Trevo Branco” atracou às 05:00 da madrugada de quarta-feira (08/OUT) no terminal de uso privado (TUP) da empresa BUNGE Alimentos. Este TUP localizado na área do Super Porto de Rio Grande é capacitado para carregar grandes navios graneleiros. E por este motivo atrai tantas embarcações da navegação interior. Que ali descarregam parte da produção agrícola de nosso estado.

Nesta atual viagem da barcaça “Trevo Branco” foi transportado 3.000 toneladas de soja triturada. Produto este que deverá ser armazenado neste terminal até o momento de ser embarcado em um dos grandes navios mercantes que ali operam. E que invariavelmente levam a soja para o externo. Garantindo assim a comercialização da safra agrícola e a geração de riqueza para o Brasil.

Foto: Carlos Oliveira

“Gas Haralambos” parte após abastecer Estado com GLP.

Eram 09:10 quando o navio-tanque “Gas Haralambos” iniciou sua desatracação do Terminal de Gás do Sul – TERGASUL, localizado as margens do rio Gravataí, e instalado no município de Canoas. Sua operação de descarga de gás liquefeito de petróleo – GLP já havia sido concluída. E o navio estava esperando apenas a chegada das 09 horas. Pois é a partir deste horário que o vão móvel da ponte do Guaíba é liberada para içamentos. O navio partiu deste terminal com o auxilio de dois pequenos rebocadores. Que o ajudam a vencer as dificuldades ali existentes, não só o da pouca largura do rio, como também do assoreamento do mesmo. Às 09:57, á navegando nas águas do Guaíba, o “Gas Haralambos” foi visto cruzando pela Usina do Gasômetro. Seu destino era a cidade de Rio grande. De onde o navio tem acesso ao alto-mar.



O importante é podermos constatar que a vinda do navio sempre gera um pequeno transtorno. Já que sua passagem sob o vão móvel da ponte do Guaíba exige a interrupção do fluxo de veículos neste ponto. No entanto, os benefícios que o navio trás são muitos. Tendo em vista que o GLP é utilizado por toda a população gaúcha na produção de suas refeições. E entre um pequeno transtorno e a falta desta preciosa fonte energética. Todos nós temos de concordar que o transtorno se torna algo irrisório. E tudo isto serve para mostrar o quanto a navegação é importante para nós. Mesmo que nós não a percebamos, ela, de alguma forma faz parte de nossas vidas. Pensem nisso!

Fotos: Carlos Oliveira

"Guaratan” atraca no pier da PETROBRAS de Rio Grande.

A barcaça graneleira “Guaratan” atracou ás 11:10 da manhã de quarta-feira (08/OUT) no pier petrolífero da PETROBRAS em Rio Grande.   Segundo consta, ele deverá descarregar 3.500 toneladas de naftas para petroquímica neste terminal. Para que posteriormente o produto possa ser reembarcado e enviado para o seu novo destino.

A nafta que o “Guaratan” transportou foi produzida na Refinaria Alberto Pasqualini – REFAP, da cidade de Canoas. E seu embarque ocorreu pelo Terminal Niterói, que é de propriedade da PETROBRAS e fica as margens do rio Gravataí, na divisa dos municípios de Canoas e Porto Alegre.

Poder transportar tamanha quantidade de produto inflamável com completa segurança, só é possível via embarcações. E é por este motivo que a navegação é o principal meio de transporte utilizado pelas empresas petrolíferas no mundo.

Foto: Carlos Oliveira

“Trevo Leste” transporta cavacos de madeira.

Eram 13 horas de quarta-feira (08/OUT) quando a barcaça graneleira “Trevo Leste” foi vista e fotografada. Em seus porões ela estava transportando 1.500 toneladas de cavacos de madeira. Produzidos pela empresa MITA e embarcados pelo seu terminal de uso privado (TUP) localizado as margens do rio Taquari. E que tem como destino o Terminal Marítimo Luiz Fogliatto do porto de Rio Grande.

POR UMA POLÍTICA EM FAVOR DA HIDROVIA

Esta viagem que inclui o rio Jacuí, o Lago Guaíba e a Lagoa dos Patos demonstra o potencial de nossas águas para o transporte de produtos e mercadorias. Que ao logo do seu trajeto possui várias dificuldades de ser realizada. Que variam de falhas há inexistência de sinalização náutica, além de assoreamento. Por este motivo ela deveria receber mais atenção de nossos governantes. Que infelizmente só lhe dispensam palavras e não gestos concretos no sentido de melhorar a sua qualidade.

APÓS QUARTO ANOS NADA DE NOVO

Digo isto pensando que foi no governo Yeda Crusius que o Estado comprou mais de uma centena de boias para fazer o balizamento do rio Jacuí. E este serviço não foi feito até os dias de hoje. Ou seja, durante toda a administração do governador Tarso Genro, nada de novo foi realizado no sentido de melhorar e qualificar a navegação pelas águas do Jacuí. Apenas se trocou as antigas boias existentes de ferro pelas novas de plástico. Trocando SEIS por MEIA DÚZIA. O que demonstra que não existe uma política séria que busque a melhoria da navegação em nosso Estado. Pois se assim fosse, no mínimo, alguma coisa teria sido feita nos quarto anos da atual gestão do governador Tarso Genro.

SEM PERSPECTIVAS DE MUDANÇA

O ruim disso tudo é que não há perspectiva de mudança para o futuro próximo. Pois quem deveria cuidar do assunto, ou seja, a Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH não possui quadros técnicos nem instrumentos para tocar, por conta própria, o assunto. Pois se o tivesse já teria feito ao menos um projeto. E é diante desta cultura da paralisação do serviço público que nós vivemos. Por um lado escutando pedidos justos de quem produz ou quer produzir. E depende da hidrovia para obter um transporte mais barato e eficiente. Do outro lado um governo distante da realidade. Que vive discursando e fazendo planos em sua mente. Sem ao menos se dar ao trabalho de se sentar para trabalhar efetivamente.

É por este motivo que eu vivo dizendo que é preciso mudar. Pois como esta não pode ficar.  Ou por algum acaso o leitor possui alguma dúvida sobre isto? Pensem nisso e me ajudem a dar visibilidade para o assunto. Isto é do interesse de todos nos. E nós não vamos e nem podemos desistir do Brasil.

Muito Obrigado!

Vanderlan Vasconselos

Foto: Carlos Oliveira

Navio mercante “Hera” atraca no porto de Porto Alegre.

Na manhã com nebulosidade de quarta-feira (08/OUT) o segundo navio que chegou a região de Porto Alegre foi o “Hera”. Este fato ocorreu por volta das 09 horas, quando o navio foi avistado navegando em direção ao canal do Cristal. Registrado junto ao porto de Majuro, e ostentando a bandeira das Ilhas Marshall. O “Hera” possui 174,7 metros de comprimento e 27,03 metros de largura. Veio com um carregamento de cevada, cujo volume total é estimado em 9.750 toneladas.



Sua atracação no cais Navegantes foi registrada como tendo ocorrido as 10:40. E segundo consta o navio veio do porto uruguaio de Nueva Palmira aonde esteve operando entre os dias 29/SET e 04/OUT. Sendo que seu próximo destino será o porto de San Lorenzo, na Argentina.

 Vinda de navios mercantes com carga de cevada, demonstra que o porto de Porto Alegre pode operar outro tido de carga que não somente fertilizante ou sal marinho.  Este fato era comum no passado e se perdeu com o passar dos anos. Principalmente pelo fato do porto não ter acompanhado a evolução dos navios e dos tipos de operação por eles realizados ou solicitados. Esta falta de investimento acabou por torná-lo ineficiente. E aos poucos o porto foi perdendo cargas, navios vagas de trabalho e sua própria capacidade de pagar os seus custos. O resultado é o que nós temos nos dias de hoje. Um porto deficitário, que por mais que movimente. Não consegue atingir a riqueza da variedade de cargas que já movimentou; nem o mesmo volume. E é isto que tem de ser revertido. Por que o porto é muito importante para garantir a nossa competitividade econômica. E disso nós não podemos abrir mão. Sob o risco de estarmos comprometendo o nosso futuro como estado produtor  não só de produtos agrícolas, mas industrializados também.

Pensem nisso e me ajudem a difundir esta causa.

Vanderlan Vasconselos

Fotos: Carlos Oliveira

“Taurogas” chega para ser carregado em Triunfo.

Eram  08:23 da manhã de quarta-feira (08/OUT) quando o navio-tanque “Taurogas” foi avistado chegando a Porto Alegre. O navio tinha como objetivo atracar no píer II do terminal Santa Clara. Para lá poder ser carregado com parte da produção do Polo Petroquímico de Triunfo. Numa operação que deve ser rápida. Pois já foi anunciado a sua partida para Rio Grande ao meio dia de quinta-feira (09/OUT).

Foto: Carlos Oliveira

Navio-Tanque “Zeugman” parte com butadieno para Rio Grande.

O navio-tanque de bandeira turca “Zeugman” partiu às 12:25 da tarde de terça-feira (07/OUT) do terminal Santa Clara, para o porto de Rio grande. Em seus tanques o navio estava transportando um carregamento de butadieno. Que deverá ser transferido para o navio-tanque “Queen Catalina”. Cuja atracação deve ocorrer ainda hoje.

O “Queen Catalina” tem viagem prevista para o exterior. Sendo os Estados Unidos o seu destino. E o seu carregamento deverá mobilizar diversos navios para que possa ocorrer de forma rápida e segura.

Foto: Carlos Oliveira

“Queen Catalina” é carregado em Rio Grande.

O navio-tanque “Queen Catalina” que já veio a Triunfo, para ser carregado com petroquímicos. Chegou novamente ao nosso estado para buscar parte da produção do Polo Petroquímico de triunfo. Só que desta vez, o navio não virá até Triunfo. Ficará em Rio Grande e receberá lá o produto que vai transportar.

Sua atracação no píer operado pela empresa Braskem, ocorreu ás 16:36 da tarde de terça-feira (07/OUT). Para que ele possa receber um carregamento estimado em 6.090 toneladas de butadieno. Que é um produto utilizado na fabricação de borracha sintética. Este produto já esta sendo enviado para Rio grande pelos navios “Norgas Pan” e “Zeugman”, E terá também o apoio do navio-tanque “Taurogas” cuja partida deverá ocorrer em breve.

Foto: Carlos Oliveira

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

O PREÇO DA INCOPETÊNCIA – 1

No último dia 24/JUK/2014, a Agência Nacional do Transportes Aquaviário – ANTAQ, por meio da Resolução Nº 3556, aplicou uma penalidade de multa pecuniária à Superintendência do Porto de Rio Grande – SUPRG, no valor de R$ 260.000,00 (duzentos e sessenta mil reais). O motivo para esta multa estava embasado no descumprimento de 13 itens do Termo de Ajustamento de Conduta – TAC, firmado entre esta autarquia estadual e a ANTAQ.

O TAC em questão é o de Nº 011/2010-SPO, e os itens não cumpridos são os de letra: a, b, c, e, f, i, o, q, r, s, t, u, e v. Pela quantidade de itens não cumpridos, vê-se que a administração da SUPRG não se empenhou em cumprir o compromisso assumido. Ou se buscou, foi no mínimo ineficiente e ineficaz quanto a isto.

Na dúvida sobre o assunto. Fui buscar maiores informações sobre o que originou a assinatura do referido TAC. Localizei em uma ATA, de número 175, do Conselho da Administração Portuária – CAP, datada de 23/SET/2012 uma referência sobre o assunto. Que teve sua origem no ano de 2010. Quando a SUPRG tentou atualizar o valor de sua tabela de serviços. Que naquela época estava sem a devida correção há 14 anos. Gerando por tanto prejuízo a SUPRG, e por que não ao Estado e ao POVO Gaúcho. O processo de correção da tabela IV, foi negado pela ANTAQ. Que alegou como motivo para justificar a não autorização do seu reajuste o fato do Estado se apoderar dos recursos da autarquia por meio do caixa único. Ou seja. Se a SUPRG é uma autarquia, ela deveria ter e exercer a sua independência para com a administração pública. Principalmente no campo financeiro. Como o Estado não respeitava esta independência. Apoderando-se dos recursos das autarquia para proveito próprio que em nada beneficiavam a SUPRG. A ANTAQ não autorizava o aumento dos preços da Tabela IV. Em virtude deste fato foi assinado um TAC. Obrigando o Estado a respeitar a autonomia e independência financeira da SUPRG.

Na mesma ATA há referência a um outro TAC assinado com a ANTAQ. Neste caso o assunto dizia respeito à insuficiência do quadro de funcionários; à falta do Plano de Zoneamento Portuário – PDZ; descumprimento do Programa de Arrendamento; perda de receita na movimentação de contêineres; irregularidade nos contratos operacionais; doação de áreas localizadas dentro do Porto Organizado para instalação de estaleiros, em total descompasso com os interesses do porto; entre outros.

Mais adiante foi dito que de caixa único continuavam a existir. Apenas havia uma pequena modificação, no tocante a liberação de recursos por parte do Governo do Estado. Que agora eram mais rápidos se comparados ao passado.  Mas a autarquia não possuía a sua autonomia financeira como era exigido pela ANTAQ.

Como podemos ver. Há uma grande incompetência na nossa administração pública. Que ano após ano, continua a repetir os mesmos erros. Pensando, sabe se lá por que. Que quem nos fiscaliza não será competente naquilo que esta fazendo. Ou que irá fazer vistas grossas. Deixando passar os erros. Não cumprindo com o seu dever e a sua obrigação. A penalidade imposta à SUPRG é um aviso para o Estado. Que deixa de ser sério, competente, comprometido com o legal e o interesse público, de forma profissional para se meter em uma aventura maluca.

Não podemos admitir que isto ocorra. Temos de chamar a responsabilidade aos responsáveis pela administração e gestão da coisa pública. Somente assim é que iremos mudar. Saindo desta cultura atrasada da qual vivemos. Entrando na cultura do profissionalismo e do comprometimento com o bem administrar da coisa pública.

ATA REUNIÃO

RESOLUÇÃO ANTAQ Nº 3556

Pensem nisso, pois como esta não pode ficar;

Muito Obrigado!

Vanderlan Vasconselos

“Norgas Pan” vem buscar carga de benzeno.

Aproximadamente às 08:30 da manhã de terça-feira (07/OUT) chegou a Porto Alegre, vindo de Rio Grande, o navio-tanque “Norgas Pan”. A embarcação rumava para o terminal Santa Clara, do Polo Petroquímico de Triunfo. Aonde veio atracar, no píer I, às 11:30. Seu objetivo desta vez é o de ser carregado com 1.900 toneladas de benzeno não saturado. E transportá-lo para o porto de Rio Grande. Onde o produto deverá ser descarregado no píer operado pela empresa BRASKEM.

É assim que a navegação contribui para o nosso desenvolvimento econômico. Garantindo um transporte seguro, rápido e barato do que nós produzimos. Fator imprescindível para que tenhamos condições de competir no mercado interno e externo. Pensem nisso!

Foto: Carlos Oliveira

“Gas Haralambos” retorna carregando GLP.

Eram 08:23 da manhã ensolarada de terça-feira (07/OUT) quando o navio-tanque “Gas Haralambos” chegou a Porto Alegre. Navegando rápido o navio buscava aproveitar para passar pelo vão móvel da ponto de Guaíba. Cuja liberação para içamento ocorre a partir das 09 horas da manhã. E quanto mais sedo o navio passa, mais sedo ele atraca e inicia a operação de descarregamento.

Como de costume o “Gas Haralambos” veio com meia carga de gás liquefeito de petróleo – GLP. Em uma operação que visa garantir o abastecimento de nosso estado desta preciosa fonte de energia. Que é empregada praticamente por toda a população. Já que ele após engarrafado é vendido como gás de cozinha.

Ter a plena consciência deste fato é muito importante para nós. Pois demonstra o quanto a navegação faz parte de nossas vidas. Mesmo que nós não a percebamos no nosso dia-a-dia. E é por isto que nós devemos valorizá-la. Pois sem ela viver como nós vivemos hoje seria muito mais difícil. Pensem nisso!

Foto: Carlos Oliveira

“Trevo Sudeste” busca fertilizante em Rio Grande.

No final da tarde de segunda-feira (06/OUT) a barcaça graneleira “Trevo Sudeste” partiu rumo ao Porto Novo de Rio Grande. Navegando com seus porões vazios. Seu objetivo era o de ir buscar um carregamento estimado em 2.900 toneladas de fertilizantes.

Esta versatilidade das nossas embarcações é um fator muito bom para quem as utiliza. Pois elas podem transportar de forma rápida e segura um volume significativo de carga. Agregando as vantagens o fato do frete ser o mais barato existente no mercado. O que certamente é um atrativo irresistível. Pois une o útil ao agradável.

Incentivar a utilização da navegação é bom para todos. E para que isto possa ocorrer, cada vez mais. É preciso dar visibilidade para o setor. Pois muitas empresas não a utilizam, porque a desconhecem. E é isto o que eu tento fazer aqui. Dar visibilidade para que surja o interesse entre aqueles que não conhecem.

Foto: Carlos Oliveira

Navio mercante “Callio” parte de Porto Alegre.

Partiu às 09:10 da manhã de segunda-feira (06/OUT) do cais Navegantes do porto de Porto Alegre o navio mercante “Callio”. A embarcação que desde este ano passou a ostentar a bandeira brasileira, rumou para Rio Grande e possui com próximo destino o porto de Punta Del Este no Uruguai.

Atracado desde segunda-feira (11/AGO). O navio havia descarregado sua carga estimada em 8.000 toneladas de sal marinho e mudado de posição em 15/AGO. Quando foi reposicionado em frente aos silos da Companhia Estadual de Silos e Armazéns – CESA. Sendo que lá ficou por 52 dias a espera de conserto em seu motor. Que somente agora foi concluído liberando o navio para seguir sua viagem.

Foto: Carlos Oliveira

“Trevo Sudeste” chega com fertilizante.

Chegou a Porto Alegre, final da manhã de domingo (05/OUT) a barcaça graneleira “Trevo Sudeste”. Em seus porões ela estava transportando um carregamento estimado em 2.800 toneladas de ureia. Tendo como destino o cais Navegantes, do porto da capital do estado. Demonstrando, desta forma, o quanto a navegação interior desempenha um papel importante para o nosso desenvolvimento econômico. E dando razão para que nós a defendamos como um instrumento estratégico para o nosso bem-estar econômico e social.

Digo isto pois a navegação é o meio de transporte que consegue obter a melhor relação custo benefício. Pois ao utilizá-la o empresário reduz os seus custos de frete. E o estado consegue preservar as suas estradas. Pois o excesso de carga deixa de existir. E isto auxilia na sua preservação. Com o investimento em hidrovia é muitíssimo mais barato do que em rodovia. Investir na hidrovias é economizar recursos para recuperar as nossas estradas. E por isto o que tem de ser visto e compreendido pelos nossos governantes. Pensem nisso e me ajudem a difundir esta ideia.

Muito Obrigado!

Vanderlan Vasconselos

Foto: Carlos Oliveira

Barcaça-tanque “Guaíba” atraca em Rio Grande.

A barcaça-tanque “Guaíba” de propriedade da Navegação Guarita, atracou às 13:40 da tarde de domingo (05/OUT) no terminal de uso privado da PETROBRAS, em Rio Grande. Neste terminal a previsão é que ela descarregue 3.500 toneladas de naftas para petroquímica. Produto oriundo da Refinaria Alberto Pasqualini – REFAP. E que foi embarcado pelo terminal Niterói, que fica instalado as margens do rio Gravataí, no município de Canoas, região metropolitana de Porto Alegre.

Foto: Carlos Oliveira

Navio-tanque “Celanova” parte de Triunfo.

Partiu às 09:10 da manhã de sábado (04/OUT) rumo ao porto de Rio grande o navio-tanque “Celanova”. O mesmo se encontrava fundeado na área Charlie, do porto de Porto Alegre, que fica no rio Jacuí, em frente ao canal de acesso do Terminal Santa Clara.

Depois de passar pelo vão móvel da ponto de Guaíba. O “Celanova” teve de fundear na área Bravo, do porto de Porto Alegre. Que se localiza em frente ao cais Mauá, para lá receber as peças que estava esperando. Numa manobra que contou com o apoio do rebocador “Turistinha 1”. E que foi acompanhada pela fiscalização da Receita Federal. Tendo em vista que é este o procedimento padrão para a entrega de material vindo do exterior e que possui como destino um navio de bandeira estrangeira. Esta operação foi concluída depois das 11 horas da manhã. Liberando o navio para seguir a sua viagem. E na qual ele esta levando petroquímicos que deverão ser transferidos para o navio-tanque “Queen Catalina” com chegada prevista para Rio Grande nos próximos dias.

Foto: Carlos C R Oliveira

terça-feira, 11 de novembro de 2014

“Trevo Azul” transporta celulose.

A barcaça graneleira “Trevo Azul” transportou mais um carregamento de celulose para o Porto de Rio Grande. Sua atracação no Porto Novo ocorreu às 18:35 da sexta-feira (03/OUT). E ela chegou com cerca de 2.000 toneladas do produto. Que foi embarcado no terminal de uso privado (TUP) da CMPC Celulose Rio-grandense, que fica na cidade de Guaíba, região metropolitana de Porto Alegre.

Atualmente esta unidade industrial esta em processo de ampliação. E a estimativa é de que com a sua conclusão, haja um incremento na navegação. Fruto não só do transporte da produção. Como também do início do recebimento de matéria prima por via fluvial. O que será muito importante para o abastecimento da empresa, com madeira de reflorestamento vinda de áreas mais distantes.

Foto: Carlos Oliveira

“Norgas Pan” parte de Triunfo.

O navio-tanque “Norgas Pan” partiu às 09 horas da manhã de sexta-feira (03/OUT) do terminal Santa Clara, de propriedade do Polo Petroquímico de Triunfo. Ele se encontrava atracado no píer I deste terminal para ser carregado, após ter chegado na manhã de quarta-feira (01/OUT). Sendo que sua partida havia sido programada e anunciada para ocorrer já no dia seguinte, às 12 horas. Mas que por motivos de força maior teve de ser protelada.

O importante, e é para isto que eu chamo a atenção. É que a dinâmica de operações de alguns terminais é sempre muito grande. E quando o navio opera com certa frequência. Isto resulta e se reflete na redução do período de carga e descarga do mesmo no terminal. Fruto do entrosamento das equipes de bordo e de terra. Sem nunca se descuidar do item mais importante, a segurança.

Foto: Carlos Oliveira

SEGURANÇA EM PRIMEIRO LUGAR.

Na manhã de sexta-feira (03/OUT) foi possível fazer um registro especial. Nela foi fotografado o cruzamento dos navios mercantes “Motter” que estava de partida e “Sea Honest” que estava chegando. Como nós já afirmamos anteriormente. Os nossos canais artificiais, com 80 metros de largura, são estreitos para o padrão dos navios de grande porte atuais. Neste dia, uma manobra foi realizada para permitir o cruzamento de ambos os navios com plena segurança.
 
Inicialmente o navio mercante “Sea Honest” que estava chegando. Ao sair do canal das Pedras Brancas reduziu a sua velocidade. Em contrapartida, o navio mercante “Motter” continuou a navegar no intuito de sair do canal do Cristal e também chegar à área de canal natural. Que se caracteriza por possuir profundidade igual ou superior a dos canais artificiais e largura superior a de 80 metros. Foi neste espaço, próximo ao antigo Estaleiro Só e que se estende até o clube Veleiros do Sul. Que os dois navios se cruzaram.

Mas mesmo assim, este cruzamento exigiu alguns cuidados adicionais. Os dois navios se cruzaram bem próximos um do outro. E este fato se deve a necessidade deles não se desviar muito do eixo de acesso do canal seguinte. A onde ambos têm de estar em condições de entrar fazendo uma curva. Se assim não for. Os navios que possuem comprimento superior a duas vezes a largura dos canais correm o risco de não vencer a curva e saírem do mesmo. Encalhando e comprometendo a navegabilidade do canal.

Neste caso foi possível acompanhar a olhos nus. Os ajustes de rumo que o navio mercante “Sea Honest” teve de fazer para buscar um alinhamento. Seguido de pequenas correções de rumo. E da outra parte, foi possível visualizar que logo após os navios se cruzarem. O “Motter” deu uma pequena guinada em direção a margem esquerda do rio. No intuito de buscar abrir o seu ângulo de curvatura para poder entrar no canal das Pedras Brancas. Que exige uma curva no sentido oposto ao da manobra.

O SERVIÇO DE PRATICAGEM

Toda esta manobra foi concebida, coordenada e executada pelos práticos da Lagoa dos Patos. Que são os responsável pela condução dos navios carregados com material inflamável ou de grande porte que vêm de Rio Grande para os portos de Pelotas, Porto Alegre, além do terminal de gás de Canoas ou do Polo Petroquímico de Triunfo. Sem eles esta manobra teria o seu risco aumentado. E a atividade da navegação seria mais cara. Pois com riscos maiores os fretes também ficam mais caros. E nenhum proprietário de navio de longo curso põe o seu patrimônio em uma área de risco;

É por isto que fiz desta manobra um texto especial. Não citando o fato em nenhum dos dois textos anteriores. Pois queria chamar a atenção do leitor para a importância de termos uma navegação segura. E isto passa por um serviço de praticagem competente, por canais mais largos e profundos. Além de um balizamento claro e preciso. Sem isto a segurança fica prejudicada. E quem acaba perdendo é a sociedade gaúcha.

Pensem nisso!

Vanderlan Vasconselos

Fotos: Carlos Oliveira

Navio mercante “Sea Honest” retorna a Porto Alegre.

Retornou na manhã de sexta-feira (03/OUT) ao porto de Porto Alegre, o navio mercante panamenho “Sea Honest”. Avistado inicialmente às 09:15 quando o navio passava pela cidade de Guaíba. O “Sea Honest” veio do porto de Rio Grande, aonde esteve operando no Porto Novo. Para descarregar 19.828 toneladas de super fosfato. Já para o porto da capital de nosso estado. A previsão é que o navio descarregue, 6.000 toneladas de super fosfato triplo, na área do cais Navegantes.



O retorno do navio ao nosso porto revela a dinâmica circular de sua viagem. Demonstrando que o porto faz parte de uma rota comercial. Mesmo que ele não tenha noção clara do fato. O próximo passo, feito esta identificação. Deveria ser o de compreender a rota comercial realizada pelo navio. E buscar uma inserção mais ativa nela. No qual o porto pudesse se tornar um dos pontos de embarque de produto no navio. Tendo como segundo porto para esta atividade o de Rio Grande. De onde o navio poderia partir totalmente carregado. Já que pela falta de investimentos. O porto de Porto Alegre não possui condições mínimas de realizar um grande embarque nos navios de longo curso que aqui atracam. No entanto. O simples fato de aqui começar a se embarque parte de nossa produção. Já seria um grande avanço. Um marco na economia e na dinâmica de Porto Alegre. E é nisto que nós devemos nos concentrar. Na qualificação de nossos portos. Para que eles possam reverter a sua atual situação. E ter condições de serem agentes motores de nossa economia. Pensem nisso e me ajudem a divulgar esta ideia.

Muito Obrigado!

Vanderlan Vasconselos

Fotos: Carlos Oliveira

“Trevo Roxo” é carregada em Pelotas.

A barcaça graneleira “Trevo Roxo” de propriedade da Navegação Aliança foi carregada na cidade de Pelotas. Esta operação ocorreu na área do terminal de uso privado (TUP) da empresa CIMBAGÉ, que fica as margens do canal São Gonçalo. Se iniciou na quinta-feira (02/OUT) e terminou no dia seguinte, sexta-feira (03/OUT). Ao todo ela envolveu 2.983 toneladas de clinquer. Que é um dos produtos utilizados na fabricação de cimento. E que tem como destino o TUP da própria CIMBAGÉ, localizado as margens do rio Caí, no município de Nova Santa Rita. Na região metropolitana de Porto Alegre.

Foto: Carlos Oliveira

Navio mercante “Motter” parte vazio de Porto Alegre.

Eram aproximadamente 09 horas da manhã de sexta-feira (03/OUT) quando o navio mercante “Motter” iniciou a sua desatracação do cais Navegantes do porto de Porto Alegre. Com isto o navio de bandeira cipriota partia vazio da capital de nosso estado. Sendo mais um, a nos mostrar o quanto o porto de Porto Alegre é mal explorado comercialmente.



Esta lógica perversa, da qual nós nos encontramos é, sem dúvida, um grande desafio para a inteligência de quem navega pelo mundo. Como explicar para os comandantes dos navios que aqui aportam, que um porto do nosso porte não consegue realizar nenhuma operação de embarque nos navios graneleiros que aqui atracam. Pior, é dizer que isto não é um luxo, um capricho; mas sim a fatal de uma política séria para o setor portuário. Que embora seja tido como indispensável para o comércio exterior. Fica relegado ao abandono. E que quando planejam algum investimento para ele, este investimento não é aproveitado na sua atividade fim. E sim destinado atividades de lazer ou industrial. De difícil implantação, pois tudo o que foi planejado nada se efetivou até agora.

E com isto o tempo passa. Governo após governo. Navio após navio. E o que fica é a certeza de que perdemos tempo, oportunidades e muito dinheiro. Por não sabermos aproveitar o verdadeiro potencial e a verdadeira vocação do porto de Porto Alegre. Um porto fluvial, com capacidade marítima. Bem localizado próximo das regiões produtoras. E que no passado foi a força motriz de nossa economia. Pensem nisso, pois o nosso futuro passa pela reativação do nosso porto.

Muito Obrigado!


Vanderlan Vasconselos

Fotos: Carlos Oliveira