Um fato triste marcou a rotina do navio-tanque “Guarujá” no último sábado (16/NOV). O navio que havia chegado na manhã de sexta-feira (15/NOV) para descarregar 2.000 toneladas de GLP no Terminal de Gás do Sul – TERGASUL. Instalado as margens do rio Gravataí, no município de Canoas. Partiu normalmente na manhã do dia seguinte, sábado (16/NOV) ás 09:20 da manhã.
A navegação entre Porto Alegre e o início da lagoa dos Patos, junto ao farol de Itapuã, que dura aproximadamente 03 horas, ocorreu normal. Este trajeto exige muita atenção de toda tripulação, devido ao grande número de canais artificiais que a compõe. Depois de vencido este percurso, já navegando em águas com maior segurança, chegou a hora do almoço. Neste momento, no entanto, foi notado o atraso de um dos seus tripulantes no refeitório. Por ser um oficial graduado da tripulação do navio, com mais de 30 anos de serviço, o comandante mandou chamá-lo. Foi nesta hora que se descobriu o mesmo havia falecido em seu camarote. Não é preciso dizer o quanto a perda de um colega de trabalho chocou a todos. Em virtude do ocorrido toda a rotina e dotas as prioridades se alteraram. E o navio que rumava para o porto de Rio Grande deu meia-volta e retornou ao Porto de Porto Alegre, realizando uma viagem que poucos gostariam de ter de fazer.
Sua chegada a Porto Alegre ocorreu no meio da tarde. Eram aproximadamente 16:30 quando o navio lentamente contornou a Usina do Gasômetro, rumando para a área “Bravo” do porto de Porto Alegre, para ali fundear. Na sequencia deu-se início aos trâmites burocráticos. Com a visita das autoridades federais (Polícia Federal e Marinha do Brasil), estaduais (Instituto Médico Legal – IML) e representantes da Petrobras. A remoção do corpo, para o local apropriado em terra, contou com o apoio do barco “Turistinha”. E por determinação da Marinha do Brasil foi determinado ao navio que ali ficasse até a segunda-feira (18/NOV). Dando tempo para que o navio pudesse receber o novo tripulante e assim completar sua tripulação. Logo após o comandante prestar o devido depoimento junto a Delegacia da capitania dos Portos em Porto Alegre.
Como podemos constar. Nem sempre as notícias que aqui contamos são boas. No entanto, fazer este registro serve a um propósito muito importante. O de mostrar que por traz de tudo o que existe na vida, há sempre o ser humano. Não existe sociedade organizada, se não for para atender aos desejos e necessidades do ser humano. Não existe atividade marítima e fluvial sem o homem. O bem-estar do ser humano deve sempre ser o foco principal de toda a nossa vida. E se a nossa vida possui um nível mínimo de conforto, sem dúvida é pelo fato dela estar vinculada a existência da navegação e dos homens que a fazem pulsar.
Muito Obrigado!
Fotos: Carlos Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário