Navio mercante “São Luiz” chega a Porto Alegre

O navio mercante de bandeira brasileira “São Luiz” de propriedade da Navegação Mansur, chegou a Porto Alegre ma manhã de terça-feira (05/NOV). Com 190 metros de comprimento e uma largura máxima de 27 metros, o “São Luiz” esta registrado no porto do Rio de Janeiro. Trouxe em seus porões um carregamento de 11.500 toneladas de sal marinho. Produto originário do estado do Rio grande do Norte. E que foi embarcado no porto de Areia Branca. Em sua viagem até Porto Alegre o navio realizou uma escala junto ao porto de Paranaguá. Onde chegou às 12:00 de sábado (22/OUT) e partiu ás 13:46  da tarde de sexta-feira (25/OUT). Sua chegada em Rio Grande ocorreu em 31/OUT, quarta-feira. Quando o navio foi obrigado a realizar um fundeio de emergência na área “Golf III” às 07:30 daquele dia. Sendo que ali o navio ficou até a sexta-feira (04/NOV) quando finalmente reiniciou sua viagem rumo a capital de nosso estado.

Sua chegada a Porto Alegre não foi sem chamar a atenção. Já que o navio veio com todos os seus quatros guindastes totalmente erguidos. Fato que vai contra a lógica de segurança da navegação. E demonstra o que é o pior, o lastimável estado de conservação dos mesmos.

Outro fato que chamou a atenção foi a lentidão com que o navio navegava. Avistado inicialmente às 10:43, próximo a ilha das Pedras Brancas, popularmente conhecida como a ilha do Presídio. O navio só veio a atracar às 13:55 da tarde.

Construído no ano de 1994, pelo estaleiro Indústrias Reunidas Caneco, do estado do Rio de Janeiro. O “São Luiz” foi o casco de número “Yd336” deste tradicional estaleiro carioca. Já seu proprietário é a empresa Navegação Mansur, cuja data de fundação remonta ao ano de 1937. Seu estado atual destoa muito de sua antiga glória. E é um reflexo da navegação brasileira. Que quando não esta associada ao capital estrangeiro, é visivelmente carente de recursos materiais. Refletindo o abandono que o setor de construção naval, das empresas de navegação e portuário ficou nas últimas décadas. E que somente agora esta recebendo novamente um pouco de atenção federal. Pensem nisso! E reflitam sobre o assunto, pois ele é fundamental para que possamos compreender o Brasil de hoje.

Fotos: Carlos Oliveira