segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Para pensar e refletir – “Alianca Peral” retorna a Porto Alegre.

O navio mercante de bandeira liberiana “Alianca Pearl” retornou ao porto de Porto Alegre na manhã ensolarada de sexta-feira (13/DEZ). Em seus tanque ele trouxe um carregamento estimado em 10.000 toneladas de cloreto de potássio. Que é um dos insumos utilizados pela indústria do fertilizante para compor seus produtos.


Sua atracação ocorreu às 10:40 no cais Navegantes, do porto de Porto Alegre. Encerrando um jejum de navios que já durava vários dias. E dando esperança e ânimos aos trabalhadores portuários avulsos. Que normalmente no final de ano possuem pouco trabalho e muitas conta a pagar. Este problema em muito se deve a falta de planejamento e de estímulo a atividade portuária em si. Pois nos dias de hoje o porto de Porto Alegre caracteriza-se por ser um porto recebedor de carga. Cuja grande maioria esta relacionada aos insumos empregados na indústria de fertilizantes. A riqueza que outrora o porto teve, ao movimentar uma gama maior de produtos já não existe mais. E com ela veio a sazonalidade e todos os males decorrentes desta dependência específica.

Infelizmente não se tem vislumbrado uma solução para este problema. Já que a tão falada revitalização do porto, nada mais é do que o decreto de sua morte como porto comercial. Transformando-o em um grande centro comercial a céu aberto. Onde os trabalhadores portuários avulsos não terão local para trabalhar. Diga-se de passagem, a própria transferência das operações de carga e descarga já foi o início deste desmonte. Que paulatinamente vai crescendo, sem que se veja o quanto este caminho é equivocado. Lutar pela reversão desta situação é, sem dúvida uma luta inglória. Pois nos dias de hoje, cada vez menos a população compreende a importância de um porto comercial. E por este fato, não vê e compreende o quanto o mesmo é importante para a construção de um mundo melhor. Com mais emprego e bem-estar distribuídos de forma mais justa e igualitária.

Pensem nisso!

Fotos: Carlos Oliveira

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