terça-feira, 20 de maio de 2014

UMA QUESTÃO DE INVESTIMENTOS – Navio mercante Araya atraca em Porto Alegre.

O navio mercante maltês “Araya” chegou na manhã de sexta-feira ao porto de Porto Alegre. O mesmo atracou às 10:15 no cais Navegantes, a fim de descarregar 8.000 toneladas de nitrato de amônio granulado. Que ele trouxe do porto de Muuga, na Estônia.

Com 169,61 metros de comprimento e 27,20 metros de largura, o “Araya” realizou uma escala antes de chegar a capital do nosso estado. Ela ocorreu no porto de Rio Grande. Aonde o navio atracou às 19:15 da quarta-feira (30/ABR), na área do Porto Novo. Para lá descarregar 12.000 toneladas de nitrato de amônio granulado. Isto ocorreu após ele ter tido de esperar desde as 15:54 da tarde de quarta-feira (23/ABR) fundeado fora da barra do Rio Grande, em alto-mar. Pois não havia espaço para o mesmo poder atracar neste porto. E não adiantava o navio querer vir a Porto Alegre antes de descarregar em Rio Grande. Pois seu calado neste momento era de 7,82 metros na parte da proa (frente) do navio e de 7,92 metros da parte da popa (atrás) do navio. E o calado máximo que o porto de Porto Alegre aceita é de 5,18 metros de profundidade.

 A lição que nós recebemos disso, é que por falta de investimentos. Sejam eles no porto de Rio Grande quanto nos portos de Porto Alegre e Pelotas. O custo dos navios que aqui vem operar é maior. E quando eu digo investimentos. Estou me referindo à falta de guindastes, de balizamento, de dragagem que são itens básicos para um porto poder operar. E esta elevação do custo vai ser repassada, necessariamente ao produto a ele vinculado. Agora imaginemos se hoje nós, pagando mais caro pelo fertilizante consumido, já somos competitivos. Se este custo de produção fosse menor, o quanto mais nós teríamos de competitividade. E o quanto isto representaria de dinheiro a mais para a nossa economia. Movimentando-a de forma positiva. E atraindo muitos outros investimentos para as nossas terras. Já que aqui haveria mais dinheiro circulando. E um poder de compra maior de nossa população.

Mas, infelizmente isto não ocorre porque os nossos governantes não compreendem o verdadeiro valor da navegação e da atividade portuária. Não investem nestes setores. Por que para eles só existem estradas e caminhões como meios de transporte. E isto decreta o nosso lastimável estado econômico. No qual o governo não tem dinheiro para investir no básico. E quando faz alguma coisa é muito menos do que nós desejamos, ou necessitamos.

Pensem nisso e cobrem de nossos políticos uma postura honesta, séria e competente para o setor portuário e hidroviário gaúcho. Pois é aí, que esta a chave para o sucesso.

Muito Obrigado!

Vanderlan Vasconselos

Fotos: Carlos Oliveira

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