Navio mercante “Alianca Pearl” chega a Porto Alegre após encalhar na Lagoa dos Patos.

O navio mercante “Alianca Pearl” finalmente chegou a Porto Alegre. Eram 12:24 da tarde de segunda-feira (18/AGO) quando ele se aproximou da ponta do Gasômetro e se alinhou com o cais do porto de Porto Alegre. Sua atracação no cais Navegantes ocorreu às 13:30. E o forte nevoeiro foi um dos fatores que fez com que o navio de bandeira liberiana, que mede 198,91 metros de comprimento e possui 30,13 metros de largura chegasse tão tarde a capital do estado.


O outro fator diz respeito ao fato do navio ter encalhado na Lagoa dos Patos, próximo a cidade de Pelotas. Isto ocorreu após a sua partida de Rio grande, registrada às 11:30 da manhã de sábado (16/AGO). O motivo que levou a embarcação encalhar não é conhecido. Mas neste primeiro trajeto entre Rio Grande e Porto Alegre, há referências de que os canais artificiais estão apresentando assoreamento.  Pois já ocorreu outro encalhe neste ano em área próxima a ilha Marechal Deodoro. Que tem sua origem com sendo o local inicialmente indicado para receber o material proveniente da dragagem dos canais artificiais. Que com o passar do tempo se transformou num banco de areia. E que hoje possui vida própria como uma ilha.

Este encalhe, demonstra o quanto nós estamos despreparados para tratar de forma séria a navegação em nosso estado. Ele encarece a vinda dos navios para o porto de Porto Alegre. Também nos expõe ao risco de sermos condenados a pagar os custos de desencalhe ou reparar os danos que um navio venha a sofrer. Mas infelizmente isto não é percebido pelos nossos governantes. E isto tem de mudar.

Finalmente, para encerrar este texto. Quero dizer que a vinda do navio mercante “Alianca Pearl” a Porto Alegre visa trazer 11.000 toneladas de cloreto de potássio. Matéria prima para a fabricação de fertilizante. E que só vem a um custo menor quando trazida por embarcações. E este custo poderia ser ainda menor se nos cuidássemos mais e investíssemos mais na manutenção e capacitação de nossa hidrovias e de nossos portos interiores.

Pensem nisso!

Fotos: Carlos Oliveira