quarta-feira, 29 de outubro de 2014

MELHORAR NOSSA HIDROVIA UM COMPROMISSO COM O DESENVOLVIMENTO.

Na manhã de quinta-feira (18/SET) estava previsto a partida de dois navios mercantes, do tipo graneleiro, de Porto Alegre e a chegada de um terceiro. Este tipo de navio se caracteriza pelas grandes dimensões a que podem chegar. Diferente dos navios-tanques que aqui operam. Que via de regra são bem menores e mais estreitos.



O primeiro navio a partir de Porto Alegre foi o “Gdynia” que mede 189,99 metros de comprimento e possui 28,50 metros de largura. Este navio se cruzou com o “Chiloe Island” que estava chegando próximo a Ilha das Pedras Brancas, antiga Ilha do Presídio. Deste cruzamento não consegui um registro fotográfico. Mas na sequencia o “Chiloe Island” se cruzou com o navio mercante “Amanda” que havia partido um pouco mais tarde do cais Navegantes, do porto de Porto Alegre. O cruzamento de ambos os navios ocorreu entre a usina do Gasômetro e o início do canal do Cristal. Que por ser um local que possui profundidade natural superior a 5,18 metros e uma largura superior aos 80 metros do canal. È um ponto favorável a este tipo de cruzamento.

Mas isto não acontece por acaso. Este fato só ocorreu neste local por mérito e planejamento do serviço de Praticagem da Lagoa dos Patos. Que conhecendo as dificuldades da navegação em canais tão estreitos e rasos. Estuda e planeja a viagem dos navios a fim de possibilitar que o cruzamento ocorra nestes locais mais propícios.

O dia feio não possibilitou uma imagem bonita do fato. Mas temos de pensar que o que se quer mostrar não é uma bela imagem. E as fotografias embora não sejam bonitas, sinalizam que em condições atmosféricas piores. Esta manobra fica mais perigosa para quem tem de executá-la. Estou me referindo a dias de chuva forte, nevoeiro ou o que é pior, com rachadas de vento mais fortes. Que podem empurrar os navios para fora do seu rumo, devido sua força.

Ao mostrar isto. Quero convidar o leitor a imaginar o porque isto ocorre. E a resposta é que estes canais foram planejados a mais de 90 anos. Quando os navios eram bem menores no comprimento e na largura. E o seu cruzamento era algo muito mais fácil e seguro. Passados mais de 90 anos. É evidente que devemos modernizar os nossos conceitos, os nossos parâmetros. E com isto adaptarmos a nova realidade da navegação mundial. E é por sito que eu abordo este tema. Pois esta é uma bandeira que não beneficia a um grupo específico da nossa sociedade. Ela traz consigo benefícios para toda a economia do nosso Estado. E se é bom para o Estado, também o é para os seus habitantes. E é por isto que eu convido o leitor a pensar e refletir sobre o assunto. Pois como esta não pode ficar. E se nós não mudarmos, o nosso futuro será de menas oportunidades. Pensem nisso e me ajudem a difundir este tema.

Muito Obrigado!

Vanderlan Vasconselos

Fotos: Carlos Oliveira

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