Partiu vazio, às 13:30 da tarde de quarta-feira (05/MAR), do cais Navegantes do porto de Porto Alegre, o navio mercante “Socratis”. Embora ele tenha trazido 8.500 toneladas de fertilizantes, no momento de sua partida não levou nada em seus porões. Fato sempre lamentado, principalmente, pelos trabalhadores portuários avulsos, ligados ao Órgão Gestor de Mão de Obra - OGMO. Pois o seu sustento, depende do seu trabalho. E quando não há navio , não há trabalho, não há o que receber. Uma situação inimaginável há alguns anos atrás. Quando em nosso porto, o movimento de carga e descarga era intenso e gerava milhares de empregos no cais.Observem que quem lamente esta triste situação, são os trabalhadores avulsos. São eles que empobreceram. São eles que carecem de garantias de trabalho pleno, durante todos os meses do ano. O contraste desta situação, esta no outro grupo de quem compõe a chamada comunidade portuária. Que são os funcionários públicos que têm como missão administrar o porto e a hidrovia. E que tem garantido o seu sustento, havendo ou não navio no porto.
Não há risco no seu trabalho. Pois no final de cada mês o Estado, com o dinheiro dos contribuintes para o seu salário. Não interessando se o porto e a hidrovia estão sendo bem ou mal administrados. Se a política para o setor é ou não a mais adequada. Se há ou não interesse na melhoria dos serviços oferecidos aos clientes do sistema portuário. Talvez esta segurança financeira dos funcionários do estado; associada ao desprestígio do setor portuário dentro do nosso governo. Estejam acelerando o processo de decadência dos nossos portos interiores. E a negação deste fato.desta triste realidade em nada contribui para que possamos reverter a atual situação. No qual o próprio processo de “revitalização do Cais Mauá” é um exemplo caro e cristalino. Onde o porto e os interesses públicos foram subestimados pelos nossos governantes. Que despreparados agravaram ainda mais a já difícil situação.
Pensem nisso, pois isto também te diz respeito!
Muito Obrigado.
Foto: Carlos Oliveira
Este navio descarregou parte da carga em Santos, posteriormente seguiu para Porto Alegre e retornou para Santos para embarque de açúcar. Infelizmente há três motivos para não haver embarque por aí:
ResponderExcluir1. O navio não pode operar com o calado máximo
2. A sua localização dificulta embarque de maior porte
3. O porto não oferece estrutura suficiente para realizar embarques de maior porte
Isso não só ocorre aí, como em todos os portos brasileiros.