terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Para Pensar e Refletir – Navio mercante “Marcos Dias” parte vazio de Porto Alegre.

O navio mercante brasileiro “Marcos Dias” partiu vazio do porto de Porto Alegre no meio da tarde de sexta-feira (07/FEV). Seu próximo destino será o porto de Rio Grande, onde o navio deverá ser carregado com cerca de 19.000 toneladas de trigo. Produto este destinado ao porto de Manaus. Diante deste fato, fica evidente a nossa incapacidade, para não dizer ineficiência, em melhor aproveitarmos a estrutura portuária que aqui possuímos.



O porto de Porto Alegre é um porto público administrado pela Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH, uma autarquia do Estado do Rio Grande do Sul. Nela há uma fabulosa estrutura montada de silos, pertencentes a Companhia Estadual de silos e Armazéns – CESA, também pertencentes ao governo de nosso Estado. E esta estrutura não funciona nem trabalha em parceria com o porto. No intuito de dar dinamismo a atividade econômica. O próprio porto de Porto Alegre possui uma estrutura destinada ao armazenamento de cereais, com capacidade para realizar carga e descarga. No entanto esta estrutura, por ele denominada “Terminal Graneleiro SPH” esta carente, há anos de qualquer tipo de manutenção. Desde que a iniciativa privada a entregou de volta para autarquia.

Por outro lado se engana quem pensa que o embarque a ser realizado junto ao porto de Rio grande é mérito de nosso Estado. E isto se baseia num único e simples fato. Este embarque deverá ocorrer em espaço público, já que o porto é público, mas equipado e operado pela empresa Bianchini. Não fosse isto, certamente o desempenho deste que é o nosso principal porto também seria deficitário.

Como vemos, o nosso estado esta carente de uma política séria para o setor portuário. E isto se dá, pelo despreparo de nossos governantes. Que ao valorizarem excessivamente o setor rodoviário, não veem o valor dos demais modais de transporte. Enquanto este despreparo persistir. Continuaremos a sofrer suas consequências. Não só com estradas mal conservadas. Mas principalmente com um custo de vida mais elevado. Uma perda de competitividade na hora de vendermos nossa produção. E uma menor capacidade de atrairmos novos investimentos para nosso estado. É por este motivo que eu convido o leitor a pensar e refletir sobre o assunto. Pois ele nos atinge de forma direta, mesmo quando aparentemente não nos diz respeito.

Muito obrigado!

Vanderlan Vasconselos

Fotos: Carlos Oliveira

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