quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

ABASTECIMENTO ENERGÉTICO – Navio-tanque “Gas Haralambos” retorna ao estado.

O navio-tanque “Gas Harambos” retornou por volta das 09 horas da manhã de segunda-feira (10/FEV) ao Estado. Ele trouxe um carregamento de cerva de 2.000 toneladas de gás liquefeito de petróleo – GLP. Para ser descarregado junto ao terminal de Gàs do Sul – TERGASUL, de propriedade da Petrobrás. E que fica localizado junto às margens do rio Gravataí, no município de Canoas.

O DESABASTECIMENTO ENERGÉTICO É IMENSURÁVEL

Termos o abastecimento desta preciosa fonte energia garantido, é um alento para todos nós. Já que a escassez de chuva e o consumo excessivo de energia elétrica criam uma situação preocupante para o país.

SEM INVESTIMENTOS NÃO HÁ ABASTECIMENTO

Diga-se de passagem. A luz que falta é resultante da falta de investimentos no setor. E talvez isto seja a nossa triste realidade em breve. Já que a Companhia de Energia Elétrica do Estado – CEEE, ao invés de estar realizando e executando projetos neste sentido. Cedeu, de forma forçada, mas cedeu. A fabulosa cifra de 1 bilhão de reais para o caixa único do Estado. Este dinheiro chegou aos cofres da estatal em 2011. E deveria ser gasto em novos investimentos. No entanto esta sendo direcionado para outros fins menos nobres.

SEM ABASTECIMENTO NÃO HÁ INVESTIMENTOS

Não custa lembrar. Que um dos fortes motivos capazes de atrair investimento para uma região esta vinculado a existência de boa estrutura energética. Fato que abrange a capacidade de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Sem esta capacidade, não existem empresa que queira se instalar em um local onde seu crescimento estará limitado. Todo empresário quer ter a certeza do pleno e pronto abastecimento de energia na hora que o seu negócio precisa. E o que mais os assusta é a possibilidade de racionamento no abastecimento de energia.

PREJUÍZOS

Fora isto há o prejuízo para aqueles empresários já instalados. E que por falta de investimento têm o fornecimento cortado causando-lhes prejuízos calculáveis, mas irrecuperáveis. Como ocorreu com o pequeno produtor rural, Sr. Gilmar Delazzari, que perdeu 12 mil de suas 18 mil aves. Criadas no interior do município de Encantado. Segundo matéria publicada na página 12 do jornal “Correio do Povo, em 07/FEV/2014. E cuja crítica é muito pertinente. Já que para o produtor os nossos governantes não estão olhando para o povo. E só possuem olhos para aquilo que acham ser o mais importante. Segundo o Sr. Gilmar Delazzari:

“Não temos luz e ainda querem falar em Copa do Mundo”.

QUEM PAGA A CONTA É O CONSUMIDOR.

Mas o prejuízo não para por aí. Ele também atinge ao leitor deste blog. Mesmo que ele não veja relação com o fato ocorrido no interior de nosso Estado. E isto ocorre porque a mortandade de frangos influencia na oferta do produto. E quanto menor a oferta, maior é o custo final que o consumidor terá. E para isto não dá para apelar para a importação. Já que os nossos produtores são a referência no que há de melhor em termos de ganho em produtividade. Causando inclusive inveja e ações protecionistas de outros países. Que tiveram a concorrência do frango brasileiro invadindo os antes mercados cativos deles no exterior.

O TAMANHO DA DESGRAÇA.

Em matéria intitulada “Calor deve elevar preço do frango”, publicada no dia 08/FEV/2014, na página 08 pelo jornal Correio do Povo. Tem-se uma noção mais precisa do quanto o corte de energia elétrica foi danoso para a nossa economia. A mortandade de frangos foi da ordem de 200 mil aves no município de Relvado; de 80 a 100 mil em Encantado; 62 mil em Roca Sales; 22 mil em Nova Bréscia; 3 mil em casca e 1 mil em Muçum.

OS CUSTOS DA ENERGIA.

No contexto dos fatos, o governo federal, por meio do Ministro de Fazenda, Guido Mantega, anunciava em 05/FEV/2014, um aporte de 9 bilhões de reais na Conta de Desenvolvimento Energético. Esta conta serve para pagar a diferença de custo entre a energia produzida pelas hidroelétricas e o das termoelétricas. No caso ele é repassado para as distribuidoras, evitando o aumento da conta de luz do consumidor. É um subsídio pago pelo governo federal, que com isto banca a conta da população. Fazendo isto o governo federal não atinge o bolso dos eleitores. E atrai para si a expectativa de uma eleição melhor. É claro, que isto não é dito com estas palavras. De forma tão clara e escancarada.

OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA - ONS

Segundo o ONS, os apagões não são causados pelos consumo excessivo, e no limite da capacidade do sistema elétrico nacional, nem pela falta de investimentos. Para variar a causa de tudo isto esta num maldito raio. Que ao acertar uma torre de transmissão afetou o sistema. Que se desligou automaticamente. Provocando os apagões. Mas se isto não é falta de investimento em sistema, o que haverá de ser ?

RECUPERANDO OS FATOS

Como já foi dito acima. A falta de energia não é, segundo o Governo Federal, causada pela falta de investimentos ou pelo consumo excessivo. O mesmo possui 9 bilhões de reais disponíveis para arcar com o custo extra da geração de energia pelas termoelétricas.

 O Governo do Estado, que possui 1 bilhão de reais disponíveis no caixa da CEEE, e não o investiu na melhoria e ampliação de nossa rede. Como o dinheiro esta sobrando no caixa. Achou melhor redirecionando para o Caixa Único. Um cofre tipo boca de lobo, muito comum nos caminhões que distribuem bebida. Onde se põe o dinheiro, mas só o chefe é que possui a chave para abri-lo. E o faz quando quer e lhe é conveniente.

Se o Governo Federal possui 9 bilhões para todo o país. Certamente o 1 bilhão que o Governo do estado possui é muito dinheiro. E se bem empregado faria muita diferença. Já que cobriria uma área muito menor, resultando num valor muito maior por metro quadrado ou por habitante beneficiado.

A falta de luz atinge não só o bem-estar das pessoas, mas seu bolso. Já que sua alimentação fica encarecida. Atinge também o setor produtivo. Que tem prejuízo. Podendo vir a demitir por causa disso. Por outro lado também não gera empregos. Não dinamiza nossa economia. Já que nenhum empresário quer investir onde seu empreendimento não terá a garantia mínima de segurança energética.

E assim segue-se o circulo vicioso. Infelizmente o despreparo de nossos governantes é a causa de nossos problemas mais profundos. Mudar esta situação não é fácil. Mas exige uma postura crítica de cada um de nós. Os verdadeiros detentores do poder. Que emana do povo, para o povo e pelo povo. Pensem nisso!

Foto: Carlos Oliveira

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