domingo, 23 de fevereiro de 2014

Navio mercante “Peter Arrow” embarca celulose.

O navio mercante “Peter Arrow” atracou no Porto Novo de Rio Grande às 18 horas de quarta-feira (19/FEV). Vindo do porto espanhol de Aviles, ele veio buscar um carregamento de celulose estimado em 16.930 toneladas. Antes de seguir viagem para o porto de Santos, onde também será carregado com celulose.
A celulose que ora é embarcada no navio é produzida pela CPMC Celulose Rio-grandense, cuja unidade industrial se encontra localizada no município de Guaíba. E que é normalmente transportada até o porto de Rio Grande por meio de barcaças. Como é o caso da barcaça graneleira“Trevo Roxo”. Que atracou às 02:20 da madrugada de quinta-feira (20/FEV) carregada com 3.000 toneladas de acetobutirato de celulose. Que tinham como destino imediato os porões do “Peter Arrow”.

Medindo 210 metros de comprimento e possuindo 36 metros de largura. O “Peter Arrow” ostenta a bandeira de Bahamas. Seu armador, ou seja, quem o explora comercialmente é a empresa Gearbulk Shipowning LTD. Uma gigante do setor de transporte marítimo que possui navios dedicados exclusivamente para o transporte de celulose e de papel jornal. Há alguns anos atrás seus navios vinham a Porto Alegre. Quando descarregavam bobinas de papel para a empresa Zero Hora, e aproveitavam para embarcar a celulose bruta. Em operações que contavam como apoio das barcaças graneleiras. Que buscavam o produto junto a unidade industrial, cujo terminal não possuía condições de receber navios de grande porte. A transferência do produto era feita com o auxílio dos guindastes do próprio navio. Que ao partir, levava no mínimo o mesmo peso de carga que trouxera. Garantindo com isto um ganho de tempo e a geração de emprego na área portuária de Porto Alegre. Se fosse o caso, do navio ter de receber mais carga. Esta era complementada, aí sim, no porto de Rio Grande, onde a profundidade do cais é maior. Fazendo com que o navio possa embarcar mais produto em seus porões. No entanto este tipo de operação não existe mais em Porto Alegre. Um dos navios teve problemas e o proprietário nunca mais quis enviá-los para cá. Numa história mal contada. E que esta atrelada ao processo de decadência do porto de Porto Alegre. Compreender este processo é fundamental para que possamos entender a nossa realidade atual. E a partir disso possamos traçar uma estratégia que vise recuperar nossa atividade portuária. Igualando-a, no mínimo, ao que ela já foi no passado. Pensem nisso!

Foto: Carlos Oliveira

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