segunda-feira, 20 de maio de 2013

Para Pensar e Refletir: Navio mercante “Santa Vitória” parte novamente vazio de Porto Alegre.


O navio mercante de bandeira panamenha, “Santa Vitoria” novamente partiu vazio do Porto Organizado de Porto Alegre, na manhã de sábado (18). Isto pelo fato dele já ter visitado o porto da capital do nosso Estado, no mês de março deste ano. Quando operou entre os dias 05 e 07, sem nada levar quando de sua partida. Veja matéria relacionada: http://www.vcvesteio.blogspot.com.br/2013/03/santa-vitoria-atraca-no-porto-de-porto.html

O importante a ser observado neste fato, é que os navios que aqui aportam o fazem com certa regularidade. Indicando a existência de uma rota comercial, que da nossa parte é inexplorada. Pois estes navios apenas descarregam o produto que trazem em seus porões sem nada levar na partida. E isto ocorre pela nossa incapacidade de:


1º. Atrair os navios para receberem carga em nosso porto.

2º. Termos a capacidade de embarcarmos as cargas nos ditos navios.

E se isto ocorre é por nossa única e exclusiva falta de capacidade e de condições técnicas para assim procedermos. Fruto, sem dúvida da falta de investimentos em pessoal e equipamentos ao longo de várias décadas. É inadmissível que um porto equipado com a estrutura da Companhia de Silos e Armazéns – CESA, não consiga transferir nossa produção agrícola para nenhum navio de longo curso que aqui aporte. Também é inimaginável que o nosso porto só possua dois guindastes com condições de operação, e mesmo assim de forma precária. Por outro lado, há uma falta sistemática de competência na mão de obra do Estado. Engessada numa estrutura centralizadora. Que não toma as decisões necessárias no tempo certo. E o resultado disso é que o Estado perde muito dinheiro devido sua incompetência. E a sociedade é quem paga esta conta. Com um custo mais elevado para manter as estradas, sobrecarregadas pelo tráfego de veículos de carga. Com uma estrutura portuária cara e improdutiva. Já que os nossos portos são deficitários. Não conseguindo pagar nem sua folha de funcionários. Diante desta realidade é preciso parar para pensar se tudo isto vale a pena. Se não houver mudança radical na estrutura e na forma de pensarmos e agirmos. É preferível devolver o porto à União. Ao menos teríamos a certeza de que a União daria um rumo mais produtivo ao nosso porto. E nós não teríamos mais o peso de mantê-lo operando de forma deficitária. No qual a cada mês o Estado é obrigado a dar aporte financeiro para o pagamento de sua folha de funcionários.

Foto: Carlos Oliveira

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