
Outro fato importante a ser dito, é que ainda em 2011, em consequência do encalhe do navio mercante “Santa Katarina”. A administração da Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH recebeu solicitação de fornecer os dados dos canais de navegação entre Porto Alegre e Rio Grande. Com a sua completa descrição técnica, no qual se incluíam os ângulos de suas curvas.
O motivo pelo qual a Marinha do Brasil solicitou estas informações visava permitir o estudo e a avaliação das características de segurança da própria hidrovia. Para assim propor melhorias, se este fosse o caso, que tornaria a hidrovia mais segura. Quando de minha saída da SPH, em fevereiro de 2011, o setor responsável pela hidrovia havia solicitado mais tempo para reunir os dados. E pelo que sei, passados mais de 15 meses este tempo ainda não chegou ao ser término.
Naquela época também foi solicitado a batimetria, ou seja, o levantamento de todas as profundidades da área do Porto Organizado de Porto Alegre. E este trabalho já se encontrava pronto, revelando áreas com grande assoreamento. Não só na bacia de evolução, mas também junto à linha do cais Navegantes. Comprovando o que se obsevava na prática, com a dificuldade de alguns navios, que mesmo vazio, tinha de desatracar após terem sido descarregados.
Diante do exposto é de se perguntar se um dia teremos realmente a navegação 24 horas por dia. Possibilitando um ganho de tempo para os navios que aqui vem operar. Reduzindo os custos, e dando uma maior competitividade a nossa economia. Se sou pessimista, é porque sei que o desafio é muito grande. E não vejo uma postura realmente comprometida com o pleno desenvolvimento de nossa hidrovia e de nossos portos interiores.
Fotos: Carlos Oliveira
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