quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Uma reflexão sobre o turismo e o processo de revitalização do cais Mauá.

Há alguns dias atrás, quando escrevi sobre os mandos e desmandos da empresa Porto Cais Mauá. Descrevi o quanto o barco de passeio turístico “Cisne Branco” sofreu e foi prejudicado pela nova realidade. Disse que após terem sido obrigados a sair de sua pequena instalação junto ao armazém B. tiveram de ficar a céu aberto. Sofrendo ao sabor do nosso clima, que é extremamente frio no inverno e abafado no verão. Pois mesmo dizendo isto, fui questionado por alguns leitores se isto não era um contradição. Já que o processo de revitalização visa exatamente fortalecer o turismo. E o que se estava fazendo era enxotar uma empresa cujo principal produto é promover o turismo. Como resposta a quem me questionou. O que posso dizer é que quando a coisa é mal feita. O resultado nunca poderá ser algo melhor.

Quem planejou a licitação não escutou nenhuma das partes envolvidas. Fez o que queria; como queria; de cima para baixo. E o que é pior. O pretexto de contribuir para a criação de um “cartão de visitas” para o Estado. Tendo em sua capital um local de destaque. Comprometeu com o bom funcionamento daquele que é indiscutivelmente um excelente “cartão postal” para qualquer cidade: um porto comercial.

Os grandes portos comerciais do mundo são indiscutivelmente o melhor cartão de visita para uma cidade, uma região ou um país. Portos com grande número de navios operando. Com operações de embarque e desembarque dos mais diversos tipos de carga. São sempre bons indicativos da saúde econômica e da dinamicidade de uma região. E por isto eles atraem investidores, comerciantes e empresas que sabem que ali existe um terreno fértil param se instalarem e produzirem riqueza. Dando condições para que um outro tipo de turismo se fortaleça. O turismo dos empresários e das pessoas de negócios que aqui vem trabalhar. E querem aproveitar o tempo de folga para se distrair e conhecer a cidade. Um turismo de negócios que se sustenta pela fortaleza da atividade econômica, do qual o porto faz parte. E que possui um alto poder aquisitivo.

Tudo isto que eu aqui apresento pode e deve ser muito mais ampliado e aprofundado. E o que eu vejo, é que o atual processo de revitalização do cais Mauá. Reflete a nossa deficiência e falta clareza sobre o real caminho a ser trilhado. Pra que tenhamos um futuro realmente melhor. Para finalizar. Apresento uma fotografia que mostra as condições em que a empresa proprietária do barco de turismo “Cisne Branco” teve de enfrentar. Instalando-se a céu aberto. Pela falta de capacidade de negociação e de gerenciamento do problema por parte da empresa vencedora da licitação do cais Mauá. Bem como do Estado do Rio Grande do Sul, via Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH. Que é a responsável legal pela administração do Porto de Porto Alegre, perante o Governo Federal.

Foto: Carlos Oliveira

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