terça-feira, 9 de outubro de 2012

Para pensar e refletir sobre nossa intermodalidade.


A fotografia deste texto mostra duas carretas transportando bobinas de aço. Ela foi feita na divisa entre os municípios de Canoas e Porto Alegre, num dos trechos de maior movimento de veículos de nosso Estado. E cujos engarrafamentos não são novidades, seja na BR-116 quanto na via secundária. Entre estas duas vias, há uma área pública federal ocupada por uma linha férrea e outra do metro de superfície. A placa da carreta é do estado de São Paulo, indicando que a procedência da carga não deve ser de uma de nossas siderúrgicas. O que é interessante pensar, e é isto que eu exponho ao leitor, é o quanto a nossa noção de intermodalidade é fraca. Sabemos que toda siderúrgica necessita de ferro, como matéria-prima. E que este produto chega até ela por trem ou por navio. Logo é de se pensar que o escoamento de sua produção também devesse ocorrer preferencialmente por um destes dois modais. Para que a partir do porto ou da estação ferroviária mais próxima a carga ser transferida para os caminhões que a entregaram em seu destino final. No entanto podemos ver que não é isto o que esta ocorrendo. E diariamente carretas trafegam pelas nossas estradas com cargas extremamente pesadas. Ignorando a existência de outros modais mais eficientes, econômicos e seguros para o transporte. São atitudes deste tipo que tornam nosso país tão caro. E como consequência freia nosso crescimento econômico.

Investir em estradas, ferrovias, portos e aeroportos é garantir o nosso futuro. Usá-los da forma mais racional possível é ser sábio e eficiente. No entanto, transportar cargas pelo modal mais caro e inapropriado, é um atraso do qual nós não podemos aceitar. Mudar esta realidade é o nosso maior desafio. Pensem nisso!

Foto: Carlos Oliveira

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