
O “Lapis Arrow” veio do porto de Vitória, no Espírito Santo, e tinha como próximo destino o porto argentino de Zarate. Famoso por ser o porto de embarque dos veículos produzidos por este país vizinho. Seu calado era de 7,40 metros na proa (frente) e 8,20 na popa (parte traseira). Considerando esta informação de calado, o navio não poderia viajar até o porto de Porto Alegre, cuja profundidade máxima é de 5,18 metros. No entanto, temos de ver que tanto o Porto Novo de Rio Grande quanto o porto de Porto Alegre são obras realizadas na mesma época. Pelo mesmo governo e com as mesmas características iniciais. Se nos dias de hoje os portos são diferentes, é pelo fato do porto de Rio Grande ter recebido investimentos e atenção dos governos federal e estadual. Em contrapartida, o porto de Porto Alegre foi relegado a um segundo plano. Recebendo como herança a certeza de entrar em um processo de decadência progressiva. É por este motivo que toda a nossa sociedade acaba sendo penalizada, com o aumento expressivo do número de veículos de carga que transitam pelas nossas estradas. Pois “quando a cabeça não pensa, o corpo padece”. A pergunta que fica é: Até quando esta lógica vai prevalecer? Pensem nisso!
Foto: Carlos Oliveira
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