segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Desembarcados mais de 800 veículos modelo Sonic da GM.


Atracou no início da noite de sexta-feira (19), no Porto Novo de Rio Grande o navio mercante “Rockies Highway”. A embarcação que pertence ao armador japonês Kawasaki Nisein Aisha Ltd, e possui bandeira panamenha, mede 183 metros de comprimento e possui 30,20 metros de largura. Em seu interior veio um carregamento de veículos SONIC, fabricado pela GM na Coréia do Sul. O peso total deste carregamento foi de 952 toneladas, e como este veículo, conforme o modelo pesa 1.127 Kg e 1.150 Kg, podemos dizer que vieram mais de 827 veículos; considerando-se o maior peso como referência. A operação de descarga, como ocorre neste tipo de navio, foi extremamente rápida. Ao todo o navio ficou atracado 8 horas e meia, tanto é que às 05:12 do sábado (20) o navio já estava partindo de Rio Grande, rumo à Argentina.

Diante desta realidade, a pergunta que devemos fazer diz respeito à falta de navios nacionais especializados no transporte de veículos. Este é um filão do mercado que só é explorado pelas empresas estrangeiras. A inexistência de navios nacionais com este perfil possibilita a sua livre ação no território nacional. Por outro lado, sabemos que o transporte rodoviário é muito forte e concentrado. E que as montadoras relutam em abri-lo à participação aos motoristas autônomos. Neste contexto, as empresas de transporte de veículos automotivos vinculadas diretamente aos fabricantes de veículos possuem uma exclusividade danosa aos interesses dos cegonheiros de outros estados. Vide o caso já registrado aqui em nosso estado, e que foi motivo de notícia nos nossos jornais há alguns anos.

Por outro lado, vemos o quanto a indústria automobilística mundial sabe se valer do transporte marítimo para reduzir seus custos e conquistar mercados. Competindo de forma agressiva com a indústria nacional, que insiste no transporte rodoviário como principal meio de levar seus veículos até os consumidores. Num país de dimensões continentais, onde a maior concentração de sua população esta na área litorânea. Certamente este é um fator que torna os veículos nacionais mais caros do que os importados. Resolver este item já seria de boa ajuda para a indústria. E muito mais para o consumidor nacional. Que paga um frete caríssimo, recheado de pedágios, de estradas nem sempre boas. Pensem nisso!

Foto: Carlos Oliveira

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