terça-feira, 2 de outubro de 2012

“Kentucki Highway” desembarca veículos em Rio Grande.


Entre os dias 29 e 30 de setembro o Porto Novo de Rio grande recebeu o navio panamenho “Kentucki Highway”. O navio que possui 179,14 metros de comprimento e 32,20 de largura trouxe um carregamento de veículos da General Motor composto dos modelos “Corsa” e “Agile”.

Segundo informação divulgada pelo Porto de Rio Grande o peso total da carga de veículos modelo “Corsa” foi de 2.680 toneladas. Como cada veículo pesa 995 Kg, podemos considera este o número de veículos desembarcados. A diferença fica por conta do combustível colocado em seus tanques para possibilitar as manobras de embarque e desembarque dos mesmos na carreta que os transporta, no navio e no pátio da fábrica e do terminal portuário. No caso dos veículos modelo “Agile” o peso desembarcado foi de 990 toneladas. Sendo que cada veículo pesa 1.032 kg, o número estimado de unidades é de 959 unidades.

Outro fato que chamo a atenção é que o navio ao entrar no porto possuía o calado de 8,82 metros, ou seja, a profundidade do navio abaixo do nível da água. E no momento de sua partida, a mesma era de 8,00 metros. Este fato por si só, revela que o navio não poderia vir até o porto de Porto Alegre, cujo calado máximo é de 5,18 metros. Por este motivo, e pela falta de outros navios com calado menor para realizar esta viagem é que nós teremos todo este volume de veículos transitando por nossas estradas em cima de caminhões do tipo cegonha. Em média são transportados 11 veículos modelo “Corsa” em cada carreta. Assim sendo, serão necessários mais de 243 caminhões em nossas estradas para escoar este desembarque. No tocante aos “Agile” o calcula será de mais 11 caminhões para que se possa fazer este transporte. Há de convir que é muito veículo pesado transitando pela nossas estradas. Isto indica que devemos construir uma solução para o problema. Que pode ter dois caminhos distintos:

1° construirmos navios específicos para este transporte entre Rio Grande e Porto Alegre;

2° aumentarmos o calado do trajeto para que os navios aqui possam atracar.

Ambas as possibilidades são benéficas a nossa economia. O que não podemos fazer é ficarmos parado sem tomarmos nenhuma atitude. Pois isto não nos beneficia em nada. Pensem nisso!

Foto: Carlos Oliveira

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