quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Carga de Tolueno produzida em Triunfo é enviada para São Paulo.


Partiu de Rio Grande na quinta-feira (18) da semana passada o navio-tanque “Stream Mia”. A embarcação que possui bandeira das Ilhas Marshall e que mede 144,30 metros de comprimento e possui 24,23 metros de largura, embarcou em seus tanques 6.000 tonelada de tolueno. O produto foi produzido pelo Polo Petroquímico de Triunfo, e enviado a Rio Grande por meios das barcaças da Navegação Guarita. Lá o mesmo foi armazenado na área que a empresa Braskem possui no Super Porto de Rio Grande. A operação teve seu início na terça-feira (16), quando o “Stream Mia” chegou e atracou às 12:37 no píer petroleiro. Nesta ocasião seu calado oficial era de 4,60 metros tanto na proa quanto na popa. No dia seguinte, o mesmo desatracou às 12:02, já com calado de 6,20 metros na proa e 7,10 metros na popa, para fundear na área “Echo”. Liberando desta formo o píer para a atracação de outras embarcações. Na madrugada de quinta-feira (18), mais precisamente às 03:05 o navio atracou novamente para receber a carga restante. E às 17:00 partiu em definitivo pata o porto de Santos (SP), levando consigo as 6.000 toneladas de tolueno. Neste momento seu calado marcava 6,90 metros na proa e 7,80 metros na popa.

O que esta operação nos demonstra, é a importância de termos canais e terminais mais profundos. O “Stream Mia” não difere muito dos demais navios que chegam no Terminal Santa Clara, do Polo Petroquímico de Triunfo. No entanto, a limitação na profundidade do canal de acesso é o maior empecilho para que um navio chegue e possa operar com carregamento máximo. Desta forma, o empresário é obrigado a carregar o navio com menos carga que o mesmo comporta. E para transportar o mesmo volume, precisa fazer mais viagens. Tendo como resultado, uma elevação no custo do transporte, que é necessariamente repassada ao valor final de seu produto. Neste caso em especial, o tolueno foi enviado para Rio Grande por meio de barcaças-tanque (Veja foto). Sendo parte armazenada nos tanques lá localizados e outra parte transferida diretamente delas para o navio. Com isto tenta-se corrigir, ou amenizar a falta de calado de nossa hidrovia interior. Enquanto esta situação não for resolvida, a nossa competitividade estará comprometida. E esta verdade vale para toda a nossa hidrovia interior. Na qual se inclui os portos de Pelotas e Porto Alegre e os diversos terminais de uso privado (TUP) aqui instalado. Pensem nisso!

Foto: Carlos Oliveira

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