segunda-feira, 28 de setembro de 2015

PARA PENSAR E REFLETIR

CMPC Celulose Riograndense envia celulose para Rio Grande.

A fábrica da CMPC Celulose Riograndense, instalada em Guaíba, e recentemente ampliada, enviou mais um carregamento de celulose para o porto de Rio Grande. Desta vez foram cerca de 4.000 toneladas do produto. Que foi embarcado na barcaça graneleira “João Mallmann”, de propriedade da Navegação Aliança.

A barcaça, por sua vez, atracou junto ao cais do Porto Novo às 18:10 da quarta-feira (05/AGO). Possibilitando o início da operação de descarga e armazenamento da celulose transportada. Ao longo de toda a história da fábrica de celulose de Guaíba. A navegação sempre foi concebida como a forma ideal para o transporte da produção. Daí, o fato da indústria ter sido construída às margens do Guaíba. E ter sido equipada com um cais próprio. Para poder realizar os embarques com toda a agilidade que isto lhe convém.

No passado parte desta carga era enviada para o porto de Porto Alegre. Sendo transferida diretamente da barcaça para os porões do navio que aqui se encontrava. Até que se chegasse ao limite máximo do calado permitido. Que é de 5,18 metros de profundidade. Feito isto o navio partia rumo ao porto de Rio Grande. Aonde o restante da carga era carregado no navio. Infelizmente, este tipo de operação deixou de ocorrer com a suspensão da vinda dos navios que transportavam celulose para Porto Alegre. E todos nós perdemos. Pois o ato retirou carga e movimento do porto de Porto Alegre. Elevou os custos do transporte da celulose. Já que agora todo o volume exportado tem de ser enviado para Rio Grande. E isto foi muito ruim para a nossa economia. Digo isto porque quero mostrar o quanto uma mudança tão simples, pode afetar a vida de muita gente. E esta mudança ocorreu porque não se lutou pela valorização do porto de Porto Alegre como um porto comercial dinâmico e estratégico.  A não modernização do porto. A não atualização de seus equipamentos. A não ampliação do seu calado. São apenas alguns dos fatos que contribuíram para a perda progressiva de seu poder econômico. Saber disso e compreender isto é fundamental para que possamos reverter esta situação. Que é dramática, mas não é irreversível. E é por isto que eu convido o leitor a refletir sobre o assunto.

Muito Obrigado!

Vanderlan Vasconselos

Foto: Carlos Oliveira

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