A fábrica da CMPC Celulose Riograndense, instalada em Guaíba, e recentemente ampliada, enviou mais um carregamento de celulose para o porto de Rio Grande. Desta vez foram cerca de 4.000 toneladas do produto. Que foi embarcado na barcaça graneleira “João Mallmann”, de propriedade da Navegação Aliança.

No passado parte desta carga era enviada para o porto de Porto Alegre. Sendo transferida diretamente da barcaça para os porões do navio que aqui se encontrava. Até que se chegasse ao limite máximo do calado permitido. Que é de 5,18 metros de profundidade. Feito isto o navio partia rumo ao porto de Rio Grande. Aonde o restante da carga era carregado no navio. Infelizmente, este tipo de operação deixou de ocorrer com a suspensão da vinda dos navios que transportavam celulose para Porto Alegre. E todos nós perdemos. Pois o ato retirou carga e movimento do porto de Porto Alegre. Elevou os custos do transporte da celulose. Já que agora todo o volume exportado tem de ser enviado para Rio Grande. E isto foi muito ruim para a nossa economia. Digo isto porque quero mostrar o quanto uma mudança tão simples, pode afetar a vida de muita gente. E esta mudança ocorreu porque não se lutou pela valorização do porto de Porto Alegre como um porto comercial dinâmico e estratégico. A não modernização do porto. A não atualização de seus equipamentos. A não ampliação do seu calado. São apenas alguns dos fatos que contribuíram para a perda progressiva de seu poder econômico. Saber disso e compreender isto é fundamental para que possamos reverter esta situação. Que é dramática, mas não é irreversível. E é por isto que eu convido o leitor a refletir sobre o assunto.
Muito Obrigado!
Vanderlan Vasconselos
Foto: Carlos Oliveira
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