domingo, 6 de setembro de 2015

PARA PENSAR E REFLETIR

“Trevo Nordeste” atraca junto a Bunge.

A barcaça graneleira “Trevo Nordeste” atracou mais uma vez junto ao terminal de uso privado (TUP) da empresa Bunge Alimentos. Este fato ocorreu às 22:15 da noite de quinta-feira (30/JUL). E em seus porões ela estava transportando cerca de 3.000 toneladas de soja triturada. O produto foi embarcado na cidade de Canoas. E tem como finalidade ser exportada. Gerando emprega renda e receitas para o país.

Sobre a empresa Bunge, é bom lembrar que há muitos anos ela operava um terminal em área do Porto de Porto Alegre. Este terminal possuía inclusive, ligação com a área fora do porto. Que era realizada por meio de uma esteira que passava por sobre a Av. Castelo Branco, hoje denominada “Legalidade e Democracia”. Pois após a empresa deixar de operar no porto. O dito terminal acabou sendo literalmente abandonado. O armazém a ele vinculado passou a receber fertilizante. E os equipamentos ali existentes deixaram de receber a devida manutenção e trabalhos de conservação. O espaço perdeu sua função, assim como o porto perdeu a carga que ali antes circulava. Por sua vez, a movimentação migrou para os diversos terminais privados existentes na cidade de Canoas, as margens do estreito rio Gravataí. Mostrando que aonde não há interesse, mesmo que a posição geográfica seja muito boa. Não há progresso nem desenvolvimento. Por sua vez, em locais menos privilegiados, mas com investimento, trabalho e força de vontade. O resultado aparece. E estes empreendimentos acabam gerando emprego, renda e desenvolvimento. Digo isto pois é pertinente vermos o quanto o porto de Porto Alegre regrediu ao longo dos anos. Afetando a nossa economia e o nosso bem-estar social. E vejo isto com fruto da falta de visão política, do comodismo e da incapacidade do Estado de tocar aquilo que em qualquer lugar do mundo dá certo. Mas que aqui é sinônimo de prejuízo.

Manter o porto de Porto Alegre nas mãos do Estado é um contrassenso. O porto que é fruto de uma concessão federal deveria ser devolvido à União. Para que esta o conceda a quem possua capacidade para tocá-lo. Transformado-o num negócio dinâmico. Capaz de dar lucros ao invés de prejuízo. Garante ao estado que ele vai cumprir não só com a sua função econômica e social de ser um porto comercial, mas principalmente. De dar ao nosso setor produtivo condições de ser mais competitivo. Pensem nisso!

Vanderlan Vasconselos

Fotos: Carlos Oliveira

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