
Eram 12:50 da tarde de sexta-feira (19/JUN) quando o navio mercante de bandeira liberiana, “Canvasback” iniciou a sua desatracação, do cais navegantes, do porto de Porto Alegre. Auxiliado pelos rebocadores da navegação Amandio Rocha – NAR, lentamente o navio se afastou do cais para que pudesse, logo em seguida, ser girado e posto em posição de navegação. A operação ocorreu em frente ao cais Navegantes, área com limitação de largura para este tipo de manobra. Tendo em vista que este navio possui 180 metros de comprimento. E segundo as normas estabelecidas pela Marinha do Brasil, este local não poderia ter sido utilizado para o giro deste navio. Porque no caso de que algo não ocorra direito, não há espaço de sobra para permitir que o navio conclua a manobra com plena segurança. Não é preciso relembrar, que em 2011 o navio “Santa Katarina” encalhou neste local. Dando origem a um processo que ainda não foi concluído. E no qual o Estado, via Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH pode ser condenado a indenizar o armador do navio pelas perdas e danos decorrentes do encalhe. Naquela época e ainda nos dias de hoje. O local não obedece as normas de sinalização estabelecidas pela Marinha do Brasil. Nem o local foi dragado para uniformizar a sua profundidade.

Mas o que interessa neste texto é reforçar que o povo gaúcho perdeu, mais uma vez, a oportunidade de embarcar parte de nossa produção agrícola em um navio que aqui esteve. O que demonstra o quanto nós estamos despreparados para exercer a atividade de administração de um porto comercial. Pois não conseguimos melhorar a sua dinâmica. E nos limitamos a sermos um grande recebedor de carga a granel. E que nada embarca.

Pensar nesta realidade é pensar no nosso futuro. Pois como esta não pode ficar. Pensem nisso e me ajudem a divulgar este assunto tão importante para o nosso futuro econômico.
Muito Obrigado!
Vanderlan Vasconselos
Fotos: Carlos Oliveira
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