sexta-feira, 20 de julho de 2012

Pequenos e valorosos: O trabalho das barcaças-tanque destinadas ao transporte de óleo alimentício



Muitas vezes, uma embarcação pequena não recebe a devida atenção. As embarcações maiores, mais vistosas é que, via de regra, atraem os olhares e comentários. Hoje chamo a atenção para o papel desempenhado por duas embarcações: A primeira é a chata-tanque “Ipirol” e a segunda é a chata-tanque “Rio Grande”.
A “Ipirol” mede apenas 56 metros de comprimento e sua largura máxima é de 8 metros. Pertence a Navegação Amandio Rocha – NAR e foi originalmente construída no ano de 1903 como um graneleiro. No ano de 1986, após sofrer uma reforma foi transformada em embarcação–tanque. E nos dias de hoje transporta óleo de soja entre a região metropolitana e o porto de Rio Grande. Sua capacidade de carga gira em torno de 874 toneladas.
Já o “Rio Grande” possui 57,71 metros de comprimento. Sua largura é de 7,4 metros e sua capacidade é bem maior. Pode transportar mais de 1.030 toneladas de óleo de soja em seus tanques. Pertence a empresa Frota de Petroleiros do Sul – Petrosul. E é uma embarcação bem mais nova, pois foi construída no ano de 1980.
O valor destas embarcações, esta no fato de navegarem de forma incansável. Entre os terminais das empresas instalados na região metropolitana e o porto de Rio Grande. Desta forma, transportam pela hidrovia um volume muito maior do que se pode imaginar. E retiram de nossas estradas, inúmeros veículos pesados. No porto de Rio Grande, esta carga será embarcada em navios como o caso do navio-tanque “Ginny” que se encontra neste momento atracado no terminal de empresa Bunge. Lá o “Ginny”, com seus 228,6 metros de comprimento e 32,29 metros de largura deve parecer um gigante, se comparados ao “Ipirol” e ao “Rio Grande”. Seu peso vazio é de 22.444 toneladas, e sua capacidade de carga é de 42.010 toneladas. Mas nem por isto devemos desprestigiar nossas pequenas e eficientes embarcações. Pois com esta condição as mesmas atingem locais que o gigante “Ginny” não pode navegar.  Assim sendo, cada embarcação cumpre o seu papel. E a sociedade se beneficia como um todo do seu trabalho e da dedicação de seus tripulantes.
Finalmente, para quem ficou curioso. Revelo que o óleo de soja que esta sendo embarcado no “Ginny”, se destina ao porto de Changzhou, na República Popular da China. Como podemos ver, no mundo globalizado em que vivemos há espaço para todos. Independente do seu tamanho ou da sua capacidade de carga.
Fotos: Carlos Oliveira

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