sexta-feira, 13 de julho de 2012

Celulose Rio-grandense transporta celulose pela hidrovia.



A empresa Celulose Rio-grandense, com unidade fabril instalada no município de Guaíba, intensificou o embarque de celulose destinada a mercados consumidores de fora do estado. Na manhã do dia 11 de julho, a barcaça graneleira “Porto de Viamão” partiu de Porto Alegre com destino ao Terminal de Uso Privativo (TUP) que a empresa possui as margens do Guaíba. Seu destino era embarcar em seus porões cerca de 2.100 toneladas de celulose. Já no dia de hoje, sexta-feira (13), foi a vez do empurrador de barcaças “Bambu” levar a chata “Branave VII” para o mesmo terminal. Lá esta prevista o embarque da mesma com mais 1.800 toneladas de celulose.

Em ambos os casos as embarcações pertencem a empresa “Navegação Guarita S/A. E o destino da carga será o Terminal de Uso Privativo (TUP) da empresa Cimbajé no porto de Pelotas. No caso do “Porto de Viamão” sua chegada esta programada para ocorrer durante o dia 16 de julho e no da barcaça “Branave VII” no dia 16.

Um carregamento esta previsto para ocorrer ainda neste mês. Com a chegada programada do navio mercante “Pelican Arrow”, de bandeira das Bahamas. Esta embarcação pertence a empresa Gearbulk Shipowning Ltda que por muitos anos trouxe seus navios ao porto de Porto Alegre. Naquela ocasião era realizado o desembarque de bobinas de papel jornal. Concomitantemente, o navio era carregado com celulose diretamente das barcaças que atracavam a contra bordo do navio. Com isto se economizava tempo, dinheiro, se gerava emprego e nosso porto aumentava seu movimento. Infelizmente este tipo de operação deixou de ocorrer, obrigando que toda a celulose seja transportada até o porto de Rio Grande para lá ser embarcada. Com relação ao embarque de celulose no “Arrow Pelican” o volume a ser carregado corresponde a 24.300 toneladas. Isto corresponde a quase toda a capacidade do navio, que é de 25.846 toneladas.

A indústria de celulose apresentou vários projetos de expansão para o nosso Estado. No entanto as dificuldades na sua implementação está adiando um a um destes projetos. Inicialmente foi o impedimento legal de empresas estrangeiras de adquirirem terras no Brasil. Concomitantemente também foi levantado o impacto ambiental do plantio de grandes áreas com espécies exóticas ao bioma Pampa. A construção de um terminal próprio no município de São José do Norte esta andando vagarosamente. E finalmente há a dificuldade de implementar a navegação ao longo do rio Jacuí. Fato que obriga o transporte da madeira por via rodoviária até a unidade fabril. Estas dificuldades só são superadas pelo fato da persistência dos empresários. Que sabendo do valor e do potencial de nossas terras continuam a produzir e a gerar empregos. A demora em solucionar os problemas em nada contribui para o nosso desenvolvimento econômico. Justificando assim o motivo elo qual nosso Estado tem perdido importância econômica no contexto nacional. Mudar esta postura é dar ao nosso Estado uma dinâmica nova. Capaz de alavancar nosso crescimento e atrair cada vez mais novos investimentos em um período de crise econômica mundial. Caso isto não seja possível, servirá ao menos para que nós não percamos as empresas que já estão instaladas aqui. E que em alguns setores, como o calçadista, já é há vários anos um movimento extremamente preocupante e calamitoso. Por isto temos de cobrar de nossos políticos todo o empenho e trabalho. Pois sem isto não há solução.

Fotos: Carlos Oliveira

Um comentário:

  1. "Em ambos os casos as embarcações pertencem a empresa “Navegação Guarita S/A. E o destino da carga será o Terminal de Uso Privativo (TUP) da empresa Cimbajé no porto de Pelotas. No caso do “Porto de Viamão” sua chegada esta programada para ocorrer durante o dia 16 de julho e no da barcaça “Branave VII” no dia 16." O correto é Cimbagé não Cimbajé. Está correta a informação do porto de destino? Não seria porto de rio grande o destino??

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