terça-feira, 27 de novembro de 2012

O porto dos fertilizantes! Até quando podemos aceitar esta realidade?


 Dia 06 de novembro, foi a data em que partiu o último navio mercante que operou no Porto Organizado de Porto Alegre. Após a partida do navio mercante “Santa Anna”, até a presente data, não recebemos a visita de nenhum novo navio de carga. Logo os trabalhadores portuários avulsos, também não tiveram nenhuma atividade remunerada.

Esta realidade, não pode ser explicada única e exclusivamente como fruto da sazonalidade de nosso porto. Que possui como grande característica, ser um porto recebedor de insumos para a indústria de fertilizantes. E como tal, esta regido pelo ritmo da agricultura. Se isso fosse verdade, nosso porto também seria um ponto de embarque de nossa safra. Mantendo com isto uma atividade uniforme durante o ano todo. Ora recebendo insumos para a indústria de fertilizante, ora embarcando a produção agrícola. No entanto, nossa realidade é bem diferente. E além de não conseguirmos manter ocupada a já tão pequena mão de obra portuária, não há como pensar em aumentar seu número. Pois isto causaria mais transtornos aos atuais trabalhadores portuários, que teriam sua remuneração reduzida.



Se quando chega um navio, devemos comemorar o fato. A ausência dos mesmos deve ser motivo de reflexão. Isto revela que há problemas para serem identificados e resolvidos. Do meu ponto de vista, nossa realidade é fruto dos erros cometidos no passado. Do qual a falta de visão sobre a importância de se investir no porto é apenas um dos pontos importantes. Por isto, tenho repetido seguidamente que nosso governo pode tratar do caso. Pois a realidade que vivemos não é fruto de um único governo, mas sim dos diversos que administram nosso Estado nas últimas décadas.

Possivelmente nesta terça-feira (27) o porto de Porto Alegre receberá a visita de um novo navio mercante, o “AS Elenia”. Que traz em seus porões 5.000 toneladas de fertilizantes. Um volume pequeno, mas que será muito bem vindo, já que dará oportunidade de trabalho aos nossos trabalhadores avulsos. É neste contexto que levanto aqui a questão: Será que a vocação de nosso porto é ser apenas um porto recebedor de fertilizantes? É isto o que queremos para nossa economia? Ou podemos fazer algo para mudar esta situação? Por que motivo, tantos portos progridem dando dinamismo a economia de suas regiões de influência; e o nosso porto não consegue fazer isto com a nossa região? Até quando vamos aceitar esta realidade?

Pensem nisso! Pois esta pode ser uma grande solução!

Fotos: Carlos Oliveira

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