O navio mercante “Warmia”, que possui 189,99 metros de comprimento e
28,50 de largura chegou no meio da manhã de quarta-feira (06/MAI) a
Porto Alegre. Registrado junto ao porto de Nassau, o navio ostenta a
bandeira das Bahamas. É operado pela empresa polonesa Polsteam, cuja
sede fica na cidade de Szczecin.
Construído no ano de 2004, pelo estaleiro chinês Xingang Shipbuilding
Heavy Industries, da cidade de Tianjin. O “Warmia” chega a Porto
Alegre com um carregamento de cloreto de potássio. O volume é
relativamente pequeno, correspondendo a cerca de 5.250 toneladas. No
entanto a sua chegada deve ser vista como muito significativa. Pois o
que nós vemos é um navio de bandeira das Bahamas. Uma pequena ilha do
Caribe, mas com uma frota de navios mercante muito maior do que a
brasileira. Que foi construído num estaleiro chinês. Que é operado por
uma empresa polonesa e que trouxe uma carga de fertilizante, que é
essencial para a nossa produção agrícola. A união de todos estes
diversos fatores nos mostra riqueza do meio que envolve a navegação e
a atividade portuária. Neste contexto todo, o nosso papel é
extremamente pacífico. A nossa interação com o mundo é mínima. Pois a
nossa indústria naval não foi projetada para construir navios
mercantes para as empresas de navegação brasileiras. Seu foco foi
único e exclusivamente atender a demanda de um único cliente, a
Petrobras. As próprias empresas de navegação brasileiras não possuem
apoio e uma política que as proteja para poderem crescer e competir no
mercado internacional. O porto esta sucateada. Com sérias restrições
de operações. Se limitando a receber carga. E isto com o apoio dos
guindastes de bordo dos navios que aqui aportam.
Pensar este realidade é essencial para que possamos ter, no futuro, um
país melhor, mais forte e independente. Não podemos aceitar que esta
realidade seja a nossa única opção. Pois isto é pensar pequeno. Temos
de ter uma política séria, comprometida e forte. Que valorize o nosso
setor naval e portuário. O Brasil precisa disso.
Vanderlan Vasconselos
Foto: Carlos Oliveira
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