sábado, 27 de abril de 2013

Para pensar e refletir: Nada acontece por acaso.


A matéria que reproduzo foi publicada, na coluna da jornalista Denise Nunes há mais de 3 anos. Na edição deste sábado (27/abr/2013) do mesmo jornal Correio do Povo há uma nova matéria na página 14,sobre o assunto. No entanto a notícia apenas confirma o nosso atraso e falta de união pelo bem do Rio Grande do Sul. Qual foi o motivo para que isto acontecesse? Onde foi que falhamos?

Quando fui diretor superintendente de portos e hidrovias, entre fevereiro de 2011 o início de fevereiro de 2012, o assunto foi recuperado. Na época soube que os nossos representantes políticos em Brasília não se uniram para tentar agilizar o processo. Escutei um comentário de que por ter sido uma ideia vinculada a um partido os demais não apoiariam. Mas isto é muito pouco para justificar e esclarecer o assunto. Fui olhar o projeto, que foi superestimado. Para não dizer que estava fora da realidade. Já que em outros portos, muito mais movimentados o espaço destinado ao empreendimento era muito menor. Neste ponto fica evidente uma falta de realismo com o nosso próprio contexto. De sermos um porto de fim de linha, com limitações de calado, e a nossa capital ter muito menos atrativos turísticos se comparado a outras cidades litorâneas brasileiras.

O certo era que o projeto, muito mais do que beneficiar o período da Copa do Mundo, representaria uma melhora de nossa hidrovia como um todo. Qualificando-a para operar em condições muito mais seguras do que nos dias de hoje. Este era o grande objetivo a ser atingido. E quando nós vemos que o tempo passou e nada foi feito. Vemos o quanto ainda temos de melhorar e evoluirmos como pessoas, políticos e profissionais da área portuária. A falta de profissionalismo é a causa de nosso insucesso, para não dizer fracasso. É isto o que devemos atacar e combater. Pois este é o verdadeiro câncer de nossa sociedade organizada.

ANO 115 Nº 173 - PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE MARÇO DE 2010

Porto da Capital ignora a Copa

Porto Alegre foi a única das cidades-sede portuárias da Copa do Mundo de 2014 que não apresentou projeto de investimentos à Secretaria Especial de Portos (SEP), embora o órgão deva dispor, só neste ano, de recursos superiores a R$ 600 milhões. O assunto foi discutido na última reunião do Conselho da Autoridade Portuária (CAP) da Capital, semana passada, e deflagrou uma mobilização no setor. O ponto alto será uma audiência no dia 6 de abril com o ministro da SEP, Pedro Brito. Segundo o presidente da Praticagem da Lagoa dos Patos, Rios, Portos e Terminais Interiores do Rio Grande do Sul, Geraldo Almeida, a ideia do CAP e da Intersindical Portuária é levar propostas de investimento ao ministro, respaldadas por um amplo apoio institucional. O presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, já se somou aos esforços. Amanhã, Almeida levará o assunto à Fiergs, onde integra o grupo temático de Logística do Conselho de Infraestrutura.

Hospedagem

A proposta em discussão passa pela atração de navios de médio porte ao Porto da Capital, com duas finalidades: trazer turistas uruguaios e argentinos e servirem de opção de hospedagem aos turistas. Geraldo Almeida explica que bastam melhorias de calado em alguns trechos da hidrovia (4% a 5% do total) e sinalização noturna para que cheguem a Porto Alegre navios de até 2 mil passageiros.

Descaso

Para Almeida, a ausência de projeto para a Copa revela o descaso do governo estadual e dos políticos com o Porto e a falta de mobilização dos usuários. "O Porto da Capital não foi incluído em nenhum PAC", enfatiza. Como exemplo do descaso, ele cita a sinalização noturna: dos 130 sinais da hidrovia Rio Grande-Capital, 60 são cegos. E os 70 luminosos não têm manutenção periódica.

http://portallw.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=115&Numero=173&Caderno=0&Noticia=114974

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