A equipe da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) concluiu por volta das 14 horas o trabalho de reposição do balizamento na hidrovia do Jacuí, permitindo a navegação segura até o Terminal Santa Clara, junto ao Pólo Petroquímico. A Marinha do Brasil, através do titular da Capitania dos Portos, delegado Jayme Tavares Alves Filho, liberou o trecho de 19,5 quilômetros, após vistoria a partir das 15h30.
O trabalho de reposição do balizamento no trecho que ficou sem sinalização após a enxurrada da semana passada foi concluído em 48 horas. “Nossa equipe não mediu esforço para colocar a hidrovia novamente em condições de navegação segura e permitir que produtos como gás GLP e os químicos que garantem o trabalho no Pólo Petroquímico chegassem aos terminais de descarga”, disse o superintendente de Portos e hidrovias, Vanderlan Vasconselos. Ele lembrou que ao todo foram 38 sinais náuticos que se deslocaram dos pontos de demarcação dos canais.
De acordo com o diretor de Hidrovias, Pedro Obelar, esta foi a primeira vez que uma enxurrada deixou a hidrovia sem condições de navegabilidade. “Não poderíamos deixar de comunicar a marinha sobre a situação dos canais que ficaram sem a sinalização. O balizamento é o que garante a navegação dos navios que transitam entre Porto Alegre e Rio Grande e também para o interior, através do Rio Jacuí”, explicou.
SAIBA MAIS
A Marinha do Brasil interditou os canais de navegação compreendidos entre o Lago Guaíba e o Jacuí. A determinação só foi feita após informação da própria Superintendência de Portos e Hidrovias, que verificou o deslocamentos dos sinais náuticos em decorrência da enxurrada ocorrida no final da semana passada. A Marinha verificou a situação dos canais e enviou comunicado à SPH determinando a impraticabilidade nos Canais Cristal, Porto Alegre, Navegantes e Pólo Terminal Santa Clara. Ao todo, 38 bóias e sinais náuticos ficaram fora de posição.
Segundo o superintendente de Portos e Hidrovias, Vanderlan Vasconselos, o alerta sobre os riscos de a navegação ser prejudicada com a cheia do Guaíba, a partir da enxurrada, foi dado na tarde de sexta-feira, 22, quando ele mesmo flagrou a bóia de número 27 passando defronte ao Cais Mauá.
APOIO - No início da tarde de domingo, um funcionário da SPH acompanhou o trabalho de localização e identificação das bóias deslocadas pela ação das águas. Os dados coletados foram acrescentados em relatório técnico sobre a situação atual do balizamento junto aos canais de navegação atingidos.
ENCHENTES - Segundo o diretor de Hidrovias, Pedro Obelar, enchentes dessa magnitude sempre danificam o balizamento. "O lixo que desse pelos rios ao ficar preso junto as bóias e pode deslocá-las. Fora isto há o risco de assoreamento dos canais navegáveis, comprometendo o trabalho de dragagem que esta sendo realizado", disse. Acredita-se que, em média, a cada ano são jogados nos rios cerca de 1 milhão de metros cúbicos de sedimentos e as enchentes são motivos de preocupação, pois depositam de uma só vez um volume muito elevado.
Fotos: Carlos Oliveira
FONTE: http://www.sph.rs.gov.br/sph_2006/content/noticias/noticias_detalhe.php?noticiaid=645
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