terça-feira, 4 de junho de 2013

Para pensar refletir – Navio mercante “Falcon” chega em Porto Alegre.

Chegou no final da manhã de segunda-feira, ao porto de Porto Alegre, o navio mercante “Falcon”. O navio teve de fundear em frente ao cais Mauá, em área própria para este manobra, tendo em vista que o Porto Organizado de Porto Alegre já se encontrava lotado. Ou seja, o maior porto fluvial do Brasil, com extensão de 8 km de comprimento. Ao receber o terceiro navio simultaneamente lotou sua capacidade operativa. Pode parecer um contracenso, e na verdade o é. Pois diante da realidade em que os portos não são valorizados em sua atividade fim. Isto acaba ocorrendo. O que vemos na verdade não é o sucesso do porto, mas sim sua falência. Pois lhe falta não só pessoal capacitado, e equipamentos, mas uma política pública para desenvolvê-lo naquilo que ele é: Um porto comercial.

Reverter esta situação é urgente. E isto não é discurso vazio. Há alguns décadas atrás o nosso porto empregava mais de 3 mil trabalhadores apenas nas operações de carga e descarga. Sem falar nos demais setores da vida portuária, e da própria administração pública a ela vinculada.

Por outro lado, na contramão o que se vê é uma política duvidosa. Atrelada a interesses privados. No qual o porto esta sendo fatiado e entregue a empresas cuja principal atividade não é a portuária. E quando isto é feito de forma oficial e formal, com contrato. O Estado assume um compromisso de honrá-lo até seu último dia de vigência. Foi assim com as estradas pedagiadas. E assim será com o nosso porto. O interessante é que há uma semelhança muito grande entre os dois momentos históricos. Embora distantes por 20 anos na linha do tempo. E diante desta semelhança, faz-se propício uma parada para reflexão sobre os fatos. Pois poderemos estar cometendo o mesmo erro duas vezes seguidas. Comprometendo o nosso desenvolvimento. E solidificando, para não dizer engessando, nossa economia por muitos e muitos anos. Ter um porto em sua atividade fim é essencial para o nosso desenvolvimento. E pelo visto isto não foi percebido pelos políticos que nos governam. Pensem nisso!

Foto: Carlos Oliveira

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