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A barcaça graneleira “Trevo Branco” atracou às 03:25 da madrugada de segunda-feira (13/ABR) no terminal de uso privado (TUP) da multinacional Bunge Alimentos de Rio Grande. Seu objetivo neste terminal é o de descarregar as cerca de 3.000 toneladas de soja triturada que esta transportando. E que foi embarcada na região metropolitana de Porto Alegre, com destino a exportação. Por sinal, este TUP que se localiza na área do Super Porto é um dos que conseguem realizar operações de carregamento e descarregamento dos grandes navios mercantes que aqui aportam. E por este motivo acaba sendo também um dos centralizadores de cargas a granel destinadas ao mercado externo. Já que sua capacidade de carregar os navios é um atrativo para a empresa captar negócios em nosso estado. É esta capacidade que o nosso estado perdeu ao longo de décadas de abandono do setor portuário. Por falta de visão estratégica. O estado deixou de investir em melhorias e qualificação de sua estrutura portuária. Perdendo a capacidade de carregar grandes navios; bem com a agilidade que esta operação exige.
Criou-se um círculo vicioso, que resultou não só na perda dos negócios, como também no sucateamento da estrutura existente e finalmente na perda de capacidade de se manter a saúde financeira do empreendimento. Este é o caso da nossa Companhia Estadual de Silos e Armazéns – CESA. Que ao longo dos anos migrou de uma companhia estratégica para um grande problema, sem solução a curto ou médio prazo. Enfrentar este problema passa por rever a nossa falta de política pública para as empresas públicas. Um processo demorado, difícil, mas que tem de ser feito pelo bem do estado. É sobre isto que eu convido o leitor a refletir. Pois este é o primeiro passo para que o nosso futuro possa ser um dia melhor.
Muito Obrigado!
Vanderlan Vasconselos
Foto: Carlos Oliveira
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