Navio mercante “Sea Lady” parte vazio de Porto Alegre.

Com partida prevista para ocorrer às 11:30, o navio mercante “Sea Lady” só iniciou o trabalho de desatracação após o meio dia. Mesmo possuindo 189,80 metros de comprimento, ele realizou o giro em frente ao cais Navegantes. Local inadequado para esta manobra, devido às dimensões do navio. Fato que contraria as normas internacionais de segurança, das quais o Brasil é signatário. E que infelizmente as autoridades portuárias de Porto Alegre, entenda-se a administração do porto, não fazem valer. E por este motivo põem em risco a navegação em nossa hidrovia. Do qual um encalhe é o maior perigo de ocorrer. Bloqueando ou comprometendo a livre circulação dos demais navios. Dos quais os mais importantes se destinam ao Terminal de Gás do Sul – TERGASUL, e ao Polo Petroquímico de Triunfo.


Mas o fato que quero chamar a atenção é de que ao partir. O navio mercante “Sea Lady” o fez com os seus porões totalmente vazios. Mostrando o quanto somos incompetentes para aproveitar a vinda de navios graneleiros e aqui carregar parte de nossa safra agrícola. Esta incompetência é a mesma que deixa os silos da Companhia Estadual de Silos e Armazéns – CESA semi-aproveitados. Que não providencia a sua manutenção e a melhoria ou modernização de seus equipamentos. Fazendo, com que eles possam ter a capacidade de operar carga e descarga dos navios que aqui aportam. Na velocidade que as operações de hoje em dia exigem.

É esta a incompetência que não consegue ver o porto como um local de geração de empregos. De redução de custos. De alavancagem de negócios e oportunidades. E que só o vê como um local de lazer. Decretando a sua falência em sua atividade fim.

Não é a toa que o movimento despencou nas últimas décadas. E agora, ao esboçar uma recuperação. Seus números, por maior que sejam, são na verdade insignificantes, quando comparados aos números do passado não muito distante.

Esta incompetência é a mesma que decretou que aceitar com a maior naturalidade que o porto seja deficitário. Exigindo a sangria mensal de recurso financeiros para pagar sua folha de salarial e seu custo de manutenção. Sem nada receber em troca.Já que o porto, como disse antes, é deficitário.

Mudar esta situação representa fazer uma revolução no pensamento público. E como isto é necessário, convido a todos os leitores a me apoiarem nesta luta revolucionária. Na qual o nosso desafio é retirar o serviço público de sua posição de conforto. Maior causa de sua ineficiência. Para que ela tenha de produzir algo para a sociedade. Não sendo apenas uma sugadora de recursos. Mas que possa, por meio do seu trabalho. Gerar recursos para os cofres públicos. Pagando os seus custos e gerando riqueza. Pois é isto que o povo precisa. De um estado eficiente e competente no que tem de fazer.

Pensem nisso e me ajudem nesta luta.

Muito Obrigado!

Vanderlan Vasconselos

Fotos: Carlos Oliveira