sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Navio mercante “Mount Hikurangi” parte vazio de Porto Alegre.

Partiu vazio do cais Navegantes, do porto de Porto Alegre, no início da tarde de domingo (20/JUL) o navio mercante “Mount Hikurangi”. Este fato ocorreu após ele ter descarregado o final de sua carga de fertilizantes. Reafirmando que o porto de Porto Alegre é sempre o último porto que os navios visitam quando possuem alguma carga. E de que daqui, nenhum navio graneleiro parte com carga. Embora o porto no passado tenha tido operações deste tipo. E possua nos silos da Companhia Estadual de Silos e Armazéns – CESA, capacidade para armazenar parte de nossa safra agrícola e transferi-la para navios.


É por estas e outras que o nosso porto não consegue se afirmar como um instrumento de logística na economia do nosso estado. Na verdade o porto esta abandonado. Não há uma política para torná-lo viável economicamente naquilo que é o seu objetivo básico: ser um porto comercial.

Este erro é o grande responsável pelo fato de nós termos uma das cestas básicas mais caras do Brasil. Pois tudo o que recebemos de outros estados vem basicamente rodando pelas estradas. Pagando pedágio. Pagando seguro mais elevado, já que caminhões são furtados e sofrem acidentes. Consumindo mais combustível. Gerando mais poluição.

O oposto desta realidade existiu não faz muito tempo. E ele incluía a vinda de produtos para os nossos supermercados por via marítima. No qual não se pagando pedágio. O seguro é muito menor. Pois navios dificilmente se acidentam. Não perdem sua carga nem são roubados. Consome muito menos combustível e por este motivo também poluem menos. Naquela época existia uma política que privilegiava o transporte por via marítimo e fluvial. Que tratava dos portos com a devida atenção que eles merecem. Pois se sabia o seu valor econômico e estratégico. Com relação ao transporte, temos de admitir, que ele era um pouco mais lento. Isto não se pode negar. Mas era muito mais eficiente e eficaz. E com um bom planejamento a carga chegava na data certa. Pois é assim ainda hoje. Basta ver como funcionam os navios que o executam mundialmente.

É por este motivo que chamo a atenção dos leitores para o assunto. E os convido a refletir. Pois a situação atual de nossos portos interiores e da própria hidrovia é muito precária. Ela exige uma mudança de postura imediata. E é por isto que eu luto. Para que o povo tome consciência do fato e da necessidade. E assim passe a cobrar de nossos governantes mais atenção e comprometimento para com esta causa tão nobre de nossa economia.

Pensem nisso!

Vanderlan Vasconselos

Nenhum comentário:

Postar um comentário