
O “MSC Michaela” operou no porto de Montevidéu e partiu rumo ao porto de Rio Grande. Aonde veio a fundear, fora da barra, às 22:54 da noite de sexta-feira (17/JAN). A espera do momento de entrar para descarregar e carregar no Terminal de Contêineres de Rio Grande – TECON Rio Grande. Sua entrada efetiva foi ocorre no início da manhã de segunda-feira (20/JAN). E o navio partiu às 16 horas do mesmo dia.
O motivo pelo qual escrevo tudo isto, é para chamar a atenção para um fato que nós não vemos como relevante, embora o seja. E que diz respeito ao pleno aproveitamento do transporte marítimo de nossa produção e dos insumos que nós necessitamos no nosso dia-a-dia. Infelizmente muito pouco do que nós produzimos e que se destina ao mercado exterior ou interestadual é transportados por navios. Deste valor que já é tão pequeno, nada esta sendo transportado por contêiner. Este equívoco de nossa parte representa a perda econômica e o atraso de nosso estado. Que ao não aproveitar o modal fluvial/marítimo disponível em nossa terra. Opta pela utilização de outras formas de transporte mais cara e ineficiente.
Na verdade, podemos dizer que literalmente estamos remando contra a maré do que há de mais moderno e eficiente no mundo. Que é o transporte de carga por contêiner. E se nós, que já tivemos ligação direta por navio com os portos de Montevidéu e Buenos Aires, não o fazemos mais. È por falta de apoio e incentivo via políticas públicas, para que isto ocorra. Ao não investirmos na modernização de nossos portos interiores. Na manutenção de nossa hidrovia. Na capacitação de nossos funcionários ligados a atividade portuária. Nós estamos incentivando o retrocesso econômico de nosso estado.
É por este motivo que eu escrevo, de forma insistente, sobre a necessidade de se valorizar a navegação, a atividade portuária e de construção e reparo naval. Pois elas são a chave para um futuro melhor. Com mais emprego e um custo de vida menor. Beneficiando de forma direta e indireta a toda a população do Rio Grande do Sul. E trazendo a riqueza e paz social que tanto almejamos. Pensem nisso!
Foto: Carlos Oliveira
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