sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Navio-Balizador “Comandante Varella” parte de Porto Alegre.

Partiu do porto de Porto Alegre, no início da manhã de segunda-feira (27/JAN), o Navio-balizador “Comandante Varella” da Marinha do Brasil. O navio que havia chegado na manhã de sexta-feira (24/JAN) partiu sem levar a boia luminosa verde que se encontrava em seu convés. Sobre este fato, cabe aqui fazer a pertinente observação sobre o motivo pelo qual isto ocorreu.

Segundo consta, a referida boia deveria ser colocada junto ao Canal da Feitoria, na Lagoa dos Patos. O navio da Marinha do Brasil partiu de sua base na ilha do Terrapleno com a boia. E ao chegar no local, constatou que a referida boia já se encontrava no local, e em perfeito estado de conservação. A informação do serviço que deveria ser realizado, e que foi fornecida pelo setor técnico da Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH estava totalmente errada.

Diante do fato o navio-balizados “Comandante Varella” seguiu sua viagem rumo a Porto Alegre. Realizando as demais tarefas agendadas, de verificar a situação da sinalização e realizar o apoio e a manutenção dos faróis operados pela Marinha do Brasil.

Em Porto Alegre, onde o navio atracou em frente ao edifício sede da SPH, no Cais Mauá, outro fato chamou a atenção. No meio da tarde, um engenheiro da autarquia foi abordo do navio e solicitou que a referida boia luminosa fosse colocada na água e amarrada a um dos cabeços do cais. Pois a autarquia a buscaria na segunda-feira (27/JAN) e a levaria para a doca onde as demais embarcações são guardadas. Diante do fato, o engenheiro recebeu com resposta que isto só poderia ser realizado na segunda-feira. Já que não era aconselhável deixar uma boia amarrada ao cais, sofrendo a ação força da correnteza da água e do vento. E podendo causar danos não só a ela, como ao navio ou ao próprio cais.

Como podemos ver, constata-se aqui o total desleixo e falta de atenção no trato da coisa pública. Onde a Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH, autarquia responsável pela manutenção de nossos portos e hidrovia não sabe o que deve ser feito. Informa a quem esta, na melhor das boas intenções colaborando, as informações erradas. Desperdiçando o precioso tempo e dinheiro da Marinha do Brasil numa viagem que não agregou melhoria na sinalização náutica. É por este motivo que temos de ser críticos quanto a qualidade do serviço público que temos. Não podemos aceitar que isto ocorra. E temos de tornar público para que a nossa sociedade saiba que há problemas que vão muito além do visível. Problemas estes que não estão restritos a questão de nossa hidrovia e dos nossos portos interiores. Mas que se apresentam na saúde, na segurança pública, no ensino, apenas para citar três exemplos. Pensem nisso!

Fotos: Carlos Oliveira

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