terça-feira, 4 de agosto de 2009

VOCÊ SABE RESPONDER?

Oi Companheiros,
Em meio a um mar de más notícias políticas. Quero ajuda para construir uma resposta. Esta provocação é a busca de uma saída para a mesmice do dia a dia. Você pode dar sua resposta-contribuição, suscinta, sobre o caminho a seguir(*)?

Na sociedade atual, com seus valores fortemente marcados pelo hedonismo, relativismo e consumismo, como primar por um princípio ético que possa levar à construção de espaços de felicidade que ultrapassem as fronteiras individuais?

Um abraço e uma esperançosa tarde de terça-feira


Vanderlãn Vasconsèllos
Coordenadoria Regional do PSB
Respostas:
Abra a guarda. deixa que alguém se aproxime com novas ideias,
com novo ponto de vista as velhas ideias. O 1° passo para mudar a sociedade é mudar a si mesmo.
grande abraço
Roni Niemeyer
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Boa tarde Vanderlan Vasconsellos, acredito que os princípios éticos, nos vem ëmbarcados"de berço ou são assimilados/aprendidos com o passar dos anos, quer em bancos escolares ou com o calejar do dia a dia.
Infelizmente o melhor caminho a seguir é cruel e doloroso para imensa maioria que somos nós e que vemos estas aberraçóes em nosso dia a dia. E uma grande resposta a isto, só pode ser dada com UNIÁO e INCLUSÁO.
Abraços
Hedson Scopel
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Bom dia querido amigo e companheiro: a missão é profundamente importante. Outro dia, numa reunião sobre saúde e qualidade de vida que participo, ouvi algo interessante que acredito que tenha validade para responder tua pergunta. A palestrante, uma nutricionista, falando sobre o chimarrão, disse várias das suas qualidades, mas que as pessoas (nós gaúchos) tomamos de forma errada. Primeiro, porque não substitui a necessidade de água diária que o organismo necessita, segundo, porque deve ser tomado após a primeira refeição do dia, porque a água quente é importante para ajudar no metabolismo. Tomando em jejum, como fazemos, pode ser até prejudicial. Todos os participantes do grupo disseram que isso é um costume etc etc. Então ela explicou: nosso cérebro recebe uma ordem e a continuidade dessa ordem cria, digamos assim, uma exigência à qual nos apegamos de tal forma que passamos como herança aos descendente como uma parte do DNA. Para mudar esse hábito são necessários muitos anos de nova ordem ao cérebro até que ele se convença e faça a mudança. Explicação simples, mas cientificamente correta. No caso em questão, aconteceu algo parecido, sem voltar muito longe no tempo, temos as lições marxistas que indicavam isso, mudar hábitos, dar novas ordens ao cérebro, mudar o DNA que o capitalismo implantou na nossa herança genética. Aí está o X da questão, segundo a lição da nutricionista, teríamos que criar condições para que nosso cérebro transmude a ordem secular do individualismo, do consumismo e de muitas outras coisas que estão impedindo o apreço ao coletivo. Um princípio ético para ser seguido como capaz de inverter o caos da sociedade individualista pode ser construído na família, na escola e nas associações. A família brasileira se encontra fragmentada, a escola brasileira se encontra despreparada, as associações são cada vez mais corporativistas (é um tipo de individualismo também). Então, na verdade, não estamos construindo nada. Tudo se repete, se reproduz, como quer e deseja o neoliberalismo. Nós, socialistas já perdemos a mundialização de Marx, para a globalização. Se assim continuar, acabaremos nos moldando à tentação capitalista cada vez mais. Um princípio ético, deveria conter uma inversão dos valores atuais partindo da raiz, como diz o hino da Internacional socialista. Pensar um novo homem exige que se resgate a omnilateralidade, através de uma visão da dimensão humanista da educação, que no pensamento de Marx se faz interligada dialeticamente, na crítica da alienação produzida pelo processo educativo esquematizado mentalmente para a manutenção de uma sociedade fundada na propriedade privada dos
meios de produção e na mutilação do homem; e na possibilidade da omnilateralidade humana, criando uma sociedade revolucionada por novos pressupostos econômicos, sociais, políticos e culturais defendidos pelo socialismo. A educação assim processada tem como fundamentos o processo de produção e reprodução e socialização de conhecimentos, às mediações, as interações, enfim, a práxis que se coletiviza na humanização dos homens; na aplicação ao conhecimento clássico, herança cultural e essencial que deveria predominar na ação educativa. O conhecimento humano – científico, tecnológico e cultural – se agrega como elemento superestrutural criado pelas várias e contraditórias relações sociais entre os homens e a
natureza durante o processo de realização das suas condições materiais e espirituais de existência. Enfim, entendo que o conhecimento, representação abstrata da realidade concreta do mundo, é capaz de alcançar as duas dimensões da práxis: a relação dialética entre teoria e prática, ditadas por Marx e Engels (1980, p. 25). A práxis é a própria ética exercitada para transformar o mundo.
Grande abraço
Solange
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Ser um político do povo e para o povo, desta forma teremos uma sociedade mais " justa"
Ter como principio: De onde viemos e para onde vamos.
Aprender a ouvir principalmente as dificuldades dos outros e esquecer das suas, pois elas sempre serão ínfimas.
O ser humano prima pelo eu e não pelo seu.
O ódio arrasa, aniquila, destrói qualquer ser. O ódio é um veneno que tomamos querendo que o outro morra.
Sábio não é só quem escuta, é também quem compreende.
Gostaria que todos fossem homens honrados, que honrasse suas famílias, principalmente Pai e Mãe, porque dela é a formação de sua personalidade e do seu caráter.
Grato; Luiz Carlos Gonçalves
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Suscintamente: Pensar na Educação para além dos muros da escola.
Um dos caminhos que há, e não é curto, é o desenvolvimento da educação. É mais que sabido - e acordos e movimentos mundiais comprovam - que através dela, tem-se uma sociedade melhor. Humana, solidária, coletiva. Mas do ponto de vista psicológico, falar em desenvolvimento da educação não é sinônimo de falar só em investimento escolar. Parece que quando se fala em investir em educação, entende-se em despejar financiamentos para atender as demandas das escolas. Só.
Os professores lutam por melhores salários, por alunos que não sonham, por uma escola cada vez mais hedonista (a nota é de cada um - individual), relativista (o aluno é sempre comparado com um padrão) e consumista (sistema bancário de avaliação, vide Paulo Freire)...
Escolas que não ensinam ética, religião, coletividade, salvo poucos projetos... criam o futuro do Brasil num sistema escolar que já é corrupto...
E fora da Escola? Nãããão, o sistema quer aluno dentro da escola, em tempo integral de preferência. Só lá que se pensa em educação.
Fora da escola não há investimentos... ou há poucos... Vejamos o que a vida fora da escola ensina:
A mídia cumpre seu papel de accontability, denunciando, denunciando, denunciando... Faz bem. Faz mal quando não há justiça. Educando nossa sociedade que vale a pena pensar só em si. Os juízes parecem não pensar mais: "que valor ensinarei a sociedade com minha sentença, ou ausência dela?"
Que espaços as crianças tem para brincar? (na escola só. E lá não pode brincar)
Que espaço o adolescente tem para construir seus grupos de convivência? Ou são guetos ou festa noturna... Ah não, tem na escola... no portão, ia me esquecendo...
Que espaço o jovem tem para debater seus conflitos, ou para aprender uma profissão? Na escola! Ops! Isso não tem na escola, a não ser na cidade vizinha se elepassar na prova de seleção... E o quartel? que está ensinando? E para as jovens quase mulheres, quem ensina o quê?
Atividades domésticas, é machismo demais para ensinar nos tempos atuais. Afinal, quando essas jovens terem filhos, sempre tem uma vó que cuida ou uma creche municipal. Enquanto isso a jovem-mulher luta pela vida sem saber organizar um lar. O governo ensina isso...
financiando creches, creches, creches. Que bom! Mas que bom se houvessem creches sem deixar de haver mães sabedoras da arte de maternar...
Enfim, urge a necessidade de Pensar na Educação para além dos muros da escola. Educação para a vida.
Abraços,
Cláudio Luciano Dusik
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Querido Vanderlan,
Acredito que o princípio básico de Jesus Cristo: "amar ao próximo como a si mesmo" é o único caminho ético que pode nos dar a felicidade plena.
Mas sei que não é tarefa fácil e nem é deste planeta... Mas sei também que precisamos praticar...
"Só por meio do bem se repara o mal e a reparação nenhum mérito apresenta, se não atinge o homem nem no seu orgulho, nem nos seus interesses materiais".
Beijo
Marlow
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A única saída para o "melhoramento" de nossa SOCIEDADE, é a EDUCAÇÃO ser acessivel para todos os brasileiros (sem restrições).

Um grande abraço

Eduardo Pio da Silva
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Curso de ética para todos os candidatos a cargos políticos,nota para aprovação 10,pois o exemplo de corrupção parte de cima.Atestado de bons antecedentes para todos os candidatos a cargos políticos. Acabar com Brasilia com um dos foguetes que estão sendo testados pela coréia do norte. Pois a corrupção começou quando João Goularte levou o poder para onde ficava mais difícil a população vigiar as falcatruas e assim entra político e sai político e o roubo continua,so muda o nome do ladrão,quando muda.

Anísio S. Santos
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Estabelecendo critérios ético na condução da nossa vida. Vida vista no expecto maior.

Há um provérbio chinês que diz algo assim:

¨Os costumes mudam, mas os princípios são eternos."

Vanderlan Souza
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Prezado amigo Vanderlan,

Creio que conscientizando a sociedade que a felicidade individual - ações de egoísmo - é o próprio

vazio humano e que de nada adianta se impede a concretização da felicidade social; ou seja, aquela

capaz de alcançar a todos e não uma minoria tão somente.

Grande abraço,

Carlos Brito
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Vamos aceitar tua provocação...
Alejandro

A sociedade atual é o reflexo de seu eixo fundamental: o sistema capitalista. Por muito tempo, os socialistas acreditamos na possibilidade de não ter uma ruptura radical e construir desde dentro do capitalismo uma nova sociedade. E chegamos até perto disso, na Espanha e no Chile. As forças da direita não deixaram.
Mas agora, no século XXI, os novos socialistas, a nova esquerda e setores ditos progressistas estão no poder em grande parte da América. E mesmo assim nem sonhamos mais em nova sociedades, apenas em administrar esta aqui... e olha lá.
E esta sociedade tem um eixo fundamental: os valores intrínsecos ao capitalismo, oriundos de uma crença única: o lucro. Essa é a alma de nosso tempo, essa é a matriz ética de nossa época.
Tudo o que dá lucro, tudo o que gera mais valia, é válido.
O resto é bobagem, o resto é ilusão, o resto é campo de ação para os filósofos.
Esse sentimento perpassa todas as classes sociais, todos os setores políticos.
Assim, a outrora solidária classe trabalhadora, fragmentada pela nova economia, transformada em atomizada classe de trabalhadores autónomos ou informais, perdeu seu norte, e as lutas outrora solidárias se transformaram em... lutas corporativas.
A igreja progressista, mãe dos movimentos sociais que irromperam na década dos oitenta o modorrento cenário político brasileiro, se transformou na alienada igreja carismática, a qual só interessa ter mais fiéis... e não incomodar o sistema.
Os movimentos sociais, que primavam pela sua autonomia(na realidade, financiados pela Igreja progressista) vivem pendurados no estado, e suas castas dirigentes se transmutaram em políticos. O caminho normal... para ter mais uma "profissão" em nome da representatividade social...
A esquerda oficial só lhe interessa chegar ao poder, abraçada um dia com b, outro com y. Chegar ao poder e mais nada: lá, apenas administrar a crise...Nada de criar bases sociais, nada de abrir as portas das Administrações para a participação de verdade, nada de mudar as prioridades. Saúde e Educação, muitas bolsas e assistencialismo e mais nada. Ser "sérios"... e muita propaganda, que a questão é... continuar no poder.
A academia, que até os setenta era o refúgio do penamento novo, humanista, se tornou refém do estado e do sistema. Os cursos são pensados para o mercado, e se prepara gente apenas para continuar o que está, sempre "qualificando" para o mesmo objetivo: ter mais lucratividade.
Para tudo isso mudar, falta mais do que pensar como ser éticos nesta sociedade.
Falta pensar que ética e capitalismo são contraditórios, que é impossível uma sociedade solidária baseada no lucro, que é impossível estabelecer cânones de moralidade sem quebrar as regras do sistema, que é impossível criar a mudança chegando de qualquer forma ao poder, que é improvável mudar a sociedade enquanto a intelectualidade toda não se revoltar contra esse deus maléfico que é o mercado.
Ou seja; sem uma velha e boa revolução não há ética social possível; apenas a caminhada solitária de alguns profetas que anunciarão que, sem ética, será impossível sobreviver, apenas fiéis testemunhas de um tempo conturbado. Tempo que se nega a reconhecer que sua essência é maléfica, pois os deuses do capital são os senhores que orientam a fome, as guerras, as corrupções, os saques a natureza e o pior para as novas gerações: a negação de que fora do capitalismo (e sua atual máscara política chamada social democracia)outro mundo é possível.
"...los tiempos están cambiando//para bien o para mal//
para bien o para mal// habrá que cambiar también..."
Daniel Viglietti
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Respondendo, acho que é válido sim, pois o povo está muito acomodado, e aceita qualquer "coisa" na política!
Um abração e ótima quarta feira para vc!
Lu
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De Vereador Savinho.
Para Ilustre companheiro Vanderlan.

Penso que para mudar, precisamos começar a resolver os pequenos problemas nos municipios, evitando que fiquem no esquecimento e grandiosos.
Eu como Vereador utilizo muito os PPs Pedidos de Providencias, e faço direto no meu site, protocolando nas Secretarias competentes.
Abçs

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Infelizmente somente através do sofrimento a humanidade aprenderá ...e somente através da espiritualidade ela alcançará a felicidade que procura...acho que não será para esta sociedade atual, que recém está começando sua depuração...

Jane

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Olá Vanderlan,

Sua provocação é oportuna, mas necessita de um texto "reflexão" para colocar um ponto de vista, não é novidade, mas espero que ajude-o:

Até os idos anos 80 a população (~90 mi) vivia sob o domínio "campo" x "urbano". Anos 90 em diante, entrada em massa de novo conceito social: modernização (de mercado, trabalho e meios), automação, era da informatização, comunicação instantâneas (Internet, cel, gps...), afloramento da mulher no "meio" produtivo comum, até os anos 80 como dona de casa, gerou um fator: Brasil na era da GLOBALIZAÇÃO, que nada mais é do que fazer o que se fazia antes, agora com mais qualidade e rapidez para competir no grande mercado mundial. Neste meio tempo a população aumentou (~190 mi). Ai que a porca torce o rabo, o Brasil não se preparou para absorver tudo o que veio junto com a tal globalização, pois no Brasil esta etapa de novo modelo de sociedade veio no sufoco e não planejado, cito o exemplo atual, bebes de 2 anos sabem mexer com a modernidade, enquanto que pessoas de 35 anos tem medo de utilizar-se dos meios porque pensa que vai "estragar". Em meio a esta tempestade, temos a inércia dos Governos, (feudal), que de certa forma teria que promover este ajuste e não o promoveu, muito em função de que nossos administradores políticos também não estavam e não estão preparados para este novo processo, ainda atuam como até os anos 80 (meio rural de se fazer as coisas) e atropelam os fatos, como exemplo: Para começar, verifique o quanto o Presidente do Brasil sabe ou entende de informática e compare com o Presidente Americano.

Nota-se com isso, o que quero dizer, de novo caímos na questão da falta de uma boa EDUCAÇÃO no Brasil, mas não essa educação de faz de conta que temos, mas sim uma educação que norteia o cidadão para o futuros, com ensino de berço que sustente-o como cidadão do mundo e não cidadão rural (no sentido de globalização), ensino médio e superior qualificante, merecedor de diploma competitivo, como em qualquer País com capacidade organizativa pelos "meios" como o nosso. Governos que "parem tudo", qualifique-se e reiniciem sob outra ótica gerencial estatal, governo atender a demanda do povo e não ao contrário como é atualmente, os políticos querem vitrine, sombra e água fresca em abundância, o que os leva a corrupção de sua classe e o descrédito. Ainda bem que veio a Lei da Improbidade administrativa.

Maior equilíbrio na distribuição da renda percapta, não nivelado por baixo como o governo atual esta promovendo. Reforma política (amenizar pandemia política), melhorar o conceito de nação, tornar os estados mais independentes administrativa e politicamente, descentralizar o DF, diminuir a máquina Federal e fazer estes recursos ficarem nas cidades de origem, para ser utilizados no meio que o produz, mais recursos ajudará promover um cidadão que mude de jeito, de atitudes, estude, seja um bom Pai ou Mãe, que tenha filhos cidadãos, que saiba respeitar o próximo, isso por um simples bom dia... cordial. Infelizmente o dinheiro no capitalismo selvagem é a chave para mover montanhas, dêem isso ao povo para ver se todos (no conceito) não mudam para melhor. Nunca vamos fugir do chavão: Estudo, condição social (trabalho, emprego e renda), saúde, saneamento e política justa, geram o conforto necessário para o bem estar social, para isso temos que ter o: DINHEIRO, muitas e muitas famílias caem na desgraça pela falta dele, por doença, por ganância, por necessidade, mas sempre será a chave propulsora. Nada mudará sem um profundo reflexo, com profundas mudanças estruturais.

e isso mudará...fortemente marcados pelo hedonismo, relativismo e consumismo,

Forte abraço.

Ivo F

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