quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Navio mercante “Sunlight Lily” parte vazio de Porto Alegre.

Eram 11:15 da manhã de quinta-feira (23/OUT) quando o navio mercante “Sunlight Lily” desatracou do cais navegantes do Porto de Porto Alegre. A operação de descarga do cloreto de potássio que o navio havia trazido para a capital do nosso estado havia acabado. Seus porões já se encontravam totalmente limpos, e prontos para receber nova carga. No entanto o navio partia com eles totalmente vazio. Pois nada no sentido oposto foi feito por quem administra o porto de Porto Alegre. Digo isto para que o leitor reflita sobre o assunto. Levando em conta que a decisão de carregar ou não um navio não é tomada de uma hora para outra. Ela é fruto de um longo trabalho. Que se inicia com a decisão política para que um porto possa assim agir. E passa por um longo processo de capacitação deste porto para assim atuar. Será ao longo deste processo que a comunidade portuária, principalmente os seus operadores vão divulgar a capacidade do porto de realizar embarques. Captando clientes interessados em realizar seus embarques por ele. E com isto se beneficiando da logística ali disponível para embarcar sua produção. Um processo deste tipo leva anos até se consolidar. E depende da vontade política. Do empenho de todas as partes envolvidas. E do investimento realizado no campo material e humano. O que nós vemos a cada navio graneleiro que parte vazio. É exatamente esta falta de vontade política, de empenho e de investimento. E isto é muito ruim para a nossa economia. Pois nos demais estado brasileiros, seus governos têm trabalhado de forma persistente na busca deste objetivo. E aqui nada disso tem sido feito. Pensar esta realidade é pensar sobre o nosso futuro. Lutar pela

sua mudança, é lutar por um futuro melhor para todos os que aqui vivem.

Pensem nisso!

Vanderlan Vasconselos

Fotos: Carlos Oliveira

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