sábado, 27 de dezembro de 2014

Navio mercante “Pantanal” parte carregado de Porto Alegre.

Eram 08:20 da manhã de quarta-feira (17/DEZ) quando o navio mercante “Pantanal” iniciou o trabalho de desatracação do cais Navegantes, do porto de Porto Alegre. A operação era o último passo para o início de sua viagem rumo aos portos de Natal (RN) e Belém (PA). Em seus porões e sobre o seu convés principal estavam sendo transportados 01 transformador e 09 partes para a montagem de três torres eólicas.



A partida do “Pantanal” foi o coroamento de uma operação de sucesso. Que envolveu a parceria entre a empresa francesa Alstom, a brasileira Agência Marítima Orion e a alemã BBC Chartering. E que movimentou, pela primeira vez peças destinadas a construção de torres eólicas. Que por muito tempo foram enviadas para o nosso Estado, vinda de São Paulo ou do exterior. E que agora passam a ser produzidas também aqui.

O sucesso da operação realizada durante este ano, é, inquestionável. No entanto a sua continuação é uma dúvida. Já que a Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH alugou o espaço aonde este tipo de operação de carregamento era realizado para uma empresa. E as demais áreas do porto não possuem o espaço suficiente para receber uma operação deste tipo. Sendo por demais estreitas para a manobra das carretas e dos guindastes que as movimentam na hora de colocá-las no pátio ou reembarcar nas carretas que vão posicioná-las junto ao costado do navio. Esta situação crítica pode inviabilizar operações futuras. E conforme for o grau de dificuldade enfrentado. Pode até obrigar ao fabricante transferir o embarque para outro porto. Seja ele o de Rio Grande ou um dos diversos portos do estado de Santa Catarina.

Isto tudo demonstra o quanto estamos despreparados para gerenciar a atividade de um porto tão importante e estratégico como o de Porto Alegre. Cedendo a empresas espaços vitais para a sua operação. Tendo em troca a promessa de que ali será movimentada alguma carga por navio. Pois o que realmente as empresas precisão é de um espaço plano, sem restrição ambiental, para realizarem o trabalho de montagem de peças. Seu objetivo é exclusivamente este.

É lastimável esta situação, mas esta é a nossa realidade. E é pela sua mudança que eu luto. Pois como esta não pode ficar. Pensem nisso!

Vanderlan Vasconselos

Fotos: Carlos Oliveira

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