terça-feira, 29 de abril de 2014

Navio mercante “Sider Joy” atraca com carregamento de sal.

O navio mercante de bandeira italiana “Sider Joy” chegou na manhã de segunda-feira (07/ABR) a Porto Alegre. Eram 09:27 quando ele contornou a usina do gasômetro e alinho com o cais Mauá. Em seguida os rebocadores “Almirante Saldanha da Gama” e “Goiânia” se posicionaram na proa e popa respectivamente. Quando receberam os cabos do navio e os fixaram em seus ganchos para poder auxiliar o mesmo em sua manobra de atracação. Manobra esta que também contou com o apoio do pequeno rebocador “Cardiff” que auxiliou na entrega dos demais cabos do navio para o cais. E a empurrar o navio para junto do cais após este ter sido posicionado no seu local de atracação. Depois de concluído este trabalho. O “Sider Joy” estava pronto para iniciar o seu trabalho de descarga, das 8.000 toneladas de sal marinho trazidas em seus porões.


O produto que é de origem nacional. Foi embarcado no porto de Areia Branca, localizado no estado do Rio Grande do Norte. Ele é o único produto de origem nacional que chega em navios de grande porto ao porto de Porto Alegre. O que demonstra como nosso porto perdeu sua capacidade de carga e descarga nos últimos anos. E que esta intimamente atrelado ao fato do nosso custo de vida ter aumentado conforme o porto perdeu sua capacidade operativa.

Outro fato que chama a atenção é que o “Sider Joy” é um navio relativamente novo. Construído no ano de 2011, pelo estaleiro japonês Yamanishi Shipbuilding iron Works, da cidade de Ishinohaki. E normalmente navios novos não transportam carga de sal., pois estas são muito agressivas ao aço do navio. Motivo pelo qual normalmente a carga é destinada a navios de mais idade. Com maior dificuldade de conseguir embarcar cargas de maior valor agregado.

Finalmente devemos destacar que na presente viagem o “Sider Joy” realizou escalas nos porto de Maceió e Santos antes de chegar a Porto Alegre. Mostrando o quanto o Brasil é carente de uma marinha mercante própria. Fato que o obriga a contratar, pagando em dólar, navios estrangeiros para realizarem viagem de cabotagem. Que teoricamente seriam uma exclusividade de navios de bandeira brasileira.

Valorizar a mentalidade marítima é trabalhar por um futuro melhor para o povo brasileiro. Criando um país menos dependente e mais forte economicamente.

Pensem nisso!

Fotos: Carlos Oliveira

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