terça-feira, 12 de março de 2013

Manobra irregular apresenta risco à navegação.



Com a chegada, na manhã de domingo (10), do navio mercante “Atacama Queen” foi possível constatar mais uma vez a prática de uma manobra irregular que apresenta risco à navegação de nosso Estado. Isto se materializou com a realização do giro do referido navio em frente ao Cais Navegantes, do Porto Organizado de Porto Alegre.

Para quem desconhece as regras de segurança internacionais, do qual o Brasil é signatário, e se encontram publicadas pela Marinha do Brasil. A realização do giro de navios mercantes deve respeitar alguns parâmetros mínimos de segurança. Neste caso, é necessário que no espaço destinado para esta manobra, seja o dobro do comprimento do navio mais a sua largura máxima. Considerando que a área em frente ao cais Navegantes possui no máximo 350 metros de largura, com a devida profundidade de 5,18 metros. O giro de embarcações neste espaço não comporta navios como o “Atacama Queen”. Cujo comprimento total é de 192,98 metros e sua largura máxima chega aos 32,26 metros. Esta manobra deveria ocorrer necessariamente em frente ao Cais Mauá. Que possui largura e esta devidamente sinalizada por duas boias paralelas ao cais. A inexistência desta sinalização, no caso do cais Navegantes, também é outro fato importante a ser considerado. Pois o assunto já foi motivo de questionamento no caso do encalhe do navio mercante “Santa Katarina”, no ano de 2011. E pelo visto até o presente momento a área não foi devidamente sinalizada.

Como podemos ver, a realização desta manobra da forma como esta sendo feita, é um sério risco há navegação. Podendo afetar a livre circulação dos navios que visam o porto de Porto Alegre, os terminais do rio Gravataí e principalmente o terminal Santa Clara, do Polo Petroquímico de Triunfo. Se o RS quer ser um Estado forte, com desenvolvimento vigoroso é preciso que tenhamos uma postura profissional e séria. Não podemos fazer de conta que não sabemos ou que não vemos, quando as coisas não são feitas segundo as regras e os padrões de qualidade e segurança legalmente estabelecidos. Esta postura além de não ser profissional e séria, nos expõe ao risco. E é uma afronta ao nosso passado tão glorioso. E que muito nos orgulha, por termos tido tantos políticos e administradores de alto nível. Muito mais do que pensar nisso, é preciso agir para solucionar esta questão.

Fotos: Carlos Oliveira

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