sexta-feira, 24 de julho de 2009

O EXEMPLO VEM DE CIMA

Oi Companheiros,
Nada a inventar, no direito tem um ditado,
"Que nada se cria tudo se cópia".

Os conteúdos que dão sustentação a nossa visão devem ser levados adiante.

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Exemplo
Na cidadezinha do interior fui educado pelos meus pais. Suas aulas eram sempre baseadas nos ditados populares. Escolhi um para lembrar principalmente às novas gerações, a sabedoria dos mesmos. “O exemplo vem de cima”, uma das principais matérias do livro de educação para a vida. Não há possibilidade alguma de se construir algo se o bom exemplo não vier de cima. A ortografia muda, a linguagem muda, a moeda muda, a moda é a própria mudança, mas os ditados populares não mudam. O Brasil vive um tremendo tsunami pelos exemplos que vem de cima.

Não adianta reconhecer a honestidade do limpador de banheiro do Aeroporto Internacional, que encontrou dez mil dólares e entregou ao distraído viajante. E mais, se recusou a receber a gratificação pelo seu ato de pura honestidade. Por um dia esse faxineiro ficou famoso sendo notícia na televisão e jornais. Até condecoração recebeu do Presidente da República, como ser honesto não fosse dever e sim privilégio de poucos. Depois o trabalhador volta ao anonimato do seu serviço. A sua aposentadoria pelo INPS será de um salário mínimo. O exemplo vindo de baixo como deste faxineiro é tratado como espetáculo, coisa do outro mundo, achado de algo perdido.

O exemplo que espero é aquele de cima para baixo. Com o emprego desta centenária técnica não há necessidade de cursos de liderança, implantação de treinamento de recursos humanos para a humanização das empresas, palestras de auto-estima, ou faixas comemorativas nas datas que o comércio nos impõe. Nem o humilhante e ultrapassado beija-mão em homenagem ao chefe.

O trabalho, seja qual for, tem que ter a cara do chefe. Um chefe trapalhão pode investir milhões de reais em treinamento de pessoal que é jogar dinheiro pelo ralo. Fico imaginando como os nossos chefões comandam os seus serviços numa comunidade em que todos conhecem a sua vida verdadeira, e o seu exemplo, às vezes, constrangedor.

Fui durante quarenta anos funcionário público. Enganam-se aqueles que acham que há sigilo no serviço. Para se fazer trapaças há sempre necessidade de uma sociedade com um subalterno. Aí a cobra fuma. O chefe vira refém e ninguém mais o reconhece como tal. Faço estas reflexões no momento em que o nosso país precisa de exemplos que vem de cima em todos os seus setores: públicos, privados, comunitários, religiosos. Do contrário não há saída e a podridão um dia aparece. (Gabriel Novis Neves)

Um abraço e uma esperançosa manhã de sexta-feira
Vanderlãn Vasconsèllos
Coordenadoria Regional do PSB

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