quarta-feira, 9 de maio de 2012

Quem vê cara não vê coração


O navio da fotografia é o “Rio Grande do Sul”. Pertencente a empresa Frota de Petroleiros do Sul – Petrosul, e foi concebido originalmente como um petroleiro.  Devido suas pequenas dimensões, constatou-se logo de início que a embarcação não conseguiria atender as demandas da Petrobras, no transporte internacional de petróleo. Por este motivo foi vendido para a Petrosul e assim foi utilizado por muitos anos. Com o passar do tempo, a embarcação foi modificada para poder transportar carga granel sólida. Esta embarcação não é, o que se pode dizer, um navio novo, bonito e potente. No entanto em seus porões estão sendo transportados, nesta viagem, cerca de 1.916 toneladas de farelo de soja. O produto foi embarcado no terminal privado da empresa Bianchini, no município de Canoas, e tem por destino o terminal da mesma empresa, localizado no Superporto de Rio Grande. Lá o produto será descarregado e armazenado para depois poder ser embarcado em um navio maior que o levará para outra parte do mundo.

Como diz o ditado: “Quem vê cara, não vê coração”.

          Mesmo não sendo um navio novo, o “Rio Grande do Sul” esta trabalhando para o nosso progresso social e econômico. Sua carga equivale a mais de 63 caminhões com capacidade de 30 toneladas cada. A viagem deve durar 12 horas. Fato considerado muito demorado para quem não conhece dos benefícios da navegação. Sua vantagem é que durante o trajeto não se perde nenhum grão no meio do caminho. Fato tão comum de acontecer com o transporte rodoviário. Além do mais, se comparado a relação tempo-volume de carga transportada. Com caminhão seria necessário mais de 252 horas de estrada para transportar o mesmo volume. O que prova que as 12 horas de navio é um tempo bem menor. Ao retirar este número expressivo de caminhões da estrada, o “Rio Grande do Sul” permite não só que as estradas tenham uma vida útil maior, que a natureza seja preservada da poluição, mas principalmente possibilita que a valiosa carga seja transportada a um custo mais barato. Garantindo competitividade ao produto brasileiro. E emprego para muita gente.

Este fato mostra como é importante o papel da navegação para a nossa economia. E o quanto nós devemos defendê-la como um mecanismo de geração de riqueza e progresso.

Foto: Carlos Oliveira

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