segunda-feira, 14 de maio de 2012

Na hidrovia a chave para o crescimento ou estagnação da nossa economia.


Quando ocorreu a instalação do Polo Petroquímico de Triunfo, o Estado do RS obteve um incremento significativo na sua economia. A cada melhoria que este empreendimento recebe, seja na ampliação das plantas de processamento lá instaladas, ou na melhoria de seus equipamentos, o Estado é beneficiado pelo aumento de sua produção.
A poucos dias o navio tanque “Norgas Pan” saiu do terminal Santa Clara, de propriedade do Polo Petroquímico com destino ao terminal localizado no porto de Rio Grande. Esta manobra possui como objetivo a complementação da carga do navio. Que desta vez vai receber, por meio de transbordo, do navio tanque “Gas Puffer” um carregamento de1.719 toneladas de Hidrocarboneto C4. Somente depois de concluído este procedimento é que o “Norgas Pan” seguirá para seu destino final no porto de Houston – EUA.
Desta manobra podemos visualizar a importância que a hidrovia possui como meio de fomentar o nosso desenvolvimento e crescimento socioeconômico. Mas também podemos interpretar que as limitações existentes na hidrovia são limitadores deste crescimento. Este fato pode ser presumido pela constatação de que ambos os navio partiram do terminal Santa Clara no mesmo dia, e quase que no mesmo horário. E que como o destino de ambos era o terminal da empresa Braskem em Rio Grande, onde ocorrerá o transbordo da carga, podemos ver que o “Norgas Pan” saiu com carga menor do que sua capacidade permite. Este fato não possui justificativa econômica. Pois é de se pensar que um navio deva sair sempre com a carga máxima para sua viagem. Neste caso fica evidente que há limitações neste carregamento. E que o mesmo exige emprego de dois navios e de uma manobra de transbordo para que o mesmo possa sair plenamente carregado. Logo a conclusão que podemos ter é de que é necessária a ampliação do calado dos nossos canais. Fator gerador não só de um ganho em escala no transporte dos produtos e mercadorias, como de redução dos custos operacionais. Resultando em uma maior competitividade de nossa indústria.
A falta de um planejamento realista e de uma ação política eficaz neste sentido é motivo de preocupação. Não podemos ficar esperando que empresas manifestem o seu interesse em aqui se instalarem para somente ai, pensarmos no assunto. Temos de ser visionários e executarmos as obras que são tão necessárias ao nosso desenvolvimento. Pois ao fazê-las vamos criar uma nova realidade. Capaz de atrair empresas e investimentos que quando se decidem por um local, não podem ficar esperando que o poder público inicie um longo e penoso processo de criação das condições necessárias aos investimentos planejados. Para a iniciativa privado o que vale é a infraestrutura existente. Pois isto é concreto, e permite sua pronta utilização. Temos como Estado, de possuir a iniciativa. Não podemos ficar vendendo sonhos, cuja implantação vai demorar anos e anos para se concretizar.

Fotos: Carlos Oliveira

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