
Com relação a draga “Santo Amaro” podemos dizer que ela é um equipamento antigo. Pois foi construída no ano de 1963, pelo já extinto Estaleiro Só, de Porto Alegre. É classificada como sendo do tipo “Clamshell”, ou seja, é uma balsa equipada com uma escavadeira que possui na ponta da sua lança com caçamba. Que no seu caso possui capacidade para reter 1,63m³ de sedimento a cada manobra. Que realiza um movimento de semicircular. No qual deixar a caçamba cair com sua boca aberta, a iça fechada. Retendo no seu interior o sedimento do fundo do rio. Que em seguida é depositado no interior do batelão. Que quando estiver cheio parte rumo à área de despejo, a fim de ser esvaziada. Ela realiza um trabalho lento, com acabamento muito irregular, mas importante. Pois pode atuar em área com pouca profundidade. O que é um empecilho para outros equipamentos maiores e com capacidade de dragagem também maior.
Esta é a realidade do nosso Estado. Seu poder de ação e atuação é muito limitado. Resultando em um trabalho lento, limitado e que às vezes parece ser improdutivo. Já que o processo de assoreamento é continuo. E em alguns casos pode ser mais rápido do que o trabalho de dragagem. Mostrar esta limitação é essencial para que possamos compreender a nossa realidade. E as dificuldades que o setor produtivo possui. É isto o que este texto se propõe. E é para isto que eu convido o leitor a refletir.
Muito Obrigado!
Vanderlan Vasconselos
Foto: Carlos Oliveira
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