segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Sobre o abastecimento de gás.


Recebi de um leitor da cidade de Canoas, um questionamento referente ao nosso abastecimento de gás liquefeito de petróleo. O leitor estranhava o longo período sem que tenha chegado algum navio-tanque para nos abastecer. Bem, a resposta que lhe dei, e que agora externo a todos os demais leitores, é que por uma avaliação equivocada não divulguei a passagem de dois navios.  Pensei que estava dando muito destaque a este tipo de navio e de operação, e busquei divulgar os demais navios e barcaças que por aqui passam. E ao receber este questionamento, percebi o quanto para alguns leitores é importante a informação por mim omitida. Por este motivo peço desculpas, e repasso os dados referentes ao fato.

Na verdade no sábado, 08 de dezembro, aqui chegaram os navios-tanques “Guarujá” e “Guaporé” respectivamente. Ambos haviam sido abastecidos a partir do navio-tanque “Gurupi”, que veio da Argentina com 4.000 toneladas de gás liquefeito de petróleo – GLP. E que pelas características específicas de seu projeto, é um pouco maior do que os dois outros navios que aqui aportam. Como é de costume, devido às limitações de espaço na área do terminal de descarga, apenas um navio entra de cada vez. Assim sendo, o navio-tanque “Guarujá”, embora tenha sido o primeiro a chegar, fundeou dando passagem ao navio-tanque “Guaporé”.

No entanto, um fato chamou a atenção de quem observava a chegada e passagem dos navios a Porto Alegre. Este fato ocorreu durante a chegada da barcaça-tanque “Guaratan”. Que vindo de Rio Grande, logo após os dois navios tanques, acelerou para passar a frente do “Guaporé”. Ultrapassando-o justamente na curva do canal, localizado defronte a Usina do Gasômetro. E que é sinalizado com uma boia de perigo isolado. Esta manobra poderia ser evitada, principalmente neste local, levando-se em conta que os navios envolvidos são especializados no transporte de carga perigosa. E que naquele local também passa o catamaran, que realiza a travessia de passageiros entre os municípios de Porto Alegre e Guaíba. A ultrapassagem poderia ocorrer em frente ao cais Mauá, que é mais largo e seguro. Permitindo desta forma que o “Guaratan” passasse tranquilamente na frente, sob o vão móvel da ponte do Guaíba. E com isto entrasse também primeiro no estreito rio Gravataí. Atracando no seu terminal, sem ter de esperar que o navio-tanque “Guaporé” realiza-se a complicada manobra de giro e atracação no terminal de gás.

Como vemos a prudência é a alma do negócio. E a cultura da prevenção de acidentes nem sempre esta consolidada da forma como deveria estar. Dar destaque a este fato é importante, pois serve para chamar a atenção das autoridades, das partes envolvidas, e dos nossos leitores. Pois quando divulgamos os benefícios que a navegação traz para nossa economia, o fazemos também sobre o prisma da segurança. Pensem nisso!


Fotos: Carlos Oliveira

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