sábado, 15 de dezembro de 2012

“Bussara Naree” retorna a Porto Alegre.



O navio mercante “Bussara Naree”, de bandeira tailandesa, retornou a Porto Alegre na manhã desta quinta-feira (13). A embarcação partiu do porto de Areia Branca (RN) com um carregamento de sal marinho. Em seu percurso fez escala em diversos portos brasileiros como o de Itaqui, no maranhão e Paranaguá, no Paraná. Agora o “Bussara Naree” faz sua última escala no porto da capital do Estado. Sendo que aqui, esta prevista o descarregamento de 6.800 toneladas de sal.

Um fato que chama a atenção e merece reflexão é a utilização de um navio de bandeira estrangeira na realização do transporte de cabotagem. Revelando a falta de embarcação de bandeira nacional para realizar prestar este serviço. Fato que revela o período de decadência pelo qual todo o setor naval brasileiro passou. Onde tanto as empresas de navegação quantos os estaleiros sofreram pela falta de incentivo e de uma política para o setor. O que vemos hoje ainda é consequência deste tempo. E que em nosso caso temos algumas passagens marcantes, como foi a venda do navio mercante “Frotargentina”. Que vendido para a Índia no ano de 2011, foi cortado no litoral do Paquistão. E a presença do navio mercante “São Sebastião”, que ficou atracado em Pelotas por um ano e hoje se encontra em um estaleiro do rio Jacuí, sofrendo reforma. Ambas as embarcações prestavam serviço no transporte de sal. E embora possuíssem tripulações dedicadas, possuíam dificuldades visíveis e crescentes. No mesmo caso também podemos citar o “Log-In Santos” que chegou a Rio grande em 07 de julho e lá ficou fundeado realizando manutenção. E apenas muito recentemente saiu da área de fundei, dirigindo-se ao porto de Pelotas.

Como podemos ver as dificuldades fruto de nossa realidade são as mesmas tanto para o setor portuário, de construção naval e da navegação. E sua origem foi a não existência de uma política pública forte para a manutenção do desenvolvimento destes setores. Regredimos ao longo do tempo e agora temos de reverter esta situação. Somente assim é que vamos poder retomar nosso crescimento econômico. Pensem nisso!

Fotos: Carlos Oliveira

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