terça-feira, 17 de janeiro de 2012

"Espírito Santo" atraca na capital com carga de cabotagem

16/01/2012 21:04:44

O navio Espírito Santo atracou no Porto Organizado de Porto Alegre, no início da tarde de hoje (16). A embarcação que possui 194 metros de comprimento e 28 de largura, veio carregada com cerca de 9 mil toneladas de sal marinho a granel. A viagem se iniciou no dia 18 de dezembro, no porto de Areia Branca (RN), e fez escala junto ao porto de Santos antes de chegar à capital gaúcha.

Embora sua carga seja de origem nacional, a empresa proprietária do navio o designou para atracar e descarregar junto à área alfandegada do porto, protegida pelo sistema ISPS-Code. A precaução além de garantir maior segurança ao navio o libera para poder atracar em portos internacionais, e nos nacionais que também operam com navios estrangeiros.
Outro fato importante neste desembarque, segundo o Superintendente Vanderlan Vasconselos, foi que o proprietário da navio enviou mecânicos para dar suporte aos equipamentos de descarga do produto, em virtude da reforma do guindaste N°18. “A reforma limitou a capacidade de operação do porto.

No entanto, os operadores do sistema portuário da capital estão sensíveis a esta situação, observou o Superintendente Vanderlan Vasconselos. “Por ter conhecimento do trabalho que estamos realizando para qualificar a situação do o proprietário do navio decidiu, por precaução, enviar uma equipe de manutenção para a necessidade de qualquer intervenção nos equipamentos de bordo do navio. Isso vai agilizar a operação.”
Para Vanderlan, a chegada de mais um navio no Porto em 10 dias neste mês é uma boa notícia, principalmente sendo ele um navio de bandeira brasileira. “Anualmente nós recebemos muitos navios de bandeira estrangeira. Já navios nacionais são poucos e infelizmente nenhum deles recebe carga aqui, para transportá-la a outros portos brasileiros, mesmo o RS sendo um dos maiores produtores agrícolas do país. Esta é uma realidade que devemos reverter”.

Investimentos – Vanderlan acredita que para que este quadro se reverta de forma eficiente, é preciso de investimentos mínimos, se comparados aos benefícios econômicos que podem gerar. “Investir nos nossos portos interiores com Porto Alegre e Pelotas, na hidrovia, com dragagem garantindo o aprofundamento, alargamento e sinalização mais moderna dos canais já existentes, modificaria o quadro atual do sistema hidroportuário gaúcho”, acredita. “Nossa capacidade de armazenamento também precisa de melhorias, com reformas nos silos da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (CESA) e armazéns portuários, cujos equipamentos de transbordo poderiam render mais nas operações de transferência de carga”.

O superintendente destaca que no que depender da SPH, este é umprojeto que será executado no menor prazo possível, já que é um dos compromissos assumidos pelo atual governo.

Fotos: Carlos Oliveira

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