quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

“Trevo Oeste” traz trigo para região metropolitana.

Eram 09:43 quando a barcaça graneleira “Trevo Oeste” se aproximava de Porto Alegre, vinda do porto de Rio Grande. Em seus porões ela transportava mais um carregamento de trigo importado. Totalizando 2.000 toneladas.

O transporte de barcaças é pouco divulgado em nosso estado. No entanto ele é constante e supera a sazonalidade tão comum com os navios mercantes de grande porte. Este fato demonstra a sua importância para a nossa economia. Sem falar que agregado a ele, há muitas empresas. Todas elas gerando emprego e distribuindo renda.

Valorizar a navegação interior é importantíssimo para o nosso desenvolvimento. Já que somente ela consegue ir, aonde os grandes navios não vão. E é isto o que busco fazer, ao divulgar mais esta viagem. Pensem nisso!

Foto: Carlos Oliveira

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A navegação que queremos.

O presente artigo serve para convidar o leitor a fazer uma reflexão. Para tanto escolhi, para ilustrar o artigo, uma fotografia provocativa. Gostaria de fazer a seguinte pergunta aos meus leitores. Dentre os quais incluo os servidores públicos que me leem no Palácio Piratini, na Assembleia Legislativa, na secretaria de Infraestrutura - SEINFRA e demais órgãos públicos.

  QUAL É A NAVEGAÇÃO QUE NÓS QUEREMOS PARA O ESTADO DO RS?

Responder esta pergunta é delinear o planejamento estratégico de nosso governo para o futuro econômico do nosso estado. Pois se nós queremos ter uma economia dinâmica e competitiva. Este caminho, necessariamente passará por ofertarmos uma infraestrutura dinâmica e competitiva ao empresariado gaúcho. Estrutura capaz de suprir as necessidades presentes e futuras do mesmo. A um custo baixo, e que pese o mínimo possível nos cofres públicos.

Em termos de infraestrutura. Construir estradas é sem dúvida o maior dos custos. Ferrovias é uma alternativa. Inclusive com um projeto federal sendo executado, visando à ligação Norte-Sul. Fora isto nada mais se fala sobre o assunto.

No campo da navegação temos um ambicioso projeto denominado “Hidrovia do MERCOSUL” sendo planejado há anos. Que até agora é muito mais falado e comentado do que realizado. Este projeto via o aproveitamento da Lagoa Mirim, da Lagoa dos Patos, do Lago Guaíba e do rio Jacuí.

Na lagoa Mirim, nada tem sido feito. Na lagoa dos Patos os canais são sinuosos, estreitos e apresentam assoreamento. A mesma realidade se faz presente para os canais artificiais do lago Guaíba. E o rio Jacuí carece de sinalização e carta náutica em toda sua extensão após a entrada do Canal Santa Clara. Que atende ao Polo Petroquímico de Triunfo.

A dragagem no Lago Guaíba, foi realizada pela última fez no ano de 2011. Coincidentemente o porto de rio grande também estava sendo dragado na mesma época. De lá para cá, o porto de Rio grande necessitou de nova dragarem, tendo em visto o assoreamento registrado em área específica. Ou seja, se em Rio Grande, que é o ponto mais distante de nossa hidrovia, o assoreamento se fez sentir. Certamente os demais espaços do percurso também foram assoreados, ou apresentam acúmulo de sedimentação.

Não estou falando do Canal São Gonçalo, ponto crucial na ligação da Lagoa Mirim com a Lagoa dos Patos. Que faz parte do Projeto Hidrovia do MERCOSUL. E que já em 2011 apresentava assoreamento de metade de sua largura oficial, de 80 metros. Este é um problema a parte. Que em nenhum momento eu vi sendo abordado pela administração pública estadual (leia-se SPH e SEINFRA). Estou me referindo aos canais que ligam Rio Grande a Porto Alegre.

Só para se ter uma ideia. O encalhe do navio mercante “Marcos Dias” esta sendo vinculado a interferência do assoreamento do canal da Feitoria na sua navegação. Provocando o desgoverno do navio que causou sua saída do canal de navegação.

Outro ponto crucial diz respeito a navegação pelo rio Jacuí. O mesmo carece de carta náutica e sinalização. O mínimo para que possa ser incluído nos planos de uma hidrovia. Como será possível navegar comercialmente num local sem sinalização? As boias para este trecho foram compradas no governo Ieda Crusius. Estão depositadas junto ao armazém C3 do porto de Porto Alegre desde que chegaram no final de 2010 início de 2011. Estão ao tempo, pegando Sol e chuva. E nenhum projeto foi executado visando dar uma utilização para elas. Ou seja, o dinheiro público esta lá parado, enquanto a navegação carece de sinalização. Seu destino e seu emprego era o rio Jacuí. E as boias que por ventura foram utilizadas neste rio, o foram para substituir as que lá existiam. Nada de novo foi acrescentado. A Sociedade Gaúcha não pode conviver com um nível de retorno tão baixo por parte do Estado. O Estado não pode aceitar esta situação como sendo algo normal. O Brasil não pode crescer com tamanha falta de planejamento.

É por este motivo que gostaria de convidar a todas as partes interessadas para refletirmos sobre a navegação que nós desejamos. Pois não basta apenas querer para que ela venha a ocorrer. É preciso trabalhar, de forma séria para que isto realmente se materialize. Do contrário teremos nossa capacidade de receber navios sendo reduzida progressivamente. Até chegarmos ao ponto em que apenas pequenas canoas vão transitar pelas nossas águas interiores.

Pensem nisso!

Vanderlan Vasconselos

Foto: Carlos Oliveira

Para Pensar e Refletir – Navio mercante “Marcos Dias” parte vazio de Porto Alegre.

O navio mercante brasileiro “Marcos Dias” partiu vazio do porto de Porto Alegre no meio da tarde de sexta-feira (07/FEV). Seu próximo destino será o porto de Rio Grande, onde o navio deverá ser carregado com cerca de 19.000 toneladas de trigo. Produto este destinado ao porto de Manaus. Diante deste fato, fica evidente a nossa incapacidade, para não dizer ineficiência, em melhor aproveitarmos a estrutura portuária que aqui possuímos.



O porto de Porto Alegre é um porto público administrado pela Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH, uma autarquia do Estado do Rio Grande do Sul. Nela há uma fabulosa estrutura montada de silos, pertencentes a Companhia Estadual de silos e Armazéns – CESA, também pertencentes ao governo de nosso Estado. E esta estrutura não funciona nem trabalha em parceria com o porto. No intuito de dar dinamismo a atividade econômica. O próprio porto de Porto Alegre possui uma estrutura destinada ao armazenamento de cereais, com capacidade para realizar carga e descarga. No entanto esta estrutura, por ele denominada “Terminal Graneleiro SPH” esta carente, há anos de qualquer tipo de manutenção. Desde que a iniciativa privada a entregou de volta para autarquia.

Por outro lado se engana quem pensa que o embarque a ser realizado junto ao porto de Rio grande é mérito de nosso Estado. E isto se baseia num único e simples fato. Este embarque deverá ocorrer em espaço público, já que o porto é público, mas equipado e operado pela empresa Bianchini. Não fosse isto, certamente o desempenho deste que é o nosso principal porto também seria deficitário.

Como vemos, o nosso estado esta carente de uma política séria para o setor portuário. E isto se dá, pelo despreparo de nossos governantes. Que ao valorizarem excessivamente o setor rodoviário, não veem o valor dos demais modais de transporte. Enquanto este despreparo persistir. Continuaremos a sofrer suas consequências. Não só com estradas mal conservadas. Mas principalmente com um custo de vida mais elevado. Uma perda de competitividade na hora de vendermos nossa produção. E uma menor capacidade de atrairmos novos investimentos para nosso estado. É por este motivo que eu convido o leitor a pensar e refletir sobre o assunto. Pois ele nos atinge de forma direta, mesmo quando aparentemente não nos diz respeito.

Muito obrigado!

Vanderlan Vasconselos

Fotos: Carlos Oliveira

Navio mercante “Lusitania G” parte vazio de Porto Alegre.

O navio mercante de bandeira italiana “Lusitania G” partiu vazio às 09 horas da manhã de sexta-feira (07/FEV). Assim como todos os demais navios graneleiros que aqui tem aportado. O “Lusitania G” partiu vazio. Demonstrando o quanto nós somos despreparados para a atividade portuária. Que mesmo tendo uma bela estrutura de cais, não conseguimos embarcar nossa rica produção nos navios que aqui aportam.

A falta de interesse se traduz na inoperância dos guindastes existentes. Na obsolescência de toda a estrutura. Que inclui não só os equipamentos, mas o lado humano também. Já que este não possui o ímpeto e a vontade de fazer as coisas acontecerem. A estrutura existente envelheceu ao longo dos tempos. E não recebeu sangue novo. Distanciando os portos interiores do Rio Grande do Sul, da dinâmica marítima e portuária brasileira e mundial.

Na verdade se o nosso porto ainda recebe algum navio. Isto só ocorre por mérito e esforço da iniciativa privada. Que sabedora do seu valor. Busca utilizá-lo da melhor maneira possível. Fazendo das tripas coração em alguns casos. Como ocorre com a Agência Marítima Orion, a única que ainda consegue realizar algum tipo de embarque pelo nosso porto.

A solução para reverter esta triste situação envolve não só muito trabalho. Como coragem para tomar as decisões políticas necessárias. E que inexplicavelmente não tem sido tomada, embora haja fortes indícios neste sentido. Toda a estrutura de quem administra os nossos portos e hidrovias possui problemas. Eles têm sido apontados sistematicamente pelos órgãos fiscalizadores. E, no entanto nenhuma atitude tem sido feita no sentido de corrigi-las. Falo isto, com a propriedade de quem identificou parte dos problemas. E os denunciou aos órgãos competentes estaduais e federais, já em 2011. Contrariando aos interesses políticos e financeiros de alguns grupos. E atraindo contra minha gestão, toda sorte de dificuldades possíveis de se imaginar. E que em nada atendem aos princípios do serviço público.

Pensem nisso, e cobrem de nossa administração pública mais transparência e eficiência em sua gestão.

Muito Obrigado!

Vanderlan Vasconselos

Foto: Carlos Oliveira

Navio-tanque “Zeugman” retorna a Triunfo.

O navio-tanque turco “Zeugman” retornou na manhã de sexta-feira (07/FEV) a região metropolitana de Porto Alegre. Onde normalmente o navio opera carregando ou descarregando no terminal Santa Clara, de propriedade do Polo Petroquímico de triunfo. Sua chegada foi registrada por volta das 09:30 quando o mesmo foi visto navegando junto ao canal do Cristal. Poucos minutos depois, quando ele chegou próximo a Usina do Gasômetro, recebeu a visita do rebocador “Pedro Marques” de propriedade da Navegação Amandio Rocha – NAR, que levou a bordo os fiscais federais que o vistoriariam. Concluída esta etapa, o navio pode seguir sua viagem. Que terá, a princípio uma espera junto a área de fundeio Charlie, antes de poder definitivamente atracar para ser carregado em Triunfo.

Foto: Carlos Oliveira

Barcaça graneleira “Piratini” retorna carregada de trigo.

A barcaça graneleira “Piratini” retornou na manhã de quarta-feira (05/FEV) com um carregamento de trigo importado. O produto que faz base da nossa alimentação totaliza 2.100 toneladas e deverá ser desembarcado na região metropolitana. Contribuindo na manutenção de muitos empregos. Já que sua utilização é muito ampla. E atinge deste grandes empresas até empresas individuais ou familiares. E é neste ponto que ter um produto com custo menor propicia a manutenção e geração de empregos. Pois em um ambiente de custo mais elevado a realidade torna-se restritiva. Criando um circulo vicioso, no qual os pequenos empreendedores não conseguem sobreviver. Já tendo um custo de transporte menor. É possível de se repassar este benefício aos compradores. Criando um estímulo ao consumo benéfico a toda a cadeia produtiva.

A viagem que hoje se encerra, esta vinculada a outra matéria aqui vinculada. E que pode ser conferida no link que se segue: http://www.vcvesteio.blogspot.com.br/2014/02/navegacao-noturna.html

Foto: Carlos Oliveira

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Navio-tanque “Gas Cathar” parte após descarregar em Canoas.

Partiu às 09 horas da manhã de terça-feira (04/FEV) do Terminal de Gas do Sul – TERGASUL, operado pela Petrobras, o navio-tanque “Gas Cathar”.

Com isto esta concluída mais uma viagem na qual o navio trouxe gás liquefeito de petróleo, para abastecer o nosso estado deste importante produto. Utilizado praticamente por toda a população urbana e rural. Como fonte de energia na produção de nossa alimentação.

Valorizar a navegação e trabalhar pelo nosso bem-estar econômico e social. Pensem nisso!

Foto: Carlos Oliveira

Chegada do navio “Marcos Dias” é notícia na imprensa.

A chegada do navio mercante de bandeira brasileira “Marcos Dias” foi notícia na imprensa de Porto Alegre. Em texto publicado pelo jornal “
Correio do Povo”, em sua edição de 04/FEV, na página 21. O jornal fala sobre o navio que estava encalhado na lagoa dos Patos. E que agora, felizmente desencalhou e chagava ao seu destino para descarregar sua carga.

Contrastando com esta notícia, nós não temos nenhuma linha se quer, publicada pelos órgãos de comunicação pública do Estado. Num claro sinal de que o mesmo não dá atenção para o fato.

O encalhe de um navio deveria ser motivo de mobilização de nossas autoridades para saber o motivo do fato. Já que isto sempre gera uma repercussão negativa para a “boa imagem” do Estado. No entanto a postura é exatamente a oposta. E isto demonstra o despreparo para se enfrentar as notícias ruins, ou simplesmente a verdade. De que carecemos de uma política séria para o setor portuário e da navegação. E que ela não é o foco das atenções dos nossos governantes.

A própria chegada do navio ao cais Navegantes do Porto Organizado de Porto Alegre não foi noticiada pela autarquia responsável pela administração do porto da capital. Num claro contraste do tempo em que fui o diretor Superintendente de Porto e Hidrovias. E que procurei dar o máximo de visibilidade a todas as operações que aqui se realizaram. Divulgando cada um dos navios recebidos pelo porto e o movimento de carga que eles geraram.

Talvez este empenho na divulgação tenha sido um dos motivos pelos quais minha gestão desagradou tanto aos meus superiores. Já que ao valorizar o modal hidroviário, dando-lhe visibilidade, contrariei aos interesses políticos e financeiros de outros grupos. Pensem nisso, pois a chave para melhor compreender a nossa realidade também passa pela atividade portuária e de navegação.

Obrigado!

Prof. Lelis Espartel” transporta fertilizante para a empresa Yara Brasil.

A barcaça graneleira “Prof. Lelis Espartel”, de propriedade da Frota de Petroleiros do Sul – PETROSUL partiu na tarde de segunda-feira (03/FEV) de Porto Alegre, rumo ao porto de Rio Grande. Lá ela deverá atracar no terminal de uso privado (TUP) da empresa Yara Brasil para ser carregada dom 3.200 toneladas de fosfato diamonico – DAP.

O produto que têm como destino a região metropolitana de Porto Alegre, faz parte do amplo leque de produtos denominados de fertilizantes. E que bem empregados, garantem o sucesso de nossa agricultura. Cuja produção se traduz no vigor de nossa economia. E no qual o transporte por meio de embarcações contribui de forma decisiva na redução dos custos e no ganho de competitividade.

Valorizar a navegação como meio de transporte é trabalhar pelo nosso fortalecimento econômico. Gerando bem-estar social a toda população do RS.

Foto: Carlos Oliveira

Navio mercante italiano “Lusitania G” atraca em Porto Alegre.

O porto de Porto Alegre recebeu na manhã de segunda-feira (03/FEV) o navio italiano “Lusitania G”. Registrado no porto de Nápoles, o navio mede 196 metros de comprimento e sua largura máxima chega a 20 metros. Foi construído no ano de 2011, pelo estaleiro sul-coreano Spp Shipbuikding Sacheon Shipyard, da cidade de Sacheon.


Em sua viagem pela costa brasileira, o navio realizou uma escala junto ao porto de Santos. Posteriormente também atracou no porto de Rio Grande, onde descarregou 12.549 toneladas de cloreto de potássio no Porto Novo. Agora, ao atracar em Porto Alegre, deve concluir a descarga de seus porões. Deixando aqui as últimas 9.500 toneladas do cloreto de potássio que transportava.

Receber navios de bandeira italiana é um fato raro em nosso porto. E por este motivo é sempre bom causar uma boa impressão. Mostrando o nosso potencial econômico e motivando a vontade de que novos navios de sua companhia de navegação possam vir operar em Porto Alegre. No entanto, creio que isto não deva ocorrer de imediato. Já que nosso porto carece de investimentos. E no percurso do “Lusitania G” até a capital de nosso estado ele se cruzou com o navio mercante “Marcos Dias” encalhado na Lagoa dos Patos.

Reverter esta situação é fundamental para que possamos realmente mostrar o nosso potencial, e principalmente o trabalho que estamos realizando para que a atual situação seja resolvida.

Fotos: Carlos Oliveira

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

EXCLUSIVO – Navio mercante “Marcos Dias” é desencalhado e chega a Porto Alegre.

O navio mercante de bandeira brasileira finalmente chegou ao porto de Porto Alegre. A embarcação que se encontrava encalhada desde domingo (26/JAN) na lagoa dos Patos, próximo a ilha da Feitoria, foi desencalhada no último domingo (02/FEV) e pode seguir sua viagem até o porto da capital de nosso estado.Nesta operação que foi coordenada pelo escritório da cidade de Rio Grande, da Agência Marítima Orion. Contou com o apoio de rebocadores da Wilson Sons e da barcaça “Rio Grande do Sul” da Frota de Petroleiros do Sul – PETROSUL.



O navio que se encontrava fora do canal, na proximidade da ilha da Feitoria, mais precisamente junto a boia verde No. 72. Teve parte de sua carga, composta de 12.000 toneladas de sal marinho, transferidos para a barcaça. Concomitantemente esta carga era aliviada, dos porões do “Marcos Dias”. Seus tanques de lastro recebiam volume idêntico e água da lagoa dos Patos. Esta manobra serviu para manter a embarcação em sua posição, sem correr o perigo da mesma, mais leve, ser levada pela correnteza para outro local com fundo mais baixo. E assim permanecer encalhada. Após concluída a operação, a barcaça “Rio Grande do Sul” se afastou do navio e rumou para o porto de Porto Alegre, a fim de descarregar a carga em seu porto de destino.

Por sua vez, coube aos rebocadores de apoio, dentre os quais se encontrava o “Aquarius”, iniciar o trabalho de retirada da embarcação. Em manobra que contou com o aumento progressivo da força exercita sobre o navio, associado a retirada do lastro de água anteriormente colocado. Este fato propiciou que o navio fosse retirado do seu local de encalhe. Superando a força de sucção que a camada de lama e sedimento fofo do fundo da lagoa possui.

Feito isto, o navio foi recolocado dentro do canal, em posição correta para poder seguir sua viagem até a capital de nosso Estado. Navegando durante o resto do dia até as proximidades do farol de Itapuã. Onde só poderia entrar, para navegar até Porto Alegre, com a luz do dia. E na manhã de segunda-feira (03/FEV) ele foi visto pela primeira vez próximo a ilha das Pedras Brancas por volta das 09:38. Sendo que sua atracação foi registrada, pelo serviço de praticagem, como tendo ocorrido às 11:45.

Já a barcaça graneleira “Rio Grande do Sul” já havia atracado no cais Navegantes. Com cerca de 2.437 toneladas de sal marinho. Segundo estimativa realizada levando-se em conta a relação do peso que o produto possui, pela capacidade dos seus porões de carga, considerando a marcação do calado da embarcação.

Sobre o fato, é importante dizermos o seguinte. A cada encalhe, o nosso porto e os nossos canais são avaliados pelos transportadores de carga.  Quanto maior for o número deste tipo de incidente, maior é o temor por parte do empresariado. Pois quando isto ocorre, os custos da operação são rateado entre todos os envolvidos. Encarecendo o custo final do produto por eles transportado. Dificilmente os prático, que possuem o conhecimento e a experiência sobre a navegação em nossas águas, erram. Mais comum, é ocorrer uma falha momentânea nos motores. Deixando o navio sem governo. Ou o navio sofrer a ação das forças da natureza (forte vento ou correnteza). Forçando-o para fora de seu rumo correto. Independente de qual é o fator que motiva o encalhe. Um item é sempre presente, em se tratando dos nossos canais artificiais. Elas são extremamente estreitos para o tamanho dos navios que aqui estão operando. E isto contribui de modo marcante para que os mesmos encalhem. Já que não fornece tempo e distância suficientes para os tripulantes manobrarem e evitarem o encalhe. Ter canais mais largos é uma exigência da Marinha do Brasil para que nós tenhamos mais segurança. E este assunto tem sido negado de todas as formas pela administração da Superintendência de Portos e Hidrovias – SPH. Ter de alargar e aprofundar os canais não é motivo de vergonha. Muito pelo contrário. É sinal de que estamos investindo em melhoria significativa para a nossa hidrovia. No entanto isto deveria ser algo natural, e não deveria ser negado com tanta veemência. O motivo pelo qual isto ocorra é um mistério. E só serve para mostrar como a nossa administração pública esta despreparada para enfrentar seus problemas de forma aberta e franca.

Pensem nisso e cobrem de nosso governo mais transparência e empenho no trato da coisa pública.

Fotos: Carlos Oliveira

“Celanova” retorna ao Polo Petroquímico de triunfo.

O navio-tanque espanhol “Celanova” retornou na manhã de segunda-feira (03/FEV) para o terminal Santa Clara, de propriedade do Polo Petroquímico de Triunfo. Segundo consta, o mesmo deverá atracar no píer II. No entanto ainda não foi possível apurar o produto e o volume que o mesmo receberá em seus tanques para a próxima viagem.


Fotos: Carlos Oliveira

Navio-tanque “Gas Cathar” retorna a Canoas.

O navio-tanque “Gas cathar” retornou a região metropolitana de Porto Alegre na manhã de domingo (02/FEV), feriado de Nossa Senhora dos Navegantes. O navio foi avistado quando navegada pelo Canal do Cristal, às 08:38. Navegando de forma rápida, seu objetivo era receber autorização para passar pelo vão móvel da ponto de Guaíba o mais breve possível. Já que com a realização da procissão de Nossa Senhora dos Navegantes, esta manobra seria retardada. Em virtude da grande aglomeração de embarcações miúdas na área. E o esforço foi recompensado. E o navio pode atravessar o vão móvel, vindo a atracar às 10:05 segundo dados fornecidos pelo serviço de Praticagem da Lagoa dos Patos, no Terminal de Gás do Sul – TERGASUL. Localizado as margens do rio Gravataí, no município de Canoas.

Desta forma pode iniciar o trabalho de descarregamento das cerca de 2.000 toneladas de gás liquefeito de petróleo – GLP, que trouxe em seus tanques. E que será utilizado no abastecimento dos lares gaúchos.

Foto: Carlos Oliveira

Navegação noturna.

Eram apenas 21:15 da noite de sexta-feira (31/JAN), quando a escuridão foi rompida pela tênue luz de navegação, de uma barcaça que se deslocava rapidamente pelas águas do Guaíba. Regulando sua máquina fotográfica para as condições extremas, uma sequencia de fotografias foi feita em pouco tempo. E graças à luz emitida pela cidade, foi possível de se descobri a embarcação que realizava a navegação noturna. Tratava-se da barcaça graneira “Piratini”, de propriedade da Frota de Petroleiros do Sul – PETROSUL. Que com seu desenho característico permitiu sua perfeita identificação.

Seu destino era o porto de Rio Grande. Onde esta previsto a sua atracação no Terminal Marítimo Luiz Fogliatto. E já se encontra atracado, desde às 13:12 do dia anterior, (quinta-feira, 30/JAN) o navio mercante “Admiral Bulker”. Este navio, que mede 169,37 metros de comprimento e possui 27,20 metros de largura, trouxe em seus porões 27.500 toneladas de trigo. Produto de origem argentina, e que fora embarcado no porto de San Lorenzo. Localizado as margens do rio Paraná.

Para muitos a navegação noturna é um fato novo. No entanto ela é amplamente utilizada pela nossa navegação interior. Já que esta possui tripulação experiente. Associado a embarcações de menor porte.

Já no caso dos grandes navios mercantes, a navegação noturna é proibida nas áreas compostas pelos canais artificiais. E isto não se deve ao fato de sua sinalização estar ou não em bom estado de conservação. Pois independente deste importante critério, há a questão da largura dos nossos canais artificiais. Que com 80 metros são considerados estreitos para garantir a segurança de navios que chegam a até 32 metros de largura.

É por este motivo, que quando escuto os discursos otimistas de parte de nossos governantes. Afirmando que com uma boa sinalização a navegação noturna pode ocorrer, eu faço questão de relembrar a necessidade da alargar os nossos canais. Pois não admito que uma meia verdade seja dita. Criando uma falsa ilusão entre nossa população. Que não leva a nada. E também não auxilia na formulação de uma política séria e eficiente para resolver o nosso problema. Falo isto, com a experiência de quem já foi Diretor Superintendente de Portos e Hidrovias. E acreditou no discurso dos técnicos desta autarquia. Discursos estes, distantes da realidade. E que quando foi confrontada pela solicitação oficial de informações, por parte da Marinha do Brasil, nossa autoridade marítima, se esquivaram de todas as formas para fornecer os dados solicitados. E com isto, colaborar para o surgimento de uma política séria para o nosso caso. Pensem nisso. Pois o problema é muito maior e mais grave, do que parece. E o mesmo não será resolvido única e exclusivamente com a colocação de boias de sinalização.

Foto: Carlos Oliveira

“Trevo Oeste” chega com trigo à região metropolitana.

A barcaça graneleira “Trevo Oeste” chegou na tarde de sábado (01/FEV) a região metropolitana de Porto Alegre com mais um carregamento de trigo. Ao todo foram embarcados em seus porões, cerca de 4.000 toneladas do produto. Que compõe a nossa cesta básica diária.

O transporte de produto tão valioso pela nossa hidrovia. Contribui para a redução do custo final dele, e de todos os produtos do qual ele faz parte. E que nós consumimos. É por este motivo, que devemos sempre incentivar a utilização de embarcações no transporte. Pois desta forma contribuímos para a redução do nosso custo de vida. Que no caso da capital de nosso estado, esta sempre entre os mais altos do Brasil. Pensem nisso. E cobrem de nossos governantes uma política séria para o setor.

Foto: Carlos Oliveira